Novas da Eletroroubras.

Da Folha:

Beneficiado com R$ 250 mil da Eletrobrás entre 2006 e 2007, o Instituto Mirante é comandado por duas pessoas acusadas na Operação Boi Barrica de gerenciar um esquema de lavagem de dinheiro e de sonegação fiscal para a família Sarney.A entidade foi criada pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Segundo a Polícia Federal, Fernando praticava tráfico de influência para beneficiar empresas privadas em contratos com o governo no setor elétrico, controlado politicamente por seu pai. Ele nega a acusação.Conforme a Folha publicou ontem, diálogos captados pela PF com autorização judicial revelam como Fernando tratava de indicações de nomes para cargos na Eletrobrás e em outras estatais. Luzia Campos de Sousa é secretária do Conselho de Administração do Instituto Mirante. Era ela quem tocava o dia a dia da São Luís Factoring, peça central da engenharia para lavar dinheiro e não pagar tributos, segundo a PF.Luzia foi indiciada anteontem por gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha. É apontada como uma espécie de agente financeira particular de Fernando, pagando até a mesada dos filhos do empresário.João Odilon Soares Filho é tesoureiro do Instituto Mirante. Sócio minoritário da factoring (20%), também é alvo da Boi Barrica, e foi indiciado por gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ontem, mais três pessoas foram indiciadas. A principal dona da São Luís é a mulher de Fernando Sarney, Teresa Murad (80% do capital), também indiciada por gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.Criado em 2004, o Instituto Mirante, uma entidade sem fins lucrativos, tem o mesmo endereço do Sistema Mirante em São Luís, grupo de comunicação que controla uma afiliada da TV Globo, rádios e um jornal. Fernando é o principal dirigente do conglomerado.No estatuto, o instituto lista objetivos: preservação histórica, educação, ação social, empreendimentos imobiliários, turismo, defesa do ambiente e até pavimentação de estrada e fabricação de remédios.Segundo o Ministério da Cultura, o instituto recebeu da Eletrobrás em janeiro de 2007, pela Lei Rouanet, R$ 150 mil destinados à realização de festas, de Carnaval a reggae. A Eletrobrás também patrocinou com R$ 100 mil, em abril de 2006, o Baile do Fofão, uma festa do Carnaval maranhense. Fernando Sarney assinou esse contrato com a estatal.Além de Soares Filho, encarregado de movimentar a conta da entidade, e de Luzia, o instituto tem como vice-presidente a mulher de Fernando, Teresa.

2 comentários

DINASTIA DE CANALHAS!!!

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Só uma correção o Instituto Mirante claro que tem fins lucrativos para os seus donos..

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