Amorim vende voto do Brasil.

Editorial da Folha de São Paulo:

É OBSCURA e desastrada a decisão do governo brasileiro de apoiar a candidatura do ministro da Cultura do Egito, Farouk Hosny, à direção geral da Unesco. As dúvidas que cercam o episódio não se restringem ao fato de um brasileiro, Márcio Barbosa, ter surgido como potencial candidato ao cargo, ele que há oito anos ocupa a função de adjunto de Koitchiro Matsuura, atual diretor daquela organização da ONU, voltada para a ciência, a cultura e a educação.Há vozes de peso favoráveis a Barbosa, embora o Ministério das Relações Exteriores possa julgar que as credenciais do brasileiro e seu alcance político não bastem para justificar uma candidatura. Com base em tal convicção, o Itamaraty poderia escolher um caminho mais apropriado para os interesses do país.O problema é que nada na candidatura de Hosny preenche esse requisito. Trata-se de personagem polêmico, acusado de antissemitismo. Em entrevista à Folha, relativizou suas declarações sobre queimar livros em hebraico -mas é forte a rejeição a seu nome na comunidade judaica, o que o faz um postulante por demais controvertido.Nos últimos tempos, o governo brasileiro tem assumido posições injustificáveis. Recusou-se a condenar o odioso regime sudanês e foi pusilânime na hora de repudiar o lastimável discurso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na recente Conferência contra o Racismo das Nações Unidas.Uma hipótese para o apoio a Hosny seria obter votos para a indicação do chanceler Celso Amorim à Agência Internacional de Energia Atômica -ideia que para alguns analistas já teria perdido ímpeto. Diante de tanta incongruência, é preciso que as autoridades esclareçam, enfim, por que o Brasil deve endossar essa confusa candidatura egípcia.

5 comentários

Desculpe Coronel não sabia que ainda existia Ministério das Relações Exteriores no Brasil. De qualquer sorte, é bom para o Barbosa não ser apoiado por aquele hospício, num mundo civiliazado é uma credencial e tanto. Que tenha sucesso!

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Coronel,
É difícil para um País como o nosso ter mais de um de seus cidadãos chefiando um organismo vinculado à ONU. Daí, não interessar nem um pouquinho a Celso Amorim ver um brasileiro assumir a chefia da UNESCO, quando ele próprio ambiciona a AIEA ou, quem sabe, a OMC. Não vejo outra explicação para o veto ao nome honrado e competente de Márcio Barbosa e o apoio a esse Hosny, que dificilmente emplacará, pois já não tem o apoio dos EEUU. Coisas da Era Lula...

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Lulla é um sujeito 2 caras desde os tempos do sindicalismo.
Em bom sindicalês, pelego.

Sua assessoria diplomática é executiva do Foro de São Paulo.

Os perigos que o país corre nas mãos desses fanáticos nunca pode ser medida pela população por que a nossa incrível mídia jamais deu o Foro.

A figura de Lulla exportada como moderado e defensor dos pobres esconde todo tipo de artimanha para minar resistências e vender um peixe podre.

É um filtro que faz chegar às massas os pleitos comunistas do Foro sem que se possa associar diretamente as coisas.

O desastre da desconstrução do posicionamento sólido e tranquilo, portanto independente, do Brasil no cenário conflituoso do mundo cedo se reverterá contra desnudando a inconsequência de Lulla, que fala por todos os brasileiros, em perplexidade tal o comprometimento com velhos aliados novos.

Como reagirá o Brasil sendo pressionado por Obama e Ahmadinejad simultaneamente ?

Já se pode antever...

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Coronel:
Nosso ministro gaga nos colocando perante ao mundo nos ultimos lugares.
Educação ZERO
Saude ZERO
Segurança ZERO
Apropriação do dinheiro público DEZ

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Esse Hosny é o maior racista, e o Itamaraty o apóia.
O ministro deveria ser processado por racismo.
Se eu fosse da comunidade judáica do Brasila poria um fim nisso questionando esse ministro tono na Justiça.

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