O Supremo Tribunal Federal deverá discutir, na volta do recesso, no mês que vem, se o Executivo tem competência para definir o tipo de crime cometido por um estrangeiro -se comum ou político- e a influência dessa decisão nos processos judiciais de extradição.Ao conceder refúgio político ao ex-militante da extrema esquerda italiana Cesare Battisti, na semana passada, o ministro Tarso Genro (Justiça) considerou como "políticos" os crimes pelos quais ele foi condenado pela Justiça italiana. Concomitante com a decisão, a pedido da Itália, corre contra Battisti processo de extradição no STF.Com a decisão do governo brasileiro, o processo contra Battisti na corte deveria ser suspenso, assim como aconteceu em 2007, quando os ministros analisaram o caso de Olivério Medina, ex-integrante das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). O governo concedeu o status de refugiado político a Medina, suspendendo assim a possibilidade de ele ser extraditado.Naquela ocasião, o hoje presidente do tribunal, Gilmar Mendes, foi o único ministro a defender que, antes da concessão do refúgio a estrangeiros que correm risco de extradição, o Supremo deveria dizer se o crime é político ou não.Apesar de vencido há dois anos, o argumento de Mendes, conforme disseram à Folha ministros do STF, será novamente debatido em consequência da polêmica sobre o refúgio dado a Battisti, que continua preso em Brasília.Cabe ao STF, segundo a Constituição, a qualificação do crime, se político ou comum. No entanto, a lei 9.474, de 1997, que regulamenta a concessão do benefício, diz que o "reconhecimento da condição de refugiado obstará [impedirá] o seguimento de qualquer pedido de extradição". Ou seja, se o Executivo decidir pelo refúgio, automaticamente o processo de extradição é suspenso, como aconteceu no caso Medina.A diferença entre os dois casos é que o Conare (Conselho Nacional de Refugiados) concedeu o refúgio a Medina e negou-o a Battisti. Desde a criação do Conare, em 1998, somente 25 decisões foram revertidas pela pasta da Justiça -no governo Lula, foram 23.Por considerar a decisão de Tarso um ato inédito e "isolado", Mendes adiou o desfecho da situação ao pedir parecer à Procuradoria Geral da República. Procurado, o Ministério da Justiça não se manifestou.Se o Supremo alterar o entendimento, tendo por obrigação mudar a lei, o Executivo ficará impossibilitado de conceder refúgio a estrangeiro que responda a processo de extradição, pois a Constituição já proíbe que alguém seja extraditado por crimes políticos.Um entendimento do STF sobre a qualificação do crime definiria também os rumos do estrangeiro sem precisar da análise do Conare.
6 comentários
Gostaria mesmo e de saber quanto é que esse assassino italiano já custou ao contribuinte.
ReplyUm passo-a-passo contábil como um juiz fez no caso daquele processo da mulher que provocou a Justiça por conta de uma bicoca que levou no rosto, de um macho alfa avoado que não tem noção do perigo.Depois da surra que levou da suposta vítima,dramatizada em seus mínimos detalhes pro juiz,desconfio que o macho alfa agora virou biba.
¬¬
lia
e o engraçado é que todo mundo esqueceu do infanticida italiano Achille Lolo que continua entre nós lépido e fagueiro. Tambem há contra ele na Itália um pedido de prisão (que após ter sido expirado foi renovado por pressão popular).É o principal ideólogo do PSOL.
Replyhumberto sisley
As leis ,ora as Leis!
ReplyO próprio nove dedos diz que temos que atropelá-las para as coisa andaram......
Rasgamos este item referente á asilo político e despachamos o tifosi da brigatti rossi para Roma.
abraços
Saiu a lista de adeptos da permanencia do BANDIDO no Brasil.
Replyno blog do Tambosi:
http://otambosi.blogspot.com
ou:
http://otambosi.blogspot.com/2009/01/professores-favor-do-terrorista.html
esta turma adora uma demo-cracia
abraços
O STF está se preparando para inocentar Palocci, Coronel. Aquele mesmo cuja participação no estupro do sigilo bancário do "simples caseiro" foi considerada como "incontroversa e indubitável" pelo PGR. É só esperar pra ver!
ReplyCom a palavra o supremo?
ReplyO assassino italiano fica, e solto.
Assim falou lula a mula