Em apoio ao Generación Y.

Um dos links que este Blog oferece com o maior orgulho é o premiadíssimo Generación Y, de Yoani Sánchez. Nesta semana, ela e seu marido foram intimados a comparecer na polícia política de Rául Castro, para serem formalmente proibidos de realizar um encontro de blogueiros, preparado pelos dois ao longo de seis meses. Este Blog deu a notícia, repercutindo comentário do leitor Humberto Sisley. Ato contínuo, o Blog foi informado que, em alguns cantos escuros da blogosfera brasileira, iniciava-se uma campanha contra a blogueira, afirmando que a mesma, por não ter sido presa ao afrontar duramente os agentes de Castro, teria comprovado as suspeitas de que seria, na verdade, uma colaboradora da ditadura cubana. E que isto explicaria os seus prêmios internacionais, o seu notebook, a sua conexão, a sua liberdade de ir e vir dentro da ilha-prisão. Só faltou alguém dizer que os milhões de acessos que Yoani conquista, do mundo inteiro, em posts que chegam a ter mais de 3.000 comentários, são todos de agentes infiltrados para roubar os IPs dos desprotegidos cubanos, como se a internet por lá não fosse 100% controlada. Não foi apresentada nenhuma prova para a dura acusação, aliás, praticando com esmero o método da desconstrução e da desqualificação, com uma habilidade de fazer inveja aos tribunais comunistas que levaram milhões ao "paredón moral", quando não ao assassinato em massa. A única evidência contra a cubaninha guerreira Yoani é o seu "inexplicável" sucesso ao contestar o regime cubano, usando apenas o seu blog, o seu maravilhoso e emocionante blog.

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Não costumo citar autores, pois sempre penso que um blog é um espaço pessoal e intransferível. Mas, neste caso, este texto de Olavo de Carvalho cai muito bem para ilustrar o caso:

“Desqualificar a pessoa” não é um “velho recurso fascista”. Quando Mussolini e Hitler ainda usavam fraldas, Lênin já ensinava que o militante comunista, ao discutir, não deve tentar apontar os erros do adversário, mas destruí-lo, apresentando-o como agente a serviço de interesses malignos, espião, inimigo do povo etc. Os partidos comunistas chegaram a transformar isso numa técnica bem precisa. A insistência comunista em atribui-la aos fascistas que apenas os imitaram é bem característica do mestre-charlatão que usa de seus próprios aprendizes como bois-de-piranha. "