O General Mourão Filho amava a democracia. Ia para a Praça da Sé participar de manifestações políticas para ouvir a voz do povo. Virava a noite anotando em seu diário os direitos que todo governo deveria promover. Foi por amor à democracia - e medo que Jango implantasse uma ditadura de esquerda com um autogolpe de Estado -, que o General Mourão Filho decidiu que impediria a "escravização do Brasil". No começo de 1964, o golpe era um desejo de várias frentes, mas ninguém tomava a iniciativa. O general, então chefe da 4a Região Militar em Minas Gerais, chamou a si a liderança, mesmo porque faltavam poucos dias para a sua aposentadoria. Em 31 de março, então, saiu telefonando para os pares: "Minhas tropas estão na rua!", dando o sinal para o início da revolução. Escreveu no seu diário: "Eu estava de pijama e roupão vermelho. Posso dizer com orgulho de originalidade: creio ter sido o único homem no mundo (pelo menos, no Brasil) que desencadeou uma revolução de pijama". Conta a história que se não fosse a pressa do quase reformado General Mourão, 64 poderia não ter ocorrido. Mas ocorreu, de forma diferente que ele sonhava: a "Operação Popeye" deveria tomar de assalto o Ministério da Guerra, derrubar o presidente (com cachimbo e tudo) e anunciar imediatamente novas eleições. As duas primeiras etapas deram certo. A terceira, que previa eleições diretas, demorou 35 anos para acontecer. O que fez o General Mourão Filho passar o resto da vida reclamando da falta de democracia, a começar pela sua declaração um mês depois do golpe: "Em matéria de política, não entendo nada. Sou uma vaca fardada". O tempo provou que não era.O general e a democracia.
O General Mourão Filho amava a democracia. Ia para a Praça da Sé participar de manifestações políticas para ouvir a voz do povo. Virava a noite anotando em seu diário os direitos que todo governo deveria promover. Foi por amor à democracia - e medo que Jango implantasse uma ditadura de esquerda com um autogolpe de Estado -, que o General Mourão Filho decidiu que impediria a "escravização do Brasil". No começo de 1964, o golpe era um desejo de várias frentes, mas ninguém tomava a iniciativa. O general, então chefe da 4a Região Militar em Minas Gerais, chamou a si a liderança, mesmo porque faltavam poucos dias para a sua aposentadoria. Em 31 de março, então, saiu telefonando para os pares: "Minhas tropas estão na rua!", dando o sinal para o início da revolução. Escreveu no seu diário: "Eu estava de pijama e roupão vermelho. Posso dizer com orgulho de originalidade: creio ter sido o único homem no mundo (pelo menos, no Brasil) que desencadeou uma revolução de pijama". Conta a história que se não fosse a pressa do quase reformado General Mourão, 64 poderia não ter ocorrido. Mas ocorreu, de forma diferente que ele sonhava: a "Operação Popeye" deveria tomar de assalto o Ministério da Guerra, derrubar o presidente (com cachimbo e tudo) e anunciar imediatamente novas eleições. As duas primeiras etapas deram certo. A terceira, que previa eleições diretas, demorou 35 anos para acontecer. O que fez o General Mourão Filho passar o resto da vida reclamando da falta de democracia, a começar pela sua declaração um mês depois do golpe: "Em matéria de política, não entendo nada. Sou uma vaca fardada". O tempo provou que não era.
7 comentários
Coronel
ReplyGeneral Mourão decidiu que impediria a "escravização do Brasil". E o senhor certamente conhece bem o contexto político que se vivia na altura e compreende as palavras que colocou. Mas agora veja o estado em que se encontra o nosso País, já que vivemos numa Democracia oferecida pelos militares, que em 1964 impediram que o Komiterm soviético instalasse no nosso País uma Ditadura do proletariado, pela mão do PC do B. Se não fossem eles, alguma vez haveria Democracia no Brasil? Agora, o que temos aqui instalado pela mão do Foro de São Paulo, tentáculo do Komiterm soviético? Movimentos terroristas e movimentos de guerrilha armada, sustentados por este governo, treinados pelas FARC e municiadas por Chavez, movimentando-se livremente por todo o território nacional com total apoio deste governo. Mas serão eles necessários? Temos milícias para militares de direita ou extrema direita? Não! Legendas políticas de extrema direita? Também não! Logo, porque elas existem, são mantidas, defendidas e melhoradas? E o que ainda existe a mais que em 1964? Crime de traição e lesa-pátria com entrega de território nacional a ONGs estrangeiras com apoio da ONU e possível formação de novas 225 nações independentes. Mais ainda. Irrestrito apoio político econômico a outros países em detrimento da melhoria das condições de Saúde nacionais. Acordos bi-lateral com a Venezuela e instalação de círculos bolivarianos em solo pátrio. Para quem desconheça, os militantes dos círculos bolivarianos pregam e espalham a mais pura ortodoxia marxista, controle total da população. Sovietização da sociedade brasileira e formação de uma nova Nomemklatura que já existe através de outros moldes mais modernos: cartões corporativos!
Coronel, estou-lhe imensamente grato por me deixar escrever no seu Blog, mas o que digo, è o eco do que leio em artigos de jornalistas famosos e o que a mídia me mostra na televisão.
Vou o que sucedeu ao Brasil após a entrega do Poder aos políticos civis? Eles não estão nem querem estar preparados para governar uma Democracia. Usam-na e usaram-na para enriquecerem.
Em primeiro lugar, lamentavelmente, a canalha que aí está é cria dos militares, em particular, do Golbery.
ReplyEm segundo lugar, discordo: o Brasil vive uma falsa democracia. Acima de tudo, democracia é o governo de Estado de Direito, isto é, com a Constituição e as leis sendo cumpridas rigorosamente. Se o governante não as segue e faz o que quer, configura-se uma DITADURA. Não é necessário que haja ton-ton macutes nas ruas prendendo e matando quem olha torto para que seja uma ditadura.
Em terceiro, creio que o Gal. Mourão cometeu um engano ou eu posso estar enganado: o Mal. Deodoro estava adoentado e acamado quando deu ordem para a proclamação da república, portanto, estaria de pijama. Por favor, corrijam-me se estou errado.
Alguns me contestam quando eu digo que foi o General Ernesto Geisel quem disse que os brasileiros teriam saudades dos militares. Atribuem a Figueiredo, quando esse na realidade apenas disse que ainda teriam saudades DELE.
ReplyO que importa é que, na realidade, estamos nas mãos de vampiros, hienas, abutres e carniceiros de toda espécie hoje em dia.
Há poucos dias a Nação se batia para encontrar uma liderança legítima, para acabar com o império da desordem em que estamos hoje. Pois surgiu um possível líder, um homem de honra e que não tem vergonha de mostrar a cara ao dizer aquilo que está sufocado dentro de nossas gargantas diante de tanta roubalheira: é SIM o General Augusto Heleno.
Eu voto é dele, já que alguns políticos que gostam de passear pelos Estados Unidos às custas dos cofres públicos com a desculpa de acompanhar o processo eleitoral americano não escutaram a voz da razão. TODO MUNDO SABE como funciona o sistema eleitoral americano. Em primeiro lugar, FUNCIONA, e não é com urnas eletrônicas facilmente fraudáveis.
E o sistema pode ser aprendido em poucos minutos de visita a sites pela Internet, não havendo a menor necessidade de consumir nosso dinheiro dos impostos em mordomias e passeios de avião.
Zé do Coco
Como defendí e defendo ardorosamente a volta dos militares ao poder (basta ler meus posts) só tenho a dizer que, novamente, está na hora das gloriosas FFAA acabarem com esse circo que está instalado no Brasil antes que se instale de direito, porque de fato já está, o "socialismo do século XXI" tão
Replydecantado pelo apedeuta no foro de são paulo.
Não esquecer que o bufão do hugo chaves alugou um prédio inteiro na Av.Paulista, há cerca de 2km. do
Quartel Geral do II Exército, no Ibirapuera lá em Sampa. Aquele mesmo onde morreu o soldado Kozel!
Eu disse que Figueiredo foi quem afirmou que "ainda terão saudades de mim", ao fim de seu ridiculo governo, prórpio de um bonifrate fanfarrão que o nacional-socialista totalitário geisel colocou em seu lugar.
ReplyMas se geisel falou ou não, e se falou é importante saber quando. Sobretudo se antes ou depois de Figueiredo falar. Crei que não falou, sobretudo não falaria durante seu governo. Seria algo interessante se o tivesse dito.
Enfim, o que importa é que o nacional-socialista geisel foi o destruidor do Brasil, com o pérfido Golbery.
geisel empestiou o pais com sinecuras, gastou a tripa forra criando uma dívida que foi adicionada pelos sucessores. E geisel também se envolveu em casos obscuros, inclusive em questão de aquisição de ações de petroquimica, que não integralizou. Enfim, a maior desgraça para o Brasil foi geisel. Ele iniciou a trajetória de corrupção, apadrinhamento, arbítrio e ete.. Aliás, foi geisel quem colocou o jornalista Edson Lobão na política, para ser seus olhos, braços e bolsos no meio politico. Certamente mais um. E certamente criou outros pulhas em seu projeto de maníaco nacionala-socialista totalitário. Um grande estrategista, não se pode negar.
"Ponha-se na presidência qualquer medíocre, louco ou semi-analfabeto e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso" (Mourão Filho, Olympio: "Memórias". Porto Alegre, L&PM, 1978. Pag. 16).
ReplyEspero que os militares tenham aprendido com as lições do passado. Se for preciso intervir para restaurar a ordem(Eu acho que é), é preciso levar a cabo uma guerra cultural total contra o totalitarismo e seus propagandistas. É preciso limpar a burocracia e os orgãos de estado. É preciso ilegalizar os partidos e instituições que promovem a desordem. É preciso exilar, ad eternum, os traidores da Pátria(Que sejam enviados para Cuba, o paraíso da sua causa. Vejamos até onde vai a solidariedade comunista)! E é preciso devolver com rapidez o poder aos civis patriotas, numa eleição limpa e ordeira, logo após a fase crítica de restauro da ordem constitucional. Somente depois disso haverá a serenidade e a legitimidade necessárias para debater que tipo de país queremos, se quisermos de fato instaurar uma ordem estável e livre(A nossa constituição é um lixo). Temos a possibilidade de refundar o Brasil e dar um passo gigantesco, um passo que talvez no futuro seja mais decisivo para a humanidade do que foi a fundação da república americana.
ReplyUm abraço do Bonifácio