Diplomacia "de merde".

A França está gritando aos quatro ventos para lamentar a morte de Raul Reyes, pois a França só pensa em Ingrid Betancourt. Colocando mais lenha na fogueira e passando recibo para o terrorismo. Betancourt é o troféu de Sarkozy. Ele entregaria mirages, euros e o que fosse para as FARC, para obter a sua prenda. Quanta diferença dos Estados Unidos da América, que possui três reféns em mãos da narcoguerrilha, sem fazer exigências que comprometam a luta contra o mal maior do terrorismo. Reyes, segundo a diplomacia francesa, era o interlocutor nas negociações para a liberação de Ingrid e Uribe sabia disso. Ora, então os diplomatas franceses acham que o seqüestrador Reyes, por estar negociando, havia adquirido imunidade passada, presente e futura, mesmo que contra ele existissem mais de 100 processos em cortes colombianas e internacionais? Que um criminoso do porte de um Reyes deveria ser perdoado e abençoado com um salvo-conduto porque estava negociando a liberação de uma refém, a qual se referia em suas correspondências como agressiva e revoltada contra os "soldados" que a mantinham cativa? Que um terrorista narcotraficante como Reyes, que permitia que uma refém nas condições de saúde em que se encontra Ingrid Betancourt permanecesse acorrentada na selva mereceria misericórdia em nome de uma suposta negociação? Então a França acha que Álvaro Uribe deveria tirar Nicolas Sarkozy dos braços e dos lençóis de Carla Bruni, no meio da noite, para perguntar se deveria ou não acabar com Raul Reyes, um dos maiores assassinos da história latino-americana, que matou muito mais do que Pinochet, Alfonsin ou qualquer outro ditador que a esquerda bolivariana tanto abomina? E a pensar que eles já tiveram um De Gaulle, que dizia: "A autoridade não se consegue sem prestígio, nem o prestígio sem distanciamento. " . Sarkozy, sem dúvida, perdeu uma excelente oportunidade de ficar lá longe, em silêncio.