"Primeiro: eu não citei o nome do ministro [Marco Aurélio Mello]. Segundo, eu disse que se a lógica prevalecesse e o governo federal não pode fazer parceria com município em ano que antecede eleição municipal e que governo federal não disputa [eleição] e em ano que presidente disputa --que não é o meu caso--, significa que num mandato de quatro anos vamos governar dois anos", disse Lula, hoje, colocando panos quentes nas suas declarações de ontem.
Lula sabe perfeitamente que o que não pode é fazer palanque, fazer comício, fazer promessa, fazer campanha publicitária, colocando a máquina do Governo Federal a serviço das candidaturas que apóia como petista. O que não pode é criar eventos, reunir correligionários e militantes, botar a companheirada a gritar e abanar bandeiras, distribuir brindes, lanches e transporte público para, lá do microfone, destratar o Legislativo, ofender o Judiciário, ameaçar a Democracia.
Lula tem todo o direito de, em Brasília, lançar o seu Territórios da Cidadania. Pode governar do jeito que quiser, puder e souber. Não tem direito, porque não é ético e nem moral, de embarcar em avião pago com dinheiro público para prestar apoio à sua base de governo, em ano eleitoral. Para levar um pacote de promessas aos locais mais necessitados do Brasil e fazer a sua fala demagógica de "pai dos pobres". Tudo sob os aplausos de uma claque adestrada que o acompanha, paga pelo erário. É isto que é proibido, é isto que é ilegal. Só um mau caráter não entende a diferença. Ou um cínico.
26 comentários
"Só um mau caráter não entende a diferença. Ou um cínico."
ReplyEsperar o que? EllE é ambos.
Sarcástico
Coronel
ReplyA "figura"está afinando...
O STF tem que colocá-lo no devido lugar.
"Só um mau carater não entende a diferença. Ou um cínico."
ReplyCompletando: ou um jornalista chapa branca. Como aqueles que tem blog no iG. Que no fundo são cínicos e mau carater.
Faça chuva ou faça sol, o lula continua gastando cem mil por mês com o cartão corporativo para satisfazer a sua luxúria de comunista e político experimentado, tarimbado por longos anos de penúria e luta partidária.
ReplyFaça chuva ou faça sol, o Lula continua atentando contra a democracia e conspirando contra o nosso Estado.
Faça chuva ou faça sol, o Lula não respeita nenhuma lei eleitoral e muito menos a Constituição.
Quando pararmos de acreditar na propaganda que procura fazer dele um despreparado, um apedeuta, um metalúrgico humilde, e não a de um político astuto, experiente e que adora luxúria, não vamos enfrentá-lo à altura.
Coronel
Replyestá é na hora do ministro marco aurélio mello fazer juz ao cargo que exerce, e CASSAR o registro desta quadrilha disfarçada de partido político, o PT.
ou, no mínimo, PROIBIR este canalha do lulla de fazer campanha para os cúmplices da organização criminosa, sob pena de cassação da candidatura daquele que levar o salafrário prizidenti para o palanque.
ESTÃO FALTANDO COLHÕES AOS HOMENS PÚBLICOS DESTE PAÍS!!!
Prezado Cel,
ReplySou Cel-Av da Reserva da FAB e um leitor e admirador do seu Blog. O que aconteceu com o nosso GUIA, parafraseando Elio Gaspari, eh que ele esta ficando desesperado com esse escandalo dos cartoes corporativos, caso Ministro Lupi, e outros escandalos que estao surgindo por ai. Veja bem, no inicio do governo era um escandalo por semestre, depois passou a ser um por mes e agora nao passa uma semana sem um novo escandalo. Perceba como naquele comicio no Ceara o Sapo estava vermelho e descontrolado ( claro que certamente tomou umas "branquinhas" antes do discurso ), mas simplesmente ali ele se mostrou como realmente ele eh, sem mascara, anti-democratico e sem respeito nenhum pelos outros dois poderes, admirador de FIDEL, das FARC e fundador do FORO de SP.
Eh isso ai,
Um forte abraco,
Cel-AV ( RRM-1) ICARO
Coronel
ReplyPreocupante essa figurinha transvertida de molusco vermelho que disse mas não disse. Está pensando que somos otários? Ontem atacou o DEM chamando de ex-PFL. Hoje o STE e a nossa inteligência.
Mas ele julga-se anda no sindicato ou num palanque como sindicalista?
Sinto vergonha de ter um politico amoral como presidente. Acredito que mereciamos melhor.
Quanto mais envelheço mais percebo como existem brasileiros de sobra capazes de dirigir o país com larga vantagem em comparação a Lula.
ReplyNossa situação geográfica, climática, sismológica e econômica prescindem de um caudilho.
As conquistas de amparo social já estão consolidadas no ideário do nosso povo e não há, a rigor, a menor chance de ser eleito um governante que não contemple o socorro de renda mínima, frente de trabalho e gratuidade alimentar a tantos quantos necessitem.
A corrupção ampla e irrestrita deixou claro quão rico está nosso país.
Portanto, há condições do eleitor brasileiro começar a trocar o carismático ladrão por um perfil mais condizente com a eficiência que a contrapartida dos nossos impostos reclamam.
Não há mais necessidade de populismo no Brasil.
Ciente disso, o PT fabrica o atraso induzindo a imprensa acéfala a abraçar a causa do Foro de São Paulo como se fosse a única coisa sensata a fazer.
A pretexto de socialismo e de alavancar as economias vizinhas, definindo o uso do imposto pago pelo brasileiro para uma causa continental, impõe aqui dentro a norma protelatória que adia indefinidamente a libertação do povo pela oferta plena de emprego e da educação qualificadora ao ganha pão mais digno.
O Brasil não precisa do populismo para conquistar seu lugar ao sol.
Essa evidência marcante é o que move o governo Lula a enfeixar um estilo sucumbente ao colapso.
Políticas para o colapso premeditado. Coisas assim que dão fôlego ao populismo pois, o colapso não pode prescindir de um caudilho que salve a pátria.
Que nos salve da violência que o próprio governo Lula facilitou.
Que nos salve da falência do sistema de saúde que o próprio fomentou.
Que nos salve do analfabetismo funcional que o próprio aprofundou.
Assim, claro e cristalino.
Urdindo o colapso o populismo do apedeuta alicia mais admiradores na irreflexão, na omissão, no descaso, na perda da capacidade de olhar a vida de um prisma mais alto de onde se possa admirar com justiça um horizonte mais ético e consequentemente usufruir da paz dos deveres de consciência cumpridos segundo o cronograma do bem comum.
Sharp Random
Um mau caracter também não entenderia...
ReplyCoronel:
Reply“Territórios da Cidadania”. Bonito programa, sim senhor!
Pois é!
Para quê ser tão agressivo este presidente, contra os outros poderes?
Porque razão, esse programa só abrange certos Estados governados por petistas? Não serão todos os outros brasileiros?
Como se não fosse triste, tanta demagogia deste governo.
Como gosto de me manter informada, navego pelos jornais de vários Estados -http://www.guiademidia.com.br/jornais.htm - e eis, que dou com esta notícia, lá no nordeste, no Estado mais pobre - Alagoas - onde por azar, tudo acontece.
“... No barraco onde mora a família da consumidora Adriana Nascimento, que possui apenas três pontos de luz, uma geladeira, uma TV e um ventilador, o valor da conta de energia foi de R$ 93. “Não é possível que tenhamos consumido tudo isso de energia em um só mês. Eu e meu esposo estamos desempregados e vivemos do dinheiro do Bolsa Família e de trabalhos extras que fazemos....” in
http://www.ojornal-al.com.br/interior.php - Assentados se assustam com conta de Ceal
Prezado Sr. Cel:
ReplySó não enxerga quem não quer:
Monstros
Olavo de Carvalho
JB on Line, 28 Fev
Para os comunistas e seus bajuladores, a morte de uns 400 terroristas, durante o regime militar brasileiro, foi algo de incomparavelmente mais grave, mais revoltante, mais intolerável do que a matança de 75 milhões de civis chineses pela ditadura de Mao Dzedong, de 20 milhões de russos pelo governo soviético ou de 3 milhões de cambojanos pela quadrilha de Pol-Pot. Claro, os comunistas são diferentes de nós. Segundo Che Guevara, são "o primeiro escalão da espécie humana". Se você mata um deles, mesmo em defesa própria, é crime hediondo. Se ele mata 100 mil de nós, desarmados e amarrados, torna-se um herói, que é como o senhor Mino Carta define Fidel Castro.
Protestando contra a comparação quantitativa entre a ditadura brasileira e a cubana, que o colunista Reinaldo Azevedo faz na última Veja, Gerald Thomas vocifera seu sacrossanto horror à contagem de cadáveres e em seguida se põe a contá-los por sua vez, acusando os militares brasileiros pela "perda da vida de milhares, digo, milhares de vidas inocentes". Primeiro, não eram inocentes: eram guerrilheiros armados, que só começaram a morrer depois de estourar com bombas dezenas de civis (estes sim, inocentes). Segundo: não foram milhares, foram quatro centenas na mais hiperbólica das hipóteses, jamais submetida a revisão crítica. Para Gerald Thomas, números são um expediente retórico desonesto quando verdadeiros: só os falsos são argumentos honrados.
Sinceramente, já estou velho demais para continuar fingindo que indivíduos capazes de julgar seus semelhantes com um critério tão desproporcional, tão disforme, tão manifestamente iníquo, sejam pessoas normais e decentes com quem eu não tenha senão divergências filosóficas. Esses sujeitos são doentes, são sociopatas perigosos, incapazes de olhar para os discordantes sem antever, com sádica alegria, o cadáver do "inimigo de classe" girando no espeto como um frango no forno da História.
Eis alguns - só alguns - dos objetivos proclamados abertamente pelos líderes e mentores comunistas:
1. Karl Marx: extermínio de classes sociais inteiras e de uns quantos "povos inferiores" (sic).
2. V. I. Lênin: terrorismo sistemático como fórmula de governo.
3. Leon Trotsky: militarização completa do trabalho industrial e agrícola. Supressão da liberdade de escolher emprego.
4. Stálin: "Morte aos pequenos proprietários rurais. Ódio e desprezo aos que os defendem" (sic).
5. Che Guevara: Treinar os militantes para que se tornem "eficientes e frias máquinas de matar" (sic).
Notem bem: não são crueldades impremeditadas, sobrevindas no calor da batalha. São intenções declaradas.
Como é possível que alguém em seu juízo perfeito considere o comunismo um belo ideal humanitário, que um acaso infeliz desviou de seus altos propósitos?
Foi só por um desejo insano de enganar-se retroativamente a si próprios que muitos comunistas, depois da morte de Stálin, começaram a espremer seus cérebros para explicar como o regime dos seus sonhos pudera "degenerar" em tanta violência e maldade. Não era degenerescência: era a execução racional e bem sucedida de planos traçados com muita antecedência - desde Marx - e levados à prática com a frieza metódica de uma obra de engenharia.
Fidel Castro, Guevara, Pol-Pot, Lênin, Stálin, Trótski, Marx - quem quer que escreva uma só palavra em favor desses monstros é seu semelhante, distinguindo-se deles em tamanho apenas, não em qualidade. Ainda que por covardia ou falta de ocasião não venha a realizar pessoalmente seus desígnios macabros, não esconde sua admiração por quem os realiza. E depois ainda se faz de horrorizado ante quem cometeu crimes incomparavelmente menores, se é que é crime apelar à violência para deter um genocídio anunciado e já em fase avançada de execução.
Governo Lula é um genocida!!!
ReplyO povo brasileiro realmente merece coisa melhor que um cínico. Mandar "recadinho público" para um Ministro do STF nos parece coisa muito ofensiva. Falta de respeito e de conhecimento. Deplorável. É aquela história, não é a lei da força quem deve prevalecer. Deve prevalecer a FORÇA DA LEI. É isto que ELLE e os seus precisam entender e ser alertados. Deplorável em todos os seus aspectos. E a emenda pior que o soneto.
ReplyOlhaí, Coronel, IRREGULARIDADES AGORA NO MINISTÉRIO DO TRABALHO. Já foi pedido o afastamento do Ministro, que agora vai enfrentar a Controladoria Geral da União.
ReplyTODO SANTO DIA tem denúncia de irregularidades nessepaiz. PQP. ATÉ QUANDO?
CORONEL,
ReplyCínico e mau caráter tem que ser tratado como tal.Que os juízes o enquadrem com rigor.
Não é despreparado e pobrezinho,é cínico e mau caráter.
E debochado!!!
Quanto tempo a cirrose leva para matar?
Abraços, ANA.
LULA! PORQUE NÃO TE CALAS!!!
ReplyAmigos, receio que tenha que conduzí-los a um período da história que os senhores não viveram. Um período, cuja melhor explicação pode ser dada pelos periódicos da época. Não temos acesso amuita coisa, contamso com alguns exemplares físicos, velhos resquícios dos noticiários da época. Alguma coisa pré-revolução de 31 de Março e parte após a instalçaõ do período que chamo de Regime Militar, posto que se tivéssemos tido ditadura, imbecis como os que temos visto nos últimos tempos estariam "em destino incerto e não sabido", e a sociedade livre de tantos ladrões descarados.
ReplyA revista o Cruzeiro, edição especial Extra de 10 de abril de 1964, traz as causas recentes da eclosão do Regime Militar:
O título era:
"Fala aos sargentos: Princípio do fim
O Texto de Glauco Carneiro - Fotos de João Rodrigues
Eis o texto:
"Perante mil sargentos das Fôrças Armadas e Auxiliares, o Sr. João Goulart, em violento discurso, pronunciado na noite de segunda, tornou irreversível sua posição de esquerda e desencadeou, graças a essa definição, feita em têrmos candentes, a movimentação das fôrças que o derrubaram. Consideraram os chefes da revolta que, transigir mais com a posição ostensiva do Sr. Goulart, seria decretar a morte da democracia. O discurso de Jango, a 30 de março, foi o comêço do fim.
O Olavo de Carvalho, no JB, lavou a nossa alma.
ReplyCoronel, em respeitosa continência, peço-lhe que me permita continuar a publicar os comentários sobre uma época em que havia homens de fibra dentro das nossas Forças Armadas, (Ah, bons tempos aqueles.) de modo que ops leitores do blog tenha conhecimento doa fatos históricos. Obrigado.
ReplyÊnfase de Jango: ato final
“NA OPINIÃO unânime dos chefes da “Revolução Libertadora pela Democracia”, (leia-se Regime Militar) a reunião a que compareceu o Sr. João Goulart na noite de segunda-feira, quando acesas estavam ainda as paixões ocasionadas pela rebelião dos marinheiros, foi a gôta d’água que fêz transbordar o copo. E que houve nessa reunião?
Há alguns meses a Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar do Ministério da Justiça (a que optou pelo serviço federal) convidara o Sr. João Goulart para se fazer presente à festa do 40.º aniversário da entidade, convite êste adiado, a pedido do próprio Sr. Goulart, para outra oportunidade. Sentindo, porém, o Presidente, que se avolumavam as críticas contra a sua orientação julgada “quebrantadora da hierarquia e disciplina militares”, principalmente no caso dos marinheiros chefiados pelo Cabo José Anselmo, quis dar uma demonstração de força e prestígio junto aos escalões menores das Fôrças Armadas, (alguém precisa lembrar aos imbecis que pelegos são escalões menores) aceitando a homenagem que lhe seria prestada pelos subalternos sediados na Guanabara, que aceitavam a sua orientação. A reunião da ASSPM realizou-se, portanto, com oradores inflamados e com discursos que repisaram, invariàvelmente, a mesma tecla: reformas. E reformas nas próprias Fôrças Armadas. Chegou mesmo a ser vaiado o Sarg. Ciro Vogt, um dos oradores, que se atreveu a fazer reivindicações e agradecer ao Sr. Goulart benefícios prestados à classe dos sargentos. Foi vaiado porque, conforme declarou, respeitava os regulamentos disciplinares e se sentia impedido de fazer declarações políticas.”
Tratava-se de insubordinação, motim, e isto, não é perdoado dentro das forças porque a hierarquia e a disciplina são peças que integram um conjunto muito harmonioso cuja melhor, definição ´pode-se tirar destas palavras: “é a espinha dorsal das instituições militares. É a sua força.”
Se alguém tem ascendência hierárquica sobre alguém, isso caracteriza a hierarquia. Para que esta ascendência tenha sentido, necessário se faz a obediência do subordinado ao superior, seus ascendente hierárquico: isto é disciplina.
”O discurso do Sr. João Goulart nessa reunião, realizada no Automóvel Clube, foi considerado pelos observadores como o mais violento de sua carreira, acusando seus adversários de subsidiados pelo estrangeiro e prometendo as devidas “represálias do povo”.
A exaltação do ambiente, carregada ainda mais pela presença de agitadores comunistas, atingiu o auge quando da chegada do Almirante Cândido Aragão e do Cabo José Anselmo, tendo-se ambos abraçado sob os aplausos gerais. Anselmo quis falar à fôrça na reunião, só sendo impedido por interferência direta do Gabinete Militar de Goulart.
]Os chefes militares avaliaram a repercussão de uma reunião como essa, em que a hierarquia cedeu lugar a uma indisciplinada confraternização, e decidiram deflagrar a revolta. O discurso de Jango fôra o último pronunciado como Presidente.”
Homo americanus:
Replycom os trechos que vc publicou fica-se com a ideia que a Revolucao de 64 so' aconteceu porque houve indisciplina dentro das FFAA. Se esta leitura e' verdadeira, as FFAA de hoje em dia NAO SE LEVANTARAO em defesa da Democracia,pois elas so' agem quando a hierarquia interna e' violada. Eu sempre pensei que a elas tb cabia o dever constitucional de defender o Estado de Direito. Como isto NAO vai acontecer, fico torcendo para que o Chavez perca a paciencia com o Brasil e invada o territorio nacional. Pode ser que assim as FFAA saiam do conforto das casernas e defendam o solo patrio, tendo primeiro deposto os traidores comunistas que obedecem ao Foro de Sao Paulo: todo o PT, todo o PSOL, e mais as falsas ONGs.
DELENDA FORO DE SAO PAULO
Hereticus
Perdoe-me, Homo Hereticus, e desculpe-me por não ter continuado a publicar os outros trechos. Tive que ausentar-me, Bem como tive alguns contratempos que me impediram de continuar, mas, continuo agora.
ReplyInicialmente, devo dizer-lhe que não foi apenas por que houve quebra da disciplina, mas, por que até isso já estava acontecendo e não havia nenhuma instituição disposta a fazer alguma coisa, da mesma forma como agora está acontecendo.
A razão dos longos comentários, extraídos de publicações da época, é expor o que aconteceu e que sempre que alguém trazia à baila os fatos e demonstrava que a saída dos militares da caserna para o Palácio do Planalto, havia um bando de vagabundos e inconseqüentes ignorantes gritava palavras de ordem e impropérios e ainda há, mesmo entre nós aqui, quem, apesar do fatos indiscutíveis de corrupção desenfreada e desrespeito absurdo às instituições da República, diga que não havia motivos para tanto. Que não havia amparo legal para a intervenção militar. Não é necessário ser nenhum gênio das letras jurídicas, tampouco ter a verve de um Rubens Limongi para encontrar na exegese da Constituição, então vigente, e nos fatos em prática a necessidade da intervenção e ademais reclamada pela sociedade da época, quando não havia computadores nem meios mais eficientes de informação e mesmo assim, por incrível que pareça, muito, mas, muito mais culta que a dos dias presentes em que ela se dedica a curtir Big Brothers, em que os participantes não sabem que Pedro I foi Imperador do Brasil e não, Patrono do Exército Brasileiro. Gente que, como o apedeuta que hoje nos envergonha, não sabe que entre os Estados Unidos e o Brasil não há oceano algum, salvo se escolhermos fazer antes uma escala em Portugal, contudo isso demonstraria além de uma burrice sem medida, uma ignorância ainda maior, pois o Brasil, desde a data de 7 de setembro de 1822, deixou de ser Reino Unido de Portugal e Algarves, após a célebre declaração de D. Pedro ali, às margens do hoje esgoto do Ipiranga: “Laços fora, soldados. As Cortes querem mesmo escravizar o Brasil. Cumpre, portanto, declarar desde já a nossa independência. A partir deste momento estamos definitivamente separados de Portugal e Independência ou Morte seja a nossa divisa”
Como é gostoso conhecer essas coisas, meu nobre amigo Hereticus. Como nos envaidece e encanta conhecê-las, mas, por outro lado, como incomoda conhecê-las e velas distorcidas e ser atacado por imbecis ignorantes que não sabem onde fica padaria do bairro onde moram.
Felizmente, meu amigo (permita-me assim chamá-lo), ainda há pessoas que, da mesma forma que você, se importam com a verdade.
Por falar em verdade, voltemos ao cerne: não quis em momento algum dizer que a causa principal fora a quebra da disciplina, mas, foi a gota d’água. Isso envolve um retorno à época de Rui, também pródiga em intervenções quando Hermes da Fonseca fez com que o ilustre baiano saísse fugido para a Inglaterra, mas, isso é assunto muito vasto para tratar aqui e a razão de ter suscitado isto é para demonstrar que o Exército sempre esteve envolvido em polêmicas pelos poderosos de plantão. Voltaremos, no próximo comentário a 1884.
Veremos que uma das causas da rebeldia do Poder para com o Exército remonta ao Império quando o Exército Brasileiro se recusou a perseguir ops pobre diabos que fugiam em desepero em busca do bem mais precioso da vida humana: a Liberdade (com inicial maiúscula mesmo.)
Até lá e que com a permissão do nobre Coronel (do mesmo círculo de Cunha Matos e Sena Madureira - Circulo dos Oficiais Superiores do Glorioso Exército Brarsileiro, primeira instituição pública a combater a escravidão, coisa que nenhum de negro, senão este que vos escreve, pois tenho metade negra em função de ter sido o meu velho um negro, teve a coragem de vir a público dizer.) Viva o Exército Brasileiro, o maior abolicionista da História do Brasil.
Em tempo:
ReplyERRATA:
Onde está escrito:
“sempre que alguém trazia à baila os fatos e demonstrava que a saída dos militares da caserna para o Palácio do Planalto”
Leia-se:
“sempre que alguém trazia à baila os fatos e demonstrava que a saída dos militares da caserna para o Palácio do Planalto fora necessária, imperiosa e legal ”
Viva Álvaro Uribe!!!
ReplyViva o homem que não se curvou à ignomínia!!! Morte a Chávez e seus asseclas!!!
Obrigado, Coronel, pela tolerância.
ReplySigamos:
UM EXÉRCITO ABOLICIONISTA
O Império sempre teve predileção pela Marinha de Guerra, evidentemente por ser uma arma aristocrática. Um fator veio mudar a história: a longa e dolorosa Guerra do Paraguai, travada entre 1865 e 1868, que projetou o exército Brasileiro como força política.
O Governo não tinha como manter a integridade do território brasileiro sem um Exército adestrado, o que fez com que o poder dedicasse, a contratempo, recursos para adestrar milhares de soldados, inclinando assim o fiel da balança a favor do Exército em detrimento da Marinha. Por sua vez a guerra despertou o sentimento nacionalista, ainda presente no Exército Brasileiro dos nossos dias. Se patriotismo tem algum fato como semente, quero crer, que o convívio do oficialato com os militares da Argentina e do Uruguai durante a guerra do Paraguai seja esta semente. Você quer entender isto? Explico: diga a um argentino que a bandeira dele não vale nada. Tente sentar-se sobre ela (evite isto, estou apenas exemplificando o que não se deve fazer. Assim como amamos os nosso símbolos, é justo que eles tenham a mesma devoção pelos deles). Diga que o país deles não tem expressão nenhuma na América, mas, a propósito: antes disso, faça um contrato de seguros bem vantajoso para que a sua família não fique desamparada. Avise antes ao agente funerário. Eles podem até ser muito rudes, mas, não tergiversam quando a assunto envolve a Pátria que têm.
O convívio com militares de outras nacionalidades, vem daí a semente republicana e abolicionista de Antonio de Sena Madureira.
A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO CEARÁ TEVE COMO ESTOPIM A RECUSA DE UM JANGADEIRO ASSOCIADA À REPERCUSSÃO DE UMA FESTA PROMOVIDA PELO CORONEL SENA MADUREIRA PARA HOMENAGEAR O CIDADÃO HONRADO E DESTEMIDO
Em março de 1884, Sena Madureira organizou uma festa em homenagem ao jangadeiro Francisco Nascimento, que, em Fortaleza, havia se recusado a transportar escravos. Por este motivo, além da punição, o militar foi transferido para a Escola Preparatória de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul.”
No episódio da derrocada do Império, o Exército Brasileiro foi um fator decisivo. A Questão Militar é um dos três fatores indiscutíveis da derrocada da Monarquia. Não esqueça que a Proclamação da República foi feita por Deodoro da Fonseca, um Marechal. Note, também que não houve manifestação popular, não naquele momento, mas, antes quando o Marechal Deodoro (exonerado) e o Coronel Antônio de Sena Madureira (demissionário) retornavam do Rio Grande do Sul e foram recebidos com honras e ovação pela tropa.
Vivia-se nos ares do Império o abolicionismo desde muitos anos, em verdade desde 1879, a questão abolicionista apaixonava, embora houvesse sido lançada sua semente em épocas mais remotas. Observe-se que a Lei do Ventre Livre, do visconde de Rio Branco data de 1871 . As margens do Rio Paraíba do Sul estavam coalhadas de negros fugitivos. Os Aristocratas cogitaram então de utilizar o Exército para perseguir os pobres diabos. Receberam a resposta equilibrada de Deodoro: o Exército Brasileiro não era formado de capitães-do-mato, mas de soldados e oficiais.
Em verdade, meu amigo, o Exército Brasileiro à época era formado por negros também, diferentemente da aristocrata Marinha de Guerra. Imagine-se um brasileiro entregar a sua vida, arriscá-la em defesa de uma Pátria que, ingrata, junge a um tronco a sua mãe. Imagine um soldado brasileiro que se submeteu ao infortúnio da guerra chegar à sua Pátria e ver seu pai com o dorso estraçalhado pelo relho. Não é uma visão que estimule ninguém a ser patriota. Sensível à realidade, como sempre, o Exército Brasileiro, na figura impoluta de Deodoro dignamente representado, recusou-se a ser perseguidor de escravos.
Estava declarada a Abolição da Escravatura para o Exército Brasileiro. Os historiadores esquerdistas – que são quase todos - não valorizam este episódio. Mas, isso se justifica porque não estavam lá e não sofriam as agruras do regime escravagista, e mais ainda: porque é da natureza da esquerda ser covarde e mentirosa, isto você está vendo.
A verdade é que logo depois da recusa do Exército em perseguir os escravos declarou-se extinta a escravidão no Brasil.
Começava daí, da recusa do Exército o açodamento da Questão Militar, instalada quando o Marquês de Paranaguá apresentou ao Senado, em 1883, um projeto de lei propondo a criação de para os militares, alterando as condições da reforma pré-existentes, fato que acabou sendo explorado pelos republicanos como a verdadeira razão do 15 de novembro.
O Projeto Paranaguá provocou reações na tropa. Sena Madureira foi designado pelos militares componentes do Diretório de Resistência à medida de Paranaguá. Nem preciso dizer que imediatamente foi suscitada a questão como sendo disciplinar: seria lícito aos militares debaterem, pela imprensa, um objetivo de serviço, sem prévio consentimento das autoridades superiores do Exército? Também não preciso desenhar que o Ministério da Guerra, nome do Ministério Militar da época, manifestou-se pela total desaprovação.
Começou, então, o conflito Sena Madureira que desembocou na Questão Militar. A cada pronunciamento vinha uma punição. A coisa ficou mais grave quando o marechal Deodoro, um dos grandes chefes do Exército, interpelado diretamente pelo Governo sobre uma manifestação daquela natureza , que tivera lugar em uma região sob seu comando, respondeu duramente que os dispositivos ministeriais reeditados (leia-se alterados para favorecer a opinião do governo) não obrigavam os oficiais do Exército. Era o advento da “Doutrina do Soldado-Cidadão”, pela qual o militar era inteiramente livre para emitir sua opinião. Lembre-se que Deodoro era amigo do Imperador, mas, não transigia com seus princípios, como fazem hoje muitos e certos Generais, especialmente os que acham que crimes de furto, prevaricação, crime responsabilidade, lesa-pátria etc., são questão de segurança nacional (só se for da pátria do Beira-mar).
Hoje há muitas mariposas à volta da luz, poder-se-ia dizer, contudo, pelo cheiro que emana do planalto, que há muitas varejeiras à volta da carniça.
Um fato também relacionado à derrocada do Império ocorreu no Piauí quando o Coronel Cunha Matos ligado ao Partido Liberal, encontrou corrupção no comando de um quartel ao fazer uma inspeção numa Companhia de Infantaria no Piauí, notou algumas irregularidades na administração das tropas (desvio de fardamentos e negociatas com o soldo dos praças) e responsabilizou o capitão Pedro José de Lima pelo ocorrido.
O problema criou uma violenta polêmica entre Cunha Matos (liberal) e o deputado Simplício Resende (conservador), defensor do capitão acusado. Cunha Matos, por ter escolhido a imprensa como órgão de defesa, foi condenado a 48 horas de prisão. A prisão de Cunha Matos repercutiu entre os militares - inclusive Deodoro que rompeu com o Poder - que reagiram em total apoio ao colega de farda.
Sena Madureira, no Rio Grande do Sul, fez novo pronunciamento à imprensa pelo jornal '' A Federação'' de Júlio de Castilho.
Os militares do Rio Grande do Sul se reuniram e fizeram novos pronunciamentos à imprensa com a autorização do Marechal Deodoro da Fonseca, comandante das armas e primeiro vice-presidente do Rio Grande do Sul, que por esta atitude foi demitido dos cargos e chamado ao Rio de Janeiro
O mote fora que sob a acusação de terem se manifestado politicamente pela imprensa, foram punidos os coronéis Sena Madureira e Cunha Matos, provocando descontentamentos no Exército e resultando num violento discurso do Visconde de Pelotas, que era um militar exercendo, naquele momento, um mandato de senador , o qual tomou a defesa dos militares punidos.
O ministro que aplicou as punições, general Franco de Sá, que também era senador, voltou a assumir sua cadeira no Senado e replicou às acusações no mesmo tom, sustentando sua posição de manter os militares afastados de manifestações políticas.
Deodoro interpelado respondeu em ofício, por via marítima, que dizia que "não há questão disciplinar, porque o regulamento veda discussão entre o subordinado e seu superior. O senador Franco de Sá atuava como parlamentar e não como militar, não sendo, naquele momento, um superior se dirigindo ao coronel, mas sim um senador a emitir sua opinião". Esse oficio cruzou com outro que veio do Rio de Janeiro, também por via marítima, aplicando punição a Sena Madureira por "referências inconvenientes a um membro do Parlamento e por ter criticado atos de um ex-Ministro da Guerra".
A crise atravessou os governos dos gabinetes Lafaiete Pereira, Cotegipe e João Alfredo, desembocando na derrocada do império no Gabinete Ouro Preto
O senador liberal Visconde de Pelotas, em defesa de Cunha Matos atacou violentamente as restrições aos militares
Pouco mais tarde, o Marechal Deodoro, juntamente com o Visconde de Pelotas, assinou um Manifesto contra as medidas antimilitares, e o governo, então, retirou as penalidades impostas aos oficiais. Era a capitulação dos covardes ante a indiscutível união da força em defesa da dignidade da carreira militar.
É uma natural atitude entre os militares a repulsa a corruptos militares (melhor dizendo: a corruptos fantasiados de militares, posto que os militares não admitem entre eles sequer usuários de drogas (eufemismo par designar dizer viciados). Matos foi violentamente criticado em plenário e pela imprensa pelo então Deputado Simplício Rezende, do Partido Conservador, que o acusou de ter agido covardemente na Guerra do Paraguai. (como se vê, o Exército sempre que combate a corrupção é acusado de alguma coisa. A propósito esse é o mote do PT: quem denuncia corrupção, dança. Se você duvida, pergunte ao Francenildo, que acusou Palocci, aquele piauiense, o caseiro, que está vivendo de bicos, pois não consegue emprego com carteira assinada. Grande, Brasil! Ainda será uma Pátria livre.)
Data, pois, daquela época, a proibição do militares de se manifestarem pela imprensa. Apenas os militares reformados estão imunes às regras impostas pela legislação. Lei 6680, Estatuto do Militares, sendo considerada infração ética.
Resumindo: tiram-nos o fígado e nos obrigam a engolir a bílis.
Não foi nenhum ato de nobreza da Monarquia a revisão de seus atos. Na verdade ela percebeu que o Exército já não era uma força inexpressiva, coisa a que o Lula e seu banda estão querendo reduzi-lo, minando suas forças, limitando-lhe o orçamento ao ponto do soldado estar prestando ser viços à Pátria a ter que ser alimentado por sua família, pois nem rancho é mais fornecido, o que contraria norma regulamentar. O soldo de soldado é de R$267,00, portanto menos que um salário mínimo.
Explico o que houve com a Monarquia:
1 - Madureira havia se demitido por não concordar com a seqüência dos fatos;
2 - Deodoro foi exonerado e transferido para o Rio de Janeiro, ambos chegando à Capital, no dia 26 de Janeiro de 1887, foram ovacionados como heróis pelos cadetes da Escola Militar, quando do seu desembarque no cais Pharoux, na Praia Vermelha, numa verdadeira apoteose.
3 - Sabedor que grande parte do Exército apoiava Deodoro, o Governo Central, recuou de sua investida contra os militares e, em meados do mês de maio, D. Pedro II demitiu Chaves e perdoou Cunha Matos, Madureira e Deodoro.
4 - A Classe Militar acordou para coesão e percebeu que mantendo-se unida poderia interferir decisivamente no jogo político no Brasil. Em resumo, foi início do fim do Segundo Império, pois os republicanos perceberam a importânci da Questão Militar e a transformaram numa questão política logo se apresentando como seus defensores intransigentes.
Estva consollidada a segunda Questão que faria a Monarquia ruir.
Há um episódio muito citado no Senado pelo senador Mão Santa. Trata-se da tentativa do Gabinete Ouro Preto em salvar a monarquia trazendo para junto de si ninguém menos que Rui Barbosa.
É da obra “Da necessidade do General Rui Barbosa”, da lavra Oswaldo Melantonio, o extrato a seguir:
“A 6 de junho, pela tarde, Dantas comunica-lhe que estava ministro, no gabinete que no dia seguinte deveria ser constituído. Às 11:30 da noite responde-lhe Rui, por carta publicada no Diário de Notícias de 9, declinando de participar do gabinete, uma vez que no seu programa não incluía a federação, em cujo favor dera seu famoso voto em separado, no último Congresso do Partido Liberal.
Pela manhã de 7, replica-lhe Dantas, não concordando com a escusa e maracndo-lhe um encontro, ao meio-dia, no vestíbulo da antiga Biblioteca Nacional, à Rua Da Lapa. E no prazo dado, ai ver Rui, logo lhe foi dizendo:
“- Só não estarás ministro, se não quiseres. Indiquei o teu nome, que o Ouro Preto recebeu alegremente, e que o imperador acolheu de braços aberto. E acrescentou: - Assim, estás Ministro, a não ser que finques o pé em não querer.
- Mas, o conselheiro, o Afonso Celso já admite, no seu programa, a federação? interroga Rui.
- Não, não admite, responde-lhe Dantas.
- Então, como posso ser ministro no seu Governo?
E Dantas retruca: Bom! Pensa bem. Fica refletindo, para me responderes daqui a pouco. Porque vou agora encontrar-me com o Celso.
Meia hora depois volta Dantas, e ao chegar assim inquire Rui:
- Já refletiste?
- Já. O Celso não aceita a federação. Portanto, não posso ser ministro no seu gabinete.
E quando, em demanda à casa do Barão de Javari, onde deviam se encontrar Ouro Preto, desciam pela Rua do Passeio, Dantas ainda interpela Rui:
- É definitiva a tua recusa?
- Não pode deixar de ser, conselheiro.
Pela terceira vez , no dia 7, mantinha Rui, perante Dantas, a recusa que lhe apresentara na véspera. E, tr~es vezes , em seguida, manterá perante Ouro Preto a mesma negativa.
Assim, ao entrar este no salão da casa de Javari, Dantas lhe disse:
- Celso, o Rui não aceita.
- Mas por quê?
- Muito simples, conselheiro, responde Rui. Vossa Excelência exclui de do seu program a federação e eu estou com ela comprometido.
E o Ouro Preto, prontamente:
- Não é razão. No meu programa está a descentralização ampla, que é meio caminho da federação .
- Não tenho tal certeza, redargüiu Rui. Não amarro a trouxa das minhas convicções por amor de um Ministério.
E manteve a recusa”
São peças de um episódio que desemboca na transferência do 22º Batalhão de Infantaria para Amazônia, como castigo após uma manifestação de apoio a Benjamin Cosntant. Castigo imposto por pura intransigência do Gabinete Ouro Preto.
Benjamin Constant convocou o Clube Militar que permaneceu reunido dois dias, 8 e 9 de novembro, para tentar demover o governo da idéia de perseguir os militares, no que não foi bem sucedido mantendo a perseguição e provocando incidentes com os militares. Resultado: Vários oficiais começa a procurar Deodoro. Em 11 de novembro Deodoro recebe Rui Barbosa, Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo, Francisco Glicério e Sólon Ribeiro.
Em 15 de novembro, após ser tirado do seu leito de enfermidade, Deodoro, combalido pela doença, visivelmente abalado, penetra no Quartel General, n o campo de Santana, atual Quartel General do Comando Militar do Leste, Palácio Duque de Caxias e vai ao encontro de Ouro Preto:
“Vossa Excelência e seus colegas estão demitidos por haverem perseguido oficiais do Exército e revelarem o firme propósito, em que estavam, de abaterem ou mesmo dissolverem o próprio Exército”.
“Nos pântanos do Paraguai, muitas vezes atolado, sacrifiquei minha saúde em benefício da Pátria...”
Ouro Preto o interrompe, altivo:
“Maior sacrifício, General, estou fazendo, ouvindo-o falar”
Todo o gabinete foi preso sob palavra. Estava fundada a República pelo Exército Brasileiro.
Voltaremos a 1964, a seguir:
Analisemos melhor as contingências do Governo Goulart, para descobrimos o que o levou à imbecil atitude de afrontar o Dragão dentro da Caverna. Não se deve fazer “dedada de Doha” (aquela de encontrar o ponto “G”) sem estar a uma distância segura, especialmente na Morte. A morte não tem próstata, es portanto, não se agrada de exames do tipo.
ReplyVamos aos fatos que antecederam o fatídico 13 de março de 1964, o Discurso da Central do Brasil, ironicamente do lado do Quartel General do então I Exército, o mesmo Palácio Duque de Caxias de onde Deodoro mandou sair preso o Gabinete Ouro Preto, quase 75 anos antes.
Diz a Revista O cruzeiro de 10 de abril de 1964:
“SENHOR João Goulart perdeu o jôgo no momento em que, abandonando a tática da conciliação política, que prevaleceu nos dois primeiros anos de seu govêrno, preferiu comandar ostensivamente o esquema da esquerda radical que tinha numa entidade juridicamente ilegal, o Comando Geral dos Trabalhadores, o centro de suas atividades revolucionárias.”
“Chegando ao Poder pela sua extraordinária habilidade política, usada principalmente no amaciamento dos impulsos revolucionários do seu cunhado Leonel Brizola e de uma paciente e longa viagem da Ásia...”
Leia-se China Comunista, pois à época a China Vivia “O grande salto para a frente” que redundou na morte por inanição de mais de 35 milhões de chineses. Era a antevéspera da “Revolução Cultural” ou de modo mais extenso: “Grande Revolução Cultural Proletária”, fenômeno maoísta que dizimou o que de mais sagrado havia na cultura chinesa, além de provocar a morte de milhões de dissidentes, professores, artistas e gênios da cultura chinesa cuja maior crime foi serem cultos.
“...a Pôrto Alegre quando ganhou tempo para assumir de modo pacífico a Presidência vaga com a renúncia de Jânio, o Sr. João Goulart passou a estruturar um dispositivo de segurança baseado em alguns oficiais de sua confiança pessoal.”
É isso que faz a república americana, a francesa, e até mesmo a Monarquia (pro forma) inglesa serem exemplos de legalidade: o regime parlamentarista. Aqui se combate qualquer coisa que tenha por objeto a seriedade. Razão porque o Exército foi combatido desde o seu advento à frente do governo. Bastaria que nas hostes se descobrisse um melancia e ele não duraria um dia, seria forçado pelos egressos da Escola Militar de Realengo a vestir o pijama e calçar seus tamancos. Nem preciso dizer, mas , o Exército é uma corporação, tem uma alma e ela vive em cada militar de verdade. Não se acusa um militar sem provas, pois toda a corporação sai em sua defesa, ao menos era isso o que vivíamos. Hoje se vê a perseguição ao Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra e não se vê uma voz levantar-se em sua defesa. A esposa do assassino se fez alguma coisa pela Pátria, foi permitir que descobríssemos a guerrilha no Araguaia quando foi favorecida por Maurício Grabois, que permitiu que ela tivesse um filho – este mesmo que acusa o Coronel Ustra de tê-lo torturado no ventre da mãe. Pode? - e fosse tê-lo fora da área de combate, direito que não teve a mulher de Pedro Albuquerque, que recebeu a ordem de abortar. Hoje se vê o aviltamento dos soldos que em breve terão um reajuste de 4% rsrsrsrs em agosto, sendo que está prometido mais 4% para o ano que vem. Este expediente já foi utilizado há dois anos. Prometeram um reajuste de 27% em duas etapas. 10% naquele mês de setembro e 27 em janeiro do ano seguinte. Os 17% foram utilizados nos cartões corporativos pois nunca os vi em meu contra-cheque.
Voltemos a Goulart.
“ Êsse dispositivo teve que ser revisto mais de uma vez. As contingências do regime parlamentarista obrigaram o Presidente Goulart a manter no Ministério da Guerra o General Nelson de Melo, notoriamente anticomunista. Derrubado o sistema parlamentar de govêrno, através de uma intensa pressão política, sindical (taí o lixo chegando) e militar, pôde, então, o Sr. João Goulart preparar o caminho para sua futura aliança total com as esquerdas.”
A Marinha e a Aeronáutica passaram a ter, a partir do primeiro ano de govêrno presidencialista, comandos fiéis ao Presidente. O Ministério da Guerra foi entregue, então, ao General Amaury Kruel, amigo pessoal do Presidente mas oficial tão anticomunista (é uma tradição no Exército o combate ao comunismo) quanto o seu antecessor na Pasta. O Sr. Leonel Brizola iniciou, então, e vitoriosamente, uma intensa campanha, pelo rádio e televisão, contra a permanência de Kruel no comando-geral do Exército.”
UMA MELANCIA NO GOVERNO
O General legalista Jair Dantas Ribeiro foi convocado para assumir o Ministério da Guerra. Construiu, então, um esquema militar inteiramente legalista e anticomunista, substituindo mais de cem comandos em todo o território nacional. Para manter, porém, um dispositivo militar esquerdista, fiel às reformas econômicas que propunha e à sua futura aliança com a esquerda, o Sr. João Goulart levou para a chefia de seu gabinete militar o General Assis Brasil (notória melancia). Aí começou a estruturação de uma ampla frente esquerdista, política, sindical e militar, sob a orientação política da Casa Militar da Presidência.
A um ano e meio das eleições presidenciais o Senhor João Goulart recusava-se a conversar sôbre a sua sucessão. O Sr. Juscelino Kubitschek, que seria o candidato natural do esquema governista, teve seu nome sumàriamente vetado pelas fôrças esquerdistas mais radicais, que obedeciam ao comando do Deputado Leonel Brizola. Deu-se o esvaziamento da candidatura Kubitschek e o crescimento da candidatura Lacerda, na área oposta.
Aqui os vagabundos vão encontrar a forma do pé. Lacerda dócil às esquerdas era um “cavalo-de-tróia” em defesa do regime democrático ameaçado por Brizola. Veremos isso no decorrer dos comentários.
As lideranças políticas, inclusive as mais próximas do Presidente Goulart, passaram a desconfiar das intenções continuístas do chefe trabalhista. O PSD não lhe dava cobertura parlamentar para as reformas. A UND liderava, no Congresso, a anti-reforma. Estruturava-se, assim, um dispositivo de defesa do regime democrático, que os principais partidos e vários governadores comandados por Adhemar e Lacerda puseram a funcionar inicialmente na área puramente política para, mais tarde, ganhar a consciência e o apoio das Fôrças Armadas.
ATOLANDO O PÉ NA JACA
O Govêrno fêz várias tentativas de contenção dêsse dispositivo oposicionista. Mal aconselhado tanto política quanto militarmente, o Sr. João Goulart contava, apenas, com apoios populares, suportes sindicais e sua intuição e habilidade política para sobreviver. A inflação se agravava, desmoronavam-se os planos administrativos do Govêrno. Necessário que o Presidente apressasse sua aliança com as esquerdas, passasse a comandá-las ostensivamente a fim de ocupar o espaço de tempo, os dois meses que separavam a primeira quinzena de março da oficialização da candidatura Lacerda, já marcada para princípios de abril. Com a candidatura Kubitschek já lançada pelo PSD, restava ao Sr. João Goulart fazer a sua opção: ou marcharia com ela, ou concentraria seus esforços para a esquematização de uma candidatura esquerdista com tintas democráticas. Êle desprezou a solução eleitoral e decidiu romper a barreira da conciliação política, indo ao encontro das lideranças identificadas com o pensamento marxista.
Estaria absolutamente convencido o Presidente Goulart de contar com apoios militares para essa jogada? Estaria certo que as fôrças militares dariam cobertura, ao menos parcial, às teses defendidas pela esquerda radical e comunistas no palanque armado em frente ao Ministério da Guerra no dia 13 de março? O simples fato da presença do General Jair Dantas Ribeiro naquele palanque não autorizava a ninguém a acreditar que Exército, Marinha e Aeronáutica estavam solidárias com a nova posição do Presidente da República.
AS MALFADAS REFORMAS DE BASE – LEIA-SE A PAULATINA IMPLANTAÇÃO DO REGIME COMUNISTA FULCRADA PRINCIPALMENTE NA REFORMA AGRÁRIA QUE DEVERIA SER O CARRO CHEFE - EM 13 DE MARÇO FOI ASSINADA A LEI QUE CRIAVA A SUPRA, EMBRIÃO DO INCRA
A partir do comício do dia 13 radicalizaram-se as posições políticas e as Fôrças Armadas começaram a sensibilizar-se. O Decreto de desapropriações de terras, o do tabelamento dos aluguéis, o de encampação de refinarias de petróleo foram os dados menos importantes na crise que se armava. Para exercer a sua autoridade de Presidente da República e para tomar medidas administrativas até mesmo reformistas, o Sr. João Goulart contava, ao menos aparentemente, com a cobertura militar do esquema montado pelo Ministro Jair Dantas Ribeiro. Mas o próprio Ministro confessava, em conversas confidenciais, que não teria condições para mobilizar seus comandos no sentido de prestigiar uma solução golpista para o problema sucessório, nem de esquerda, nem de direita.
Na realidade - verificou-se mais tarde - O Presidente Goulart não tinha estruturado um dispositivo militar de esquerda, capaz de prestigiar sua aliança com os revolucionários. Se estava mal-informado pela sua assessoria militar chefiada pelo General Assis Brasil, não se sabe. Se agiu conscientemente, certo de que contaria com a cobertura popular para a sua ação, só êle poderá responder. (O TEXTO É DE 10 DE ABRIL DE 1964)
Espero que me perdoem pela lerdeza, mas, tenho outros afazeres. Confesso mesmo que terei que interromper por hoje em face de um trabalho pendente. Até breve, e obrigado.
NÃO PODERIA DEIXAR DE FAZER, AO MENOS EM PARTE, O MEU TRABALHO DE HOJE. LAMENTO QUE O MEU DEVER PROFISSIONAL ME TOME TANTO TEMPO, MAS, NÃO POSSO NEGLIGENCIÁ-LO.
ReplyEIS A PALHINHA DE HOJE.
É em parte, a maior dela, extrato da revista "O Cruzeiro", porque não tive muito tempo. A anedota sobre Adhemar, é um fato.
Adhemar era um cavlo de tróia assim como Lacerda.
Jânio tinha-lhe ódio figadal. Em um debate ccom Franco Montoro, este o acusava de ser responsável, com a sua renúncia, pelo alto índice inflacionário da época, 1982 ou 1983, não me lembro ao certo (mas o Google lhe dirá), quando ambos concorriam ao governo de São Paulo. No debate na Assembléia Legislativa de São Paulo, Jânio perdeu a linha quando Franco Montoro mostro-lhe a capa do livro de onde tinha tirado a informação que repassava. Jânio indignado disse:
- Inimigos figadais meus e do meu governo, não merecem respostas.
Na capa do livro havia uma foto de Carlos Lacerda.
Assim, que fique claro, Adhemar e Lacerda eram anti-comunistas.
Adhemar - I
Adhemar de Barros, inimigo figadal de comunistas -
Dentre os que combateram os vagabundos que hoje estão a vomitar, asneiras como fez ontem a Besta Poliédrica (quadrada não seria bem a definição apropriada a um marxista em virtude de sua multifacetada personalidade, mesmo aos marxistas de araque que nada sabem sobre o marxismo) nenhum além de Castelo foi mais odiado que Adhemar de Barros.
Contam os “contadores de causos” que certa feita, em visita a uma cidadezinha do interior do Piauí, Adhemar teria permanecido em um estabelecimento comercial em que havia um repentista. Encantado coma verve do repentista, Adhemar resolveu colocá-lo à prova.
- Caboclo, aqui estão dois tostões (4.000$00) - 4 (mil réis). Este dinheiro será todo teu se fizeres um repente comigo. Mas tem que ser um verso “me acabando”. – o caipira olhou para ele como quem estivesse duvidando, mas, não se fez de rogado. Soltou o verbo:
-
- Adão foi feito de barro.
De barro foi feita a matuta.
Mas, esse Adhemar de Barros,
Oh, barro” fela da puta”
Mas, deixemos de lado a diversão e vamo-nos à obrigação:
A revista O Cruzeiro, na sua edição extra de 10 de abril de 1964, trazia uma reportagem especial sobre o movimento de 31 de março e suas causas. Divirtam-se:
“Adhemar
O Governador Adhemar de Barros em entrevista exclusiva cedida a “O Cruzeiro” – a primeira desde a eclosão do movimento armado contra o govêrno do Sr. João Goulart –, disse que dará combate sem trégua aos comunistas, caçando-os onde estiverem, em qualquer ponto do território nacional. Visìvelmente eufórico, apesar do cansaço de muitas horas sem dormir, o Sr. Adhemar de Barros começou dizendo que o movimento revolucionário por êle comandado em São Paulo começou na noite de 31 de março de março, “para valer”.
– Quando vocês todos estavam dormindo, sonhando com a liberdade, nós já mandávamos os primeiros comunistas para a Casa de Detenção.
E frisou:
– Mas à velha Casa de Detenção, pois não têm mais direito nem à cadeia nova.
“A Polícia de São Paulo” – continuou – “agiu com absoluta segurança, colaborando com o General Amaury Kruel, que desde o início estava integrado no nosso esquema de libertação nacional. Naquela altura, eu e mais seis governadores de Estado (Minas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Guanabara, Mato Grosso e Paraná) já tínhamos pronto o decreto de beligerância que iria instaurar o primeiro govêrno brasileiro. Eu próprio redigi o manifesto que ainda se encontra em meu poder. Queria com isso comunicar ao Mundo que no Brasil ainda havia líderes realmente democratas que não toleram o jôgo vermelho.
“O Brasil retornará agora à sua política internacional de apoio incondicional ao Ocidente. À sua política de livre iniciativa. Abandonamos o tripé instalado pelo Goulart. Tripé apoiado em órgãos espúrios como CGT, UNE, PAC, PUA e outros. No govêrno dele mandavam os pelegos, os estudantes vermelhos, os camponeses doutrinados e os escravos de Moscou.
qualquer semelhança com os dias presentes, não é mera coincidência
“Agora, caçaremos os comunistas por todos os lados do País. Mandaremos mais de 2 000 agentes comunistas – numa verdadeira Arca de Noé – para uma viagem de turismo à Rússia. Mas uma viagem que não terá volta. Que falem em democracia, agora, na Rússia.
“Não deporemos armas enquanto não expulsarmos tôda a canalha vermelha. Caçaremos os mandatos de todos os parlamentares, governadores e prefeitos comunistas. Não mais permitiremos a infiltração no nosso meio, pois não podemos nos reerguer enquanto tivermos comunistas em nossos alicerces. Não aceito acôrdo de espécie alguma com comunistas.
Adhemar - II
“Êles jamais quiseram reforma de base. O que êles queriam era fazer delas escudo para a reforma da Constituição. Mas nós não o permitimos. Agora terminou tudo. O Presidente Mazzilli vai revogar todos os decretos espúrios (SUPRA, aluguéis, encampações etc.). A SUPRA é uma entidade comunista.
“Nós começamos em 60 muito mal (refere-se a Jânio) mas, graças à Virgem Maria, dois jotas nós já conseguimos derrotar. Agora só falta o terceiro (JK), que sempre foi o principal conselheiro de Jango. Quando êste procurava o caminho democrático, êle colocava lenha na fogueira. Os três jotas estavam unidos para derrotar a Democracia.
“Voltamos ao poder para pacificar. Não quero nada. Apenas a democracia autêntica, sem receber ordens de Moscou.
“Vamos começar imediatamente o expurgo dos comunistas. Darcy Ribeiro, Jurema, Valdir Pires (esse estrume foi Ministro da Defesa recentemente) , Ryff, Pinheiro Neto, Eloy Dutra e outros canalhas.”
Finalizando disse: “Goulart bolchevizou a família brasileira. Mandou mais de 11 mil estudantes paulistas fazerem cursos comunistas na Rússia. Agora, vou mandar os comunistas falar em liberdade em Moscou”.