Importante ler a entrevista de Fernando Henrique Cardoso a Laura Greenhalgh e Fred Melo Paiva, de O Estado de S.Paulo, neste domingo, do início ao fim. No entanto, a última resposta é a mais impactante:
"Não sou candidato, não quero nada. Se eu quisesse voltar, deveria ter sido candidato na primeira sucessão do Lula, quando saiu o Geraldo. Todos vieram falar comigo: o Serra, o Aécio, todos. Até porque sabiam que íamos perder. O Geraldo foi insistente comigo. Ele dizia: "Se o senhor quiser, eu não vou". Curioso, ele ainda me chama de senhor. E eu não quis. Não porque temia o resultado, porque perder não é uma tragédia para o político profissional. Nesse caso, tragédia é não se candidatar. Não tenho dúvida de que Lula vai voltar em 2014. Porque é político profissional. E ótimo, tomara faça. Já eu me distraio por aqui".
Isto explica o apatetamento tucano quando o povo brasileiro levou as eleições de 2006 para o segundo turno. Aturdidos, não sabiam o que fazer e não fizeram. Todos que acompanham política no Brasil tiveram esta sensação, que jamais foi admitida pelos tucanos. Agora a verdade vem à tona. E não é pela boca de qualquer um, é pela boca do Doutor Fernando Henrique Cardoso, na sua bela entrevista.
3 comentários
É assim que os grandes mestres compõem um RÉQUIEM POLÍTICO.
ReplyJá desconfiava de uma reforma política a la carte, agora então é quase uma obviedade.
O gosto por avançar sobre o erário e a facilitação chegou a um ponto tão absurdo que não descarto o governo do crime organizado estar franqueando o saque dessa forma pretendendo um golpe consentido para burlar o alcance da lei pela quase unanimidade dos partidos reconfigurando suas siglas e detonando de vez esse passivo de imoralidade que nunca antes na história desse país serviu tão bem à deturpação do regime democrático.
Anônimo da Silva, senhor!
Só pra gente saber a oposição que havia...Espero que os Demo não caiam nessa esparrela de novo
ReplyTucanos não mais que petralhas de casaca, porém, há algumas diferenças: não são quadrilha nem se une ao narcotráfico (ao menos equanto organização política).
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