Até que a morte os separe.

É um casamento indissolúvel. Uma união de sangue, abençoada até pelo Vaticano. Foram feitos um para o outro. Entre eles, não existe vencidos ou vencedores. Se merecem, se completam, se retroalimentam. Nunca brigaram, nem nos piores momentos. Lembram quando Lula estava apanhando do Alckmin no debate da Band? Pediu socorro para quem? Para Serra, na platéia. E foi atendido com um silêncio obsequioso, providencial e com uma fuga covarde e mesquinha ao final do debate, enquanto Marta Suplicy dava entrevista, aquela famosa entrevista do "candidato de plástico".

Agora está para acontecer tudo de novo e sabe o que estaremos perguntando daqui três anos, quando o PT eleger um novo presidente tampão, para a volta do Lula em 2014? Estaremos dizendo: lembram quando Lula estava em dificuldades para aprovar a CPMF? Lula pediu socorro para quem? Para o mesmo José Serra. E lembraremos, novamente, que Lula foi atendido com toda a reverência.

Portanto, senhores e senhoras, não depositemos nossas melhores orações em José Serra. Ele, ao acabar com a unidade do PSDB, está abençoando o poste ou o cone de trânsito que o Lula vai eleger em 2010, com os R$ 150 bilhões que vai arrecadar com a CPMF.