Lava Jato leva mais lama para a antessala de Dilma.


Em fase de negociação com a Procuradoria Geral da República, o acordo de delação premiada de Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, tem tudo para criar novos embaraços para o Palácio do Planalto e para a presidente Dilma Rousseff. A proposta de acordo, em que Azevedo detalha aquilo que tem para contar às autoridades, envolve dois dos auxiliares mais próximos da presidente da República em uma ofensiva para fazer com que a empreiteira despejasse mais dinheiro na campanha da então candidata petista à reeleição.

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Nos chamados "anexos" da delação premiada, que resumem os tópicos principais da colaboração, Otávio Azevedo afirmou que a pressão por dinheiro, em pleno ano eleitoral de 2014, partiu do então tesoureiro da campanha petista, Edinho Silva, hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e de Giles Azevedo(foto), ex-chefe de gabinete e atual assessor especial de Dilma Rousseff. 

A mensagem, segundo o executivo, era clara: se a Andrade Gutierrez não se engajasse mais efetivamente na campanha petista, seus negócios com o governo federal e com as empresas estatais estariam em risco em caso de vitória de Dilma. Em outras palavras, o executivo, preso em junho do ano passado pela Operação Lava-Jato, relatou o que entendeu como um achaque.

A negociação, iniciada no ano passado, está em fase final na Procuradoria, mas tem enfrentado alguns empecilhos. Até recentemente, os procuradores insistiam para que o executivo fosse além do esquema de corrupção na Petrobras e no setor elétrico. Eles queriam incluir na delação negócios suspeitos na área de telecomunicações, onde o executivo, durante anos, exerceu forte influência - antes de assumir a presidência da Andrade, Otávio Azevedo comandava a Oi, que faz parte do mesmo grupo empresarial. 

Ele esteve à frente, por exemplo, do polêmico processo de fusão da empresa com a Brasil Telecom. Também foi um dos responsáveis pela decisão de aportar recursos na Gamecorp, a empresa de entretenimento de Fábio Luís, o Lulinha, filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O aporte, como se sabe, se deu pouco antes de sair a decisão do governo que abriu caminho para fusão, tão almejada pela companhia. Até recentemente, Azevedo vinha resistindo a incluir esses temas no acordo, o que fez com que a negociação emperrasse na Procuradoria.

A pressão do alto comando da campanha de Dilma Rousseff sobre a Andrade Gutierrez tinha uma explicação. Os petistas reclamavam que a empreiteira, embora fosse detentora de grandes contratos no governo e em estatais, vinha apoiando a candidatura do tucano Aécio Neves. A queixa se transformou em ameaça. A Andrade acabou abrindo os cofres. De agosto a outubro, a empreiteira doou oficialmente 20 milhões de reais ao comitê de Dilma. A primeira contribuição, de 10 milhões de reais, se deu nove dias após Edinho Silva visitar Otávio Azevedo na sede da empreiteira -- àquela altura, a Andrade já havia repassado mais de 5 milhões à campanha de Aécio e não tinha doado ainda um centavo sequer ao comitê petista.

Por ora os procuradores têm apenas os tópicos da delação do executivo. É a partir da assinatura do acordo que começarão os depoimentos - em que ele dará os detalhes de cada um dos assuntos relacionados na proposta de delação. Nas investigações da Lava-Jato, não é a primeira vez que Edinho Silva é acusado de pressionar empreiteiras a dar dinheiro para a campanha. Alvo de um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal, ele já havia aparecido nesse mesmo papel na delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da UTC. 

Até aqui, a menção a Giles Azevedo é tida como um dos pontos mais sensíveis da delação, justamente por seu potencial de dano à presidente da República. De todos os auxiliares de Dilma Rousseff, ele é o mais próximo da presidente. É dos poucos autorizados, no governo e fora dele, a falar em nome da petista.

Em notas enviadas a VEJA, o ministro Edinho Silva informou que se encontrou com o então presidente da Andrade Gutierrez e que as doações feitas pela empreiteira foram todas legais e declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral. Giles Azevedo, que era o coordenador da campanha de Dilma, disse que esteve uma única vez com Otávio Azevedo em 2014, mas não informou o motivo da reunião. (Veja)

9 comentários

Além de saia justa, Dilmazika está ficando de minissaia! Hummmmm...

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Credo! Pra todos os lados descobrem-se falcatruas.
Se em treze anos já fizeram isso tudo, com mais um mandato não sobrará nada do Brasil.

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Hum.... Um é hoje atual assessor,hum.. Outro era tesoureiro da campanha o tal Edinho Silva e virou ministro,hum... Quais as aptidões deles p estarem nos cargos,hum....cala -te boca,hum.... a anta n viu nadica,hum...

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O barba não viu nada ,só falta ser canonizado,kkk

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Diariamente relatos mostram a criminalidade praticada por Lula/Dilma. Será que alguém ainda tem dúvidas?

Sim, os comparsas togados que blindam esses bandidos, e impedem a punição devida. Conservar Dilma ainda no cargo mostra como o Brasil está e a cada dia ficará mais arrasado, desacreditado e difícil de ser recuperado.

Façam valer a Lei. Manda logo pra cadeia esses petistas corruptos destruidores do Brasil.

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César de Castro Silva mod

O Anônimo das 17:52 está coberto de razão, a culpa da existência dessa quadrilha é da maioria dos juízes brasileiros, aí incluídos os ministros dos tribunais superiores, que não tem a coragem e a honradez de um SÉRGIO MORO, preferindo a comodidade de seus gabinetes de ar condicionado a enfrentar esses bandidos que estão destruindo o nosso país. Se todos os juízes brasileiros, federais e estaduais, agissem com rigor e aplicassem as leis os políticos bandidos roubavam menos, principalmente nas mais de 5.000 prefeituras e estados.

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"Lula da Silva faz o povo de otário!
A maior parte da fortuna do Lula da Silva está em contas bancárias em Hong Kong. O apartamento Triplex em Guarujá e sítio em Atibaia são patrimônios menores comparado com os dólares depositados na estado autônomo da China.
A Operação Lava Jato levou ao escritório Mossack Fonseca, que providenciava a abertura de offshores e abria contas no exterior para esquemas de lavagem de dinheiro, para vários clientes. ..."
http://ossamisakamori.blogspot.com.br/2016/01/lula-da-silva-faz-o-povo-de-otario.html#comment-form

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PRENDAM JA ESTA LESA- PATRIA, OS DOIS TUBAROES CONTUNUAM AÍ.... VAMOS LA JUSTIÇA

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DICA QUENTE:
Investiguem as relações de Maria de Fátima Stocker com a Lava à Jato.

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