Em uma eleição ocorrida em 16 de dezembro passado, o deputado Antonio
Imbassahy (BA) venceu, por 28 votos a 23, o deputado Jutahy Júnior
(BA). O parlamentar derrotado era apoiado pelo senador José Serra (SP).
Próximo a Temer, Serra já defendeu publicamente apoio e participação do
PSDB em um possível governo comandado pelo peemedebista.
A eleição de Imbassahy sinaliza uma provável orientação mais
dura aos deputados tucanos em relação a um eventual governo Michel
Temer, caso a presidente Dilma seja impedida de continuar seu mandato.
Debate. Apesar de ser
aliado de Aécio, Imbassahy ponderou, logo após ser escolhido líder do
partido, que sua eleição não dá a certeza que o PSDB não vá aderir a um
possível governo Michel Temer. Ele afirmou que essa decisão não
dependerá apenas da bancada.
“É (uma decisão) muito mais ampla.
Envolve também a direção do partido, a bancada de senadores, os
governadores. Vai ser um debate formulado quando o tema entrar em
discussão”, disse Imbassahy. O novo líder do PSDB na Câmara dos
Deputados, no entanto, afirmou que o partido poderá contribuir, mesmo
que na condição de oposição.
Contribuição. “Temos que contribuir, na
eventualidade de o vice-presidente Michel Temer assumir, como o PSDB
sempre procurou contribuir com o País. A oposição bem feita também
qualifica o governo”, disse o novo líder tucano, que já foi aliado de
José Serra, mas acabou se aproximando de Aécio Neves durante a campanha
presidencial de 2014.
Antonio Imbassahy assumirá a liderança do PSDB na Câmara a
partir do mês que vem, sucedendo ao deputado Carlos Sampaio (SP). O
parlamentar paulista também é ligado ao senador Aécio Neves.
Esta será a segunda vez que o deputado baiano assume o posto
de líder do partido. Antes de Sampaio, Imbassahy já tinha sido líder dos
tucanos na Casa durante todo o ano de 2014. (Estadão)