A Comissão Mista do Orçamento (CMO) aprovou nesta quarta-feira (16) o
relatório final do Orçamento de 2016, que prevê meta de superávit
(economia para pagamento de juros da dívida) para o governo federal de
0,5% do PIB, equivalente a R$ 24 bilhões.
Inicialmente, o relatório previa meta de superávit de 0,7% do PIB (R$
34,4 bilhões), como defendida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Para cumprí-la, o relator do Orçamento no Congresso, deputado Ricardo
Barros (PP-PR), propôs corte de R$ 10 bilhões nos gastos do Bolsa
Família no ano que vem.
O governo, porém, foi contra o corte. E para preservar os recursos do
Bolsa Família em 2016, a presidente Dilma Rousseff propôs a redução da
meta de superávit para 0,5% do PIB ou R$ 24 bilhões.
O líder do governo na CMO, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), disse que
tanto o governo quanto o ministro da Fazenda ficaram “satisfeitos” com a
meta de superávit aprovada. Entretanto, há rumores de que a redução
possa levar à saída de Levy.
Bolsa Família
Após a aprovação do relatório final, a CMO votou destaques, entre eles o que recompõem o orçamento do Bolsa Família com os R$ 10 bilhões retirados do superávit. O relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros, voltou a defender o corte no programa. Entre as justificativas apresentadas por ele estão casos de fraude apurados por órgãos de controle.
Após a aprovação do relatório final, a CMO votou destaques, entre eles o que recompõem o orçamento do Bolsa Família com os R$ 10 bilhões retirados do superávit. O relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros, voltou a defender o corte no programa. Entre as justificativas apresentadas por ele estão casos de fraude apurados por órgãos de controle.
“O corte é didático, é saneador, é uma lipoaspiração bastante
importante no programa. O corte não tiraria do programa nenhuma família
que realmente precisa do Bolsa Família”, disse Barros.Já o líder do governo na CMO, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), disse que
o programa é “executado de maneira eficiente e correta” e criticou a
proposta de corte.
“Se nós acolhêssemos a proposta do relator [de corte no Bolsa Família],
8 milhões de pessoas voltariam ao estado de extrema pobreza no Brasil”,
disse Pimenta. Após um início de discussão entre membros da comissão, a transferência dos R$ 10 bilhões ao Bolsa Família foi aprovada.
Reações
Na terça, Levy reagiu e chamou de “inconveniente” a proposta de parte do governo de reduzir a meta para 0,5% do PIB. Ele disse ainda ser um “equívoco” relacioná-la ao corte de R$ 10 bilhões Bolsa Família no ano que vem. Depois da apresentação da proposta, o ministro afirmou nesta manhã que se sentia "ligeiramente ofuscado".
O líder do governo na CMO, Paulo Pimenta, disse que, ao final da votação que garantiu a redução da meta de superávit, falou ao telefone com Levy. Existem rumores de que ele poderia deixar o Ministério da Fazenda, caso a proposta de 0,7% não fosse aprovada. “Quem ganhou foi o Brasil. Já falei com o Levy, falei com o [ministro do Planejamento] Nelson Barbosa, está todo mundo satisfeito”, disse Pimenta.
Na terça, Levy reagiu e chamou de “inconveniente” a proposta de parte do governo de reduzir a meta para 0,5% do PIB. Ele disse ainda ser um “equívoco” relacioná-la ao corte de R$ 10 bilhões Bolsa Família no ano que vem. Depois da apresentação da proposta, o ministro afirmou nesta manhã que se sentia "ligeiramente ofuscado".
O líder do governo na CMO, Paulo Pimenta, disse que, ao final da votação que garantiu a redução da meta de superávit, falou ao telefone com Levy. Existem rumores de que ele poderia deixar o Ministério da Fazenda, caso a proposta de 0,7% não fosse aprovada. “Quem ganhou foi o Brasil. Já falei com o Levy, falei com o [ministro do Planejamento] Nelson Barbosa, está todo mundo satisfeito”, disse Pimenta.
3 comentários
E o bolsa família que a Dilma utiliza para seus cabos eleitoras.
ReplyMinha nossa! a que ponto chegam as coisas. Boca mole, pensei que essa expressão estava morta.
ReplyLevy deveria renunciar.
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