(Estadão) Atrasos no repasses da Caixa Econômica Federal afetaram duas obras públicas nos últimos dois dias. Conforme o Estado apurou,
nesta quarta-feira, o consórcio responsável pela construção do Complexo
Esportivo de Deodoro, que vai abrigar parte dos Jogos Olímpicos no Rio
de Janeiro, deu aviso prévio para metade dos operários. Nesta
quinta-feira, o consórcio responsável pelas obras do VLT (Veículo Leve
sobre Trilhos) da Baixada Santista, em São Paulo, também vai adotar o
mesmo procedimento.
No Rio, o Consórcio Complexo Deodoro é formado pelas empresas Queiroz
Galvão e OAS, ambas investigadas na Operação Lava Jato. Em São Paulo, o
Consórcio Expresso VLT Baixada Santista reúne também a Construtora
Queiroz Galvão e a Trail Infraestrutura. A Caixa é o agente financiador
dos dois projetos. O contrato do Complexo de Deodoro foi assinado em agosto e,
desde então, foi feito apenas um pagamento. Quase R$ 80 milhões ainda
não foram repassados ao consórcio. No caso das obras do VLT, as
transferências foram interrompidas em outubro. Cerca de R$ 30 milhões
não foram repassados.
Na tarde desta quarta-feira, no Rio, 550 funcionários que atuam nas
obras do Complexo de Deodoro receberam aviso prévio - o que representa
quase metade dos operários da obra. A partir da próxima semana, o
restante da equipe, formada por operários em fase de experiência, também
começa a deixar o canteiro. A previsão é de que a obra possa parar nos
próximos 30 dias.
O complexo será palco de 11 modalidades olímpicas e quatro paraolímpicas
durante os Jogos de 2016. O atraso na licitação do projeto, cujas obras
começaram só em julho do ano passado, foi motivo de preocupação
constante da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional
(COI). Nesta quinta-feira, outros 450 operários, entre cerca de 700, que
constroem o VLT da Baixada Santista também recebem aviso prévio.
Restrição. O setor financeiro como um todo praticamente
suspendeu a liberação de financiamentos para as construtoras por causa
da Operação Lava Jato, mas em ambos os casos profissionais ligados ao
setor de infraestrutura atribuem os atrasos ao ajuste fiscal, que
estaria postergando e restringindo liberações para obras em todo o País. A alegação leva em consideração que os recursos dessas duas obras não
são repassados diretamente às construtoras, mas a entes públicos. No
Rio, quem recebe é a prefeitura; em São Paulo, o governo do Estado.
Especialistas em contabilidade pública têm afirmado que boa parte da
economia do governo terá de vir de corte de investimentos em obras
públicas como essas. No entanto, o Ministério dos Transportes, que
acompanha as obras ligadas à Olimpíada, nega que, no caso do complexo
Deodoro, o ajuste fiscal tenha restringido a liberação do financiamento.
Em nota enviada ao Estado, diz que “não há nenhum corte
de recursos federais para as obras olímpicas”. Segundo a pasta, “os
recursos são liberados pela Caixa mediante a apresentação de
documentação completa por parte do consórcio responsável pelas obras e a
aprovação das medições das referidas obras”. E completa: “A Caixa
aprovou duas medições recentes que somam R$ 25 milhões, cujos pagamentos
estão autorizados”. Procurada, a Queiroz Galvão, que integra os dois
consórcios, não se manifestou.
Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a Caixa informou que
“existem recursos disponíveis para liberação na conta” dos dois
empreendimentos. E reiterou: “Das medições apresentadas, todas as etapas
de obra estão com documentação regulamentar (projetos analisados,
orçamentos, cronogramas e medições) e tiveram suas liberações de
recursos efetuadas”.
Mas ressaltou: “Para etapas de obras que tiveram projetos alterados,
aguarda a regularização da documentação para que possa analisar e
liberar os recursos”. Até o fechamento da edição, a assessoria do
gabinete do prefeito do Rio e a Empresa Metropolitana de Transportes
Urbanos (EMTU), que acompanham as obras, não responderam.
10 comentários
Coronel,
Replyclaro, somente com a garantia de aditivos de meros 100% é que os serviços voltarão a funcionar. As obras da Copa que o digam.
assim que o jerome "deu um pontapé na bunda da dilma vana", as obras para a copa das copas, deslanchou e o dinheiro público jorrou a vontade à la grécia. hoje vimos no que deu aquela copa, gastou-se e roubou-se muito além do que o caixa tinha. agora, vem essa da olimpíada (outra grande obra do analfabeto), aguardem que a roubalheira vai deslanchar ! isso que, ainda, não responderam toda a roubalheira do panamericano no RIO. há muitos bilhões ainda para serem devolvidos pela dulma/lulla e respectivas quadrilhas. ou é tudo uma só ?
ReplyO COI tem a OBRIGAÇÃO de transferir essa Olimpíada para outro país. O Brasil está quebrado!!!
Reply2016 - Olímpiadas do Rio de Janeiro
ReplyO ano que pagaremos outros micos!!
Que vergonha!
Título: "funcionários são demitidos". Pela enésima vez:
ReplyBE-IM-FE-I-TU!!!!!!
Chupa petistas! Aposto que a maioria votou na jumenta! Agora aguenta!
Cel
ReplyTenho a impressão que ogoverno não tem mais dinheiro mesmo para bancar o projeto megalômano das Olimpíadas. A Caixa deve estar falida de tanto dinheiro que os cumpanheru tiraram de lá. Eles "tava "cum querência de privatizá", mas, para venderem tem que tirar todos os esqueletos do armário e, diante de tal caso de polícia, desistiram.Estamos pagando um preço alto demais pela megalomania e irresposabilidade do Lula/Dilma.
Esther
Os esquemas de pagamentos de propina permanecem ATIVOS apesar das investigações.
ReplyConclamemos aos atletas olímpicos brasileiros para que boicotem essas olimpíadas EM PROTESTO CONTRA A CORRUPÇÃO !!
Replyé a belchior em ação.
ReplyUé! Que notícia estranha. Ouvi, ontem , na Pan, que o prefeito do Rio, disse que as obras estão rigorosamente em dia. Será verdade?
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