(O Globo) Os acordos de leniência a serem assinados entre a Controladoria Geral
da União (CGU) e as empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato
precisam ser submetidos ao Ministério Público Federal (MPF). Além disso,
o órgão vinculado à Presidência da República deve comprovar que as
construtoras vão apresentar informações inéditas sobre as
irregularidades investigadas, demonstrando a "real vantagem para a
administração". Estas são as principais recomendações da área técnica do
Tribunal de Contas da União (TCU), em parecer – obtido pelo GLOBO –
sobre o pedido de suspensão cautelar dos acordos. O governo da
presidente Dilma Rousseff faz uma defesa ferrenha do instrumento da
leniência e das empresas suspeitas de participação no esquema de desvios
de recursos da Petrobras.
No último dia 21 de fevereiro, o Ministério Público junto ao TCU
apresentou uma representação ao presidente do tribunal, ministro Aroldo
Cedraz, em que pede a suspensão dos acordos envolvendo as empreiteiras
da Lava-Jato. No documento, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira
argumenta que é preciso "evitar que se celebrem acordos que possam
atrapalhar o curso das investigações dessa importante operação (a
Lava-Jato)". O ministro Augusto Nardes foi designado para ser o relator
do processo. Antes de tomar uma decisão, o ministro recebeu o parecer
elaborado pela Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura de Petróleo,
Gás Natural e Mineração. O documento foi concluído nesta terça-feira e
anexado ao processo.
Os auditores recomendam que a CGU deixe de firmar novos acordos de
leniência "lastreados em informações já disponíveis, que não colaborem
efetivamente para o deslinde dos processos administrativos e a ampliação
do espectro de recursos públicos a recuperar". E, além de submeter os
termos dos acordos ao MPF, o órgão da Presidência deve comunicar o
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Com base em outra
lei, o Cade também firma acordos de leniência, em casos que envolvem
formação de cartel.
Em despacho, Nardes determinou que a unidade técnica faça uma oitiva
da CGU, do Cade, da Advocacia Geral da União (AGU) e da Procuradoria
Geral da República (PGR) a respeito do assunto. O prazo dado é de cinco
dias. "A necessidade de participação do MPF nos processos
administrativos referentes aos acordos de leniências firmados no âmbito
administrativo se configura inequívoca, tendo em vista os reflexos que
trazem ao processo judicial", citou o ministro.
O TCU definiu que tem atribuição na análise de cada etapa de um
acordo a ser firmado pela CGU. O processo no órgão do governo federal só
pode prosseguir com o aval do TCU em cada etapa. Até agora, duas
empresas investigadas na Lava-Jato já apresentaram o pedido formal para
iniciar as discussões sobre o instrumento de leniência. Uma delas é a
Setal Óleo e Gás. A outra é uma das oito empreiteiras que respondem a
processos disciplinares na CGU.
Acordos de leniência passaram a ser previstos na Lei Anticorrupção,
em vigor desde janeiro de 2014. Pela lei, a empresa passa a colaborar
com as investigações e ressarce o dano causado, em troca de um alívio
nas punições administrativas – a mais temida é a declaração de
inidoneidade, que pode levar à proibição de novos contratos com o poder
público.
Associações de auditores de contas, o MP junto ao TCU e o MPF no
Paraná – que chegou a se reunir com ministros do TCU em Brasília – se
manifestaram contra a concretização de acordos antes de o MPF
finalizá-los. O entendimento é de que esse tipo de ofensiva da CGU pode
prejudicar as investigações, com reflexo na aplicação das penas na
esfera penal.
A área técnica do TCU concordou com o argumento. O MPF, "se assim
desejar", deve se manifestar, "em face de as lacunas de informação por
parte do órgão administrativo poderem comprometer o juízo sobre a real
vantagem da administração pública na celebração do acordo", conforme o
parecer. Além disso, a CGU deve identificar como a contribuição da
empresa vai "alavancar o processo investigativo na busca de outras
pessoas físicas e jurídicas praticantes dos fatos delituosos".
Os auditores entenderam que o interesse público pode estar em risco
com a celebração dos acordos de leniência pela CGU antes do MPF. Eles
rejeitaram os argumentos apresentados pela AGU. O ministro da AGU, Luís
Inácio Adams (foto), vem argumentando que não há qualquer reflexo dos acordos
na responsabilização dos envolvidos na esfera penal. Foi o mesmo
argumento usado no documento protocolado no TCU. Os técnicos discordaram
do pedido para que a representação do MP não fosse acolhida.
Mesmo com a posição crítica do MPF, do MP junto ao TCU e de
associações de auditores, a CGU vai continuar a analisar os processos de
leniência. O envio dos primeiros documentos ao TCU, referente à
primeira etapa dos dois casos existentes, está prevista para esta
quinta-feira.
9 comentários
O cara da bota cor de rosa, tá "rrancandocasmão".
ReplyOlha la o lixo que este degenerado, complexado escreve.
Os contraventores contumazes do PT não sossegam o facho mesmo.
ReplyO que é preciso acontecer para q esses marginais tenham suas "asas" cortadas. Em País sério já estariam fora do cargo. Essa CGU já ultrapassou os limites da inconsequência nos seus atos. É preciso punir de alguma forma esses empregados do povo, que se acham acima da lei e que o Lula ainda manda alguma coisa nesse Brasil. Integrantes da cgu q não cumprem seu dever e ocupam o tempo cuidando de interesses de comparsas do PT, precisam ser punidos.
Que cara de merda tem esse prevaricador!
ReplyComo todo petista, trás na aparência a podridão do caráter.
Crimes que dê embasamento para o impeachment não faltam, e se a ORCA PERDER o cargo,
Replymuitos desses calhordas vendidos, que estão ai prevaricando, sumirão do mapa. O Brasil vai respirar muito melhor.
O impeachment da Dilma vai mudar também a situação do STF. Ela não vai ter chance de indicar os novos ministros no lugar dos que vão se aposentar até 2018, que serão cinco. Uma benção esse impeachment, a quadrilha sai do poder e o STF não apodrece de vez nas mãos do PT.
O problema é que Michel Temer vai querer protelar esse impeachment agora, ele não assumiria até completar 2 anos e um dia de mandato da terrorista. Antes de completar esse tempo o vice não assume e a Lei obriga uma nova eleição.
IMPEACHMENT JÁ!
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Perdeu, playboy, ops Adams! Bem feito!
ReplyChris/SP
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ReplyEsse pilantra fede arrogância; respira arrogância, come arrogância; veste arrogância e posa arrogância. Esse cretino é o estado de arte da arrogância.
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Eita presidentinha, ta com medo?
ReplyQuem não deve não teme. Para de defender bandido. Ah, esqueci vocês são bandidos também. Então presidentinha, vagabunda, trapaceira, vigarista, tem de espernear se quizer se safar e comprar todo mundo com todo o dinheiro roubado.
Os velhacos do PT só andam montado esquemas para se escafederem de qualquer investigação e sempre usam de assassinar reputações para desviarem a atenção dos que investigam o trambiqueiro PT.
ReplyEsse corrupto e corruptor partido é composto de espertalhões e sanguessugas do povo brasileiro, desviando os recursos daqui para outros ditadores comunistas, como em Cuba, construindo porto com nosso dinheiro, enquanto aqui todos estão à mingua, bando de vigaristas!
Coronel,
Replynão adianta! A petralhada aparelhou o Brasil inteiro, em todos os lugares, em todos os cargos.
Coo vamos nos livrar dessa corja???
Flor Lilás