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(O Globo) O Brasil terá em 2015 um novo ano de estagnação econômica, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI) no relatório trimestral Panorama da Economia Mundial, divulgado na madrugada desta terça-feira, na China. Após crescimento quase zero em 2014, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi cortada em 1,1 ponto percentual, na comparação com outubro, para alta de apenas 0,3%. O número está em linha com o mercado _ que pela pesquisa semanal Focus do Banco Central (BC) estima, em média, 0,38%. Porém, é mais pessimista do que a expectativa do governo, de 0,8%, incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para 2016, a recuperação brasileira será modesta, de expansão de 1,5%, 0,7 ponto inferior ao estimado há três meses.
(O Globo) O Brasil terá em 2015 um novo ano de estagnação econômica, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI) no relatório trimestral Panorama da Economia Mundial, divulgado na madrugada desta terça-feira, na China. Após crescimento quase zero em 2014, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi cortada em 1,1 ponto percentual, na comparação com outubro, para alta de apenas 0,3%. O número está em linha com o mercado _ que pela pesquisa semanal Focus do Banco Central (BC) estima, em média, 0,38%. Porém, é mais pessimista do que a expectativa do governo, de 0,8%, incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para 2016, a recuperação brasileira será modesta, de expansão de 1,5%, 0,7 ponto inferior ao estimado há três meses.
A equipe do Fundo não faz comentários específicos sobre o Brasil no
relatório revisado — uma publicação de apenas quatro páginas. Mas o FMI
diz que "o potencial de crescimento de muitos países foi revisado para
baixo e os efeitos da queda nos preços das commodities, iniciada em
2011, sobre as perspectivas de crescimento da América Latina estão
ficando mais claras".
A região só não terá desempenho pior este ano do que a do bloco de
ex-repúblicas soviéticas, que, puxado pela retração econômica projetada
para a Rússia em 2015 e 2016, registrará recessão no biênio. Na
comparação entre as nações que compõem o Brics (grupo dos maiores
emergentes), o Brasil só não apresentará resultados piores do que os
russos em 2015 e 2016 (queda de 3% e 1%, respectivamente, devido às
crises externa e energética).
A China continua desacelerando, de forma ordenada, refletindo a
transição da economia dos investimentos para o consumo. O ritmo desta
transformação está mais rápido do que estimava o FMI e coloca a expansão
chinesa abaixo de 7% no biênio: 6,8% em 2015 e 6,3% em 2016. Já a Índia segue favorecida por reformas internas feitas nos últimos
dois anos, que potencializaram a expansão indiana: 6,3% este ano e 6,5%
no próximo. O PIB da África do Sul deverá ter alta de 2,1% e 2,5%,
respectivamente.
Em média, espera-se que as nações emergentes registrem crescimento de 4,3% em 2015 e 4,7% em 2016. — A desaceleração da China reflete uma decisão bem-vinda de
reorientar a economia, movendo-se do foco no mercado imobiliário e no
shadow banking para o consumo. No entanto, este crescimento mais lento
está afetando o resto da Ásia — afirma Olivier Blanchard.
Essa correlação de forças entre os efeitos de um mesmo desdobramento
relevante para a economia internacional é a tônica de 2015, com as
influências negativas se sobrepondo neste início de ano, explica
Blanchard. Por isso, as projeções para o crescimento este ano e em 2016
foram reduzidas em 0,3 ponto percentual, para 3,5% e 3,7%,
respectivamente.
— A economia mundial enfrenta um forte e complexo choque de
correntes. Por um lado, economias de porte estão se beneficiando da
queda do preço do petróleo. Por outro, em muitas partes do mundo as
perspectivas de longo prazo afetam a demanda adversamente, resultando em
grande ressaca — disse Blanchard.
O conjunto dos países ricos exemplifica bem estes sinais trocados.
Enquanto os EUA avançam mais rapidamente do que projetado anteriormente,
a zona do euro permanece patinando, necessitando de estímulos
adicionais, ameaçada por conflitos políticos e arriscando uma deflação. E
o Japão, diz o economista-chefe do FMI, “foi uma das principais
decepções de 2014”, entrando em recessão no fim do ano, após a
repercussão inicial positiva da chamada Abenomics.
Olhando adiante, há vários outros riscos no horizonte global. Além
das direções opostas entre os países e as regiões, o comportamento do
preço do petróleo representa um desafio. A cotação do barril recuou, em
dólares, 55% desde setembro, de cerca de US$ 100 para menos de US$ 50.
Para países importadores, especialmente os avançados, a mudança libera
renda de governos e consumidores. No entanto, afeta investimentos no
setor de energia _ como o shale gas/oil nos EUA e o pré-sal no Brasil _ e
constrange receitas de países exportadores. Os fatores negativos se
sobrepõem.
Ainda, a apreciação global do dólar e a depreciação do iene, do euro e
de moedas de emergentes, como o real, vão afetar termos de troca no
comércio e níveis de endividamento. Ao aumentar o apetite americano por
produtos, porém, pode animar economias parceiras dos EUA, como Japão e
as europeias.
Completa o balanço de riscos o aperto das condições financeiras
internacionais. Os juros estão em alta em boa parte do mundo —
encarecendo investimentos e consumo — e cresceram os riscos de
turbulências. Prêmios de risco (custo de captações e financiamentos) já
começaram a subir, antecipando elevação da taxa básica dos EUA a partir
da virada do semestre, nova política monetária expansionista na zona do
euro e os desequilíbrios internos das nações, notadamente emergentes
como o Brasil.
O FMI recomenda à comunidade internacional força total na adoção de
medidas que elevem crescimento potencial dos países, como investimentos
em infraestrutura, reformas estruturais (tributária, trabalhista,
previdenciária etc) e simplificação regulatória. "Na maioria das economias, elevar o crescimento potencial é uma
política prioritária. Há necessidade urgente de reformas estruturais em
várias economias, avançadas e emergentes", diz o FMI.
Segundo Olivier Blanchard, no curto prazo a única esperança de um
cenário mais animador para a economia mundial é que os efeitos positivos
da queda do preço do petróleo, contrariando a expectativa, se imponham
ao negativos. — Avaliar os efeitos da queda da cotação do petróleo no atual
ambiente é difícil. Esse recuo pode acabar sendo um empurrão maior do
que o que está implícito em nossas projeções. Em outras palavras, quando
divulgarmos as próximas previsões, em abril, nossas projeções (de
janeiro) poderão ter sido muito pessimistas. É o que muito espero —
disse o economista-chefe do FMI.
6 comentários
Atentem para esse trecho do texto:
Reply"O FMI recomenda à comunidade internacional força total na adoção de medidas que elevem crescimento potencial dos países, como investimentos em infraestrutura, reformas estruturais (tributária, trabalhista, previdenciária etc) e simplificação regulatória. "Na maioria das economias, elevar o crescimento potencial é uma política prioritária. Há necessidade urgente de reformas estruturais em várias economias, avançadas e emergentes", diz o FMI".
Viram a recomendação? NECESSIDADE URGENTE...
E o Brasil...nadica de nada!
A prioridade são as Olimpiadas (sem acento no i) cujos valores já começam a extrapolar o previsto.
Terra Brasilis!!!
Cavalaria Ligeira
Alguma novidade?
ReplyAinda bem que não vamos crescer este ano. Se o Brasil crescer acima de 2%... fica todo mundo no escuro!
ReplyLogo, logo, a orca vermelha aparece na TV para lançar uma nova campanha:
ReplyMinha vela, minha vida!
FORA DILMA!
Chris/SP
Todas essas recomendações estão sendo seguidas no dilmês castiço. Cresceram os impostos, reformou-se os direitos trabalhistas, só falta o redesgoverno proibir o povo de se aposentar.
ReplyOlá,
ReplyEsta é informar oficialmente as massas que estamos dando para fora empréstimo a uma taxa de 2%, se estiver interessado entre em contato conosco via e-mail (williamadams033@gmail.com) para mais detalhes.
obrigado
WILLIAM ADAMS.