Dilma aumenta juros e casa própria da classe média fica 10% mais cara.

A Caixa Econômica Federal aumentou os juros para o financiamento de imóveis. A mudança vale a partir de segunda-feira (19) e atinge os contratos com recursos da poupança. Os financiamentos com recursos da poupança formam o segundo maior grupo de contratos, na Caixa Econômica. No ano passado, até setembro, foram quase 230 mil. Menor apenas que as contratações do Programa Minha Casa Minha Vida, que não vai sofrer nenhuma alteração. 

As novas taxas vão valer apenas para financiamentos novos, para quem tiver renda bruta familiar de mais de R$ 5,4 mil e queira comprar um imóvel acima de R$ 190 mil em regiões metropolitanas. O banco faz uma divisão partindo do valor do imóvel. Para imóveis até R$ 750 mil, as novas taxas variam de 8,5% a 9,15% ao ano. Para imóveis de valor maior que R$ 750 mil, os novos juros variam de 10,2% a 11%. As taxas variam de acordo com dados do comprador. Por exemplo, se ele tem conta salário ou é servidor público.

A Caixa tem cerca de 70% dos financiamentos imobiliários no país. A justificativa do banco é o aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic.  Alega também que as taxas dos empréstimos estavam defasadas em comparação com as dos bancos privados.

Analistas de mercado avaliam que a mudança é mais um sinal da gestão da nova equipe econômica.A leitura que fazem é que, agora, o governo quer alinhar a política de preços dos bancos públicos com o mercado. “Não estava no radar de ninguém, mas faz todo o sentido no conjunto da obra de você praticar preços. É mais coerente com o mercado evitar subsídios. Então, em um contexto de que as taxas de juros estão subindo, faz todo o sentido que as taxas de financiamento subam também”, aponta Celso Toledo, economista da consultoria LCA. 

QUEM É ATINGIDO PELO REAJUSTE?
As novas taxas atingem uma das faixas de preço mais procuradas para financiamento.  O economista Samy Dana fez a conta para a gente. Nós simulamos o financiamento de um imóvel de R$ 800 mil, em 35 anos e, supondo que o comprador deu 30% do valor de entrada, que é uma porcentagem comum nessa faixa de imóvel. Nós usamos ainda como referência a taxa de balcão, que é aquela pra quem não tem conta no banco. A gente quer saber, com as novas taxas, quanto esse imóvel vai custar a mais lá no fim das parcelas.

Com a taxa antiga, de 9,2%, a primeira parcela era de R$ 5.455 e a última de R$ 1.343. No final do financiamento, o comprador teria pago um total de R$ 1,667 milhão. Com a taxa nova de 11%, a primeira parcela sobe para R$ 6.224. O total pago fica em quase R$ 1,83 milhão, R$ 162 mil mais caro do que com a taxa antiga.  Estes R$ 162 mil representam quase 10% de R$ 1,667 milhão, preço final antes da canetada da Dilma.

Como estamos falando de contratos longos, o economista recomenda calma ao comprador. "Procure um imóvel que está dentro do orçamento. Também, as pessoas querem comprar tudo agora e a qualquer preço. Desconfie. Se você acha que está caro, não compre. Espere um negócio que você considere bom", recomenda o economista Samy Dana. 

Para o sindicato da construção, não há espaço para queda generalizada no preço dos imóveis. Mas admite que dá para negociar o valor daqueles na faixa dos R$ 750 mil. "A única situação que pode haver uma mudança é quando o preço está muito próximo dos R$ 750 e você abaixar o limite dos R$ 750 pode significar um salto muito grande na taxa de juros. Isso sim podem acontecer ajustes desse tipo". diz Cláudio Bernardes, presidente do Secovi-SP. ( Por esquecimento, não foi citado a fonte da matéria, que é o Jornal da Globo, apenas incluindo o cálculo dos 10% -às 14:25 )

5 comentários

RETRANSMITO AOS AMIGOS MATÈRIA VEICULADA NA DATA DE HOJE PELO SITE brasil247.

(Agora dá pra entender porque a irresponsável mor não foi para a reunião de cúpula p/ assuntos econômicos)...

Já ESTÁ COM A BATATA ASSANDO!!!!!


Goldman: Dilma quer presidência da Câmara para “evitar impeachment”


247 – O vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, afirmou que o governo da presidente Dilma Rousseff "foi montado para evitar" um processo de impeachment. Por isso, segundo ele, a presidente tem como prioridade a eleição à presidência da Câmara. O PT tem como candidato ao cargo o deputado Arlindo Chinaglia (SP).

"O desgaste dela é muito forte e ela sabe que ganhou as eleições em condições excepcionais, sem os votos do Brasil produtivo. Se for mantido este sentimento da população e se a sua política econômica não tiver resultado a curto prazo, ela poderá ser submetida a um eventual processo de impeachment, então o governo foi montado para evitar esse risco", declarou o tucano em entrevista ao Broadcast Político, da Agência Estado.

Sobre o impeachment, ele ressaltou que, "fora da lei nós não fazemos e não queremos absolutamente nada, mas dentro da lei queremos usar todos os instrumentos para avançar e, eventualmente, mudar o governo deste País". O ex-governador de São Paulo complementou que hoje "ainda não há base" para entrar com um pedido deste tipo.

Segundo ele, "a vitória de Dilma não ocorreu por fraude, mas por farsa, pois o PT fez a população acreditar que poderia ter perdido os benefícios dos programas sociais caso ela não ganhasse as eleições".

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Coronel,
ainda é pouco, a mudança na tabela do IR irá penalizar ainda mais quem ganha acima de R$ 4.000,00.

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Po, Corona, matéria inteirinha tirada do Jornal da Globo, até com o trejeito da repórter (lindíssima, por sinal)... dá crédito pros caras, você é ético e honesto...

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É piada? Vamos a duas de tantas:

1. No minha casa minha vida, nada. No Brasil do PT, a classe média que sonha com um apartamentozinho pequenininho de 2 qts, com uma areazinha de lazer para as crianças, é a vilã.
2. Dica do economista: "Se você acha que está caro, não compre. Espere um negócio que você considere bom". Traduzindo para o infeliz comprador: compre uma cadeira pra sentar, daquelas que dure bastante.

Sem impeachment legal - não faltam motivos legais -, isso ainda vai piorar muito.

Mariana

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No Brasil dos petistas todos são classe média. A pobreza desapareceu. Logo, todos serão penalizados com o aumento de juros dos financiamentos.

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