O relatório paralelo da oposição que será entregue hoje na CPI da
Petrobrás deverá incluir a presidente da Petrobrás, Graça Foster, entre
os responsáveis pelo esquema de corrupção na estatal. Até a noite de
ontem, porém, os deputados não tinham certeza se pediriam ou não o
indiciamento de Graça. A dúvida também envolvia a presidente Dilma
Rousseff. A ideia predominante era apontá-la como responsável
solidariamente, por ter sido presidente do Conselho de Administração da
empresa durante a compra da refinaria de Pasadena.
A
condução do texto tem sido feita pelo deputado Carlos Sampaio
(PSDB-SP), que foi coordenador jurídico do partido na campanha
presidencial. "Um ou outro caminho será tomado", disse o líder do PSDB
na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), após encontro com integrantes da
cúpula do partido em Brasília. Além de Graça e funcionários da estatal,
também devem ser citados no relatório alguns parlamentares.
Na
saída de uma reunião com integrantes do partido, o presidente do PSDB,
senador Aécio Neves (MG), não quis dar detalhes sobre o documento.
Questionado se Dilma faria parte da lista de nomes com pedido de novas
investigações, o tucano foi evasivo. "É possível." Ele, porém, defendeu a
saída da atual direção da Petrobrás e acusou Graça Foster de mentir em
depoimento na comissão.
"O relatório vai propor
indiciamentos e vai dizer de forma muito clara que essa direção não tem
mais condições de permanecer. Até porque a presidente Graça Foster
mentiu à CPMI no momento em que ela disse que não tinha qualquer
informação em relação à denúncia de corrupção. Constatou-se depois que
ela já havia recebido da empresa holandesa SBM um relatório confirmando o
pagamento de propina a servidores", afirmou Aécio.
O
senador voltou a criticar o relatório apresentado na semana passada pelo
relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), após sete meses de
trabalho. O texto não prevê nenhum indiciamento. A comissão se reúne
hoje para discutir e votar o relatório final.
Minoria no
colegiado, integrantes da oposição dificilmente terão apoio para aprovar
o documento alternativo. Mesmo com a previsão de derrota, os opositores
irão encaminhar o documento para o Ministério Público, junto com o que
for aprovado pela base aliada. (Estadão)
5 comentários
Coronel
ReplyJá viu esta nota da Folha-Painel?
PSDB VAI À JUSTIÇA PEDIR CASSAÇÃO DO PRÓXIMO MANDATO DE DILMA
O PSDB decidiu apresentar hoje ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral para pedir a cassação do próximo mandato de Dilma Rousseff por abuso de poder político na campanha. Um dos exemplos citados para justificar a representação será a suspeita de que os Correios favoreceram a entrega de material gráfico da candidatura petista. A ação precisa ser apresentada antes da diplomação da petista, que está marcada para amanhã.
(...)
http://painel.blogfolha.uol.com.br/2014/12/17/psdb-vai-a-justica-pedir-cassacao-do-proximo-mandato-de-dilma/
Chris/SP
Por que a dúvida sobre a citação à Dilma Roussef? O psdb deve sim, citá-la como responsável direta sobre a compra da refinaria superfaturada de |Pasadena, pois ela era a presidente do conselho. se o psdb deseja fazer oposição atuante não pode aliviar para quem tem, efetivamente, culpa no cartório. Não pode cometer o mesmo erro que cometeu no caso do mensalão com Lula. Ainda que não dê em nada, expõe o pensamento do partido e abre novas fontes de incentivo às investigações. Deve citar, sim, o nome da presidente.
ReplyBem eu acho que não devem poupar ninguém, isto vai desde o barba X-9dedos até o entregador de propina em domicílio.
ReplyRelatório paralelo é o mesmo que o cargo de líder dos derrotados na eleição presidencial: não existe.
ReplyA oposição pode tentar nas próximas elições, bem como na próxima comissão.
Nessas eleições e nessa comissão, a oposição foi derrotada. Deve respeitar a maioria.
Se queremos democracia, e que o PSDB seja respeitado quando for presidenete e maioria (o que certamente acontecerá em algum momento do futuro) os ocupantes dos cargos que foram eleitos pelo povo têm de ser respeitados.
Outra coisa: esse negócio de igualar o "bolivarianismo" ao comunismo é coisa de maluco. Da mesma forma, a "pátria grande".
O idiota do Chaves (que era um ditador vulgar, mas nada tinha de comunista ou socialista)usou essas referências para sua propaganda.
Mas na verdade são expressões ligadas a Simón Bolívar, que obteve a independência para vários países da América do Sul.
"Patria grande" era o sonho de Bolívar para a união dos vários países (ele chegou a presidir a Venezuela e a Colômbia juntos).
O grande herói (tão grande ou maior que San Martin ou D. Pedro I) foi democrata, tornou-se ditador, e depois, desiludido, largou tudo e foi para a casa.Merece respeito.
Pessoa de 17 de dezembro de 2014 15:49
Replypoupe-nos.
Flor Lilás