A Petrobras envergonhou os auditores da PWC, segundo o Código de Conduta da empresa. Lá fora, abafar roubalheira dá cadeia e perda de registro para atuar no mercado.Clique na imagem para ler.
A Petrobras informou ao mercado, na noite desta quinta-feira (13), que
vai adiar a divulgação das demonstrações financeiras do terceiro
trimestre alegando necessidade de aprofundar a investigação sobre
denúncias de corrupção e fazer possíveis ajustes no documento.
Segundo fonte próxima à administração da empresa, a PwC
(PricewaterhouseCoopers) não assinou o documento, como é exigido por
Instrução da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A PwC audita os
balanços da companhia desde 2012. A companhia agora prevê apresentar os documentos no dia 12 de dezembro. E nem nesse dia deverá ter a revisão da PwC, admite.
Em fevereiro, a empresa adiou, de 14 para 25. Mas o prazo era de 90
dias, porque era balanço anual. Logo, não teve multa. Neste caso, agora,
vai estourar o prazo. Logo, a multa diária prevista pela CVM é de R$
500 por dia. O prazo legal para apresentar as demonstrações contábeis terminaria
nesta sexta-feira (14), conforme instrução da CVM (Comissão de Valores
Mobiliários), que estabelece o período de 45 dias depois de um trimestre
para que a empresa arquive o documento.
Segundo comunicado à CVM, a Petrobras diz que "passa momento único em
sua história" devido às denúncias da Operação Lava Jato, na qual o
ex-diretor da companhia Paulo Roberto Costa afirmou existir um esquema
de corrupção na empresa.
Em outubro, a PwC reuniu-se
com o conselho de auditoria da Petrobras e entregou uma carta em que
exigia da Petrobras o aprofundamento das investigações sobre as
denúncias de corrupção reveladas em decorrência da Operação Lava Jato, e
manifestou preocupação específica com o então presidente da Transpetro,
Sérgio Machado.
A auditoria afirmava no documento que, caso não fosse atendida, não
assinaria as demonstrações financeiras da empresa. Companhias
registradas na CVM são obrigadas a terem seus balanços auditados. A
auditoria verifica se as informações apresentadas atendem as normas
contábeis.Depois da exigência da PwC, a Petrobras anunciou a contratação de dois
escritórios de advocacia para auxiliar as investigações de sua comissão
interna que apura as denúncias, um nos Estados Unidos e outro no Brasil.
Ambos são especializados na FCPA, a lei americana de combate à
corrupção no exterior. A estatal brasileira é sujeita à lei americana
porque tem ações negociadas nos Estados Unidos.
Em seguida, a estatal negociou o afastamento de Machado da Transpetro, em princípio por 31 dias.A lei americana também exige providências da empresa de auditoria em caso de irregularidades comprovadas nas empresas auditadas. A reunião de conselho de administração da empresa, agendada para análise
das demonstrações financeiras, estava marcada para as 10h desta
sexta-feira (14), em São Paulo.
Procurada, a PwC disse que, "conforme as cláusulas de confidencialidade
de nossos contratos, e às próprias normas profissionais aplicáveis,
estamos impedidos de dar qualquer informação a respeito de clientes de
nossa organização".(Folha Poder)
1 comentários:
Era esse post que eu pedi, caro Coronel.
ReplyAgora há uma informação nova: a PWC audita a Petrobras desde 2012. Resta saber se no período que a PWC faz auditoria os valores continuaram saindo da Petrobras para o bolso dos malandros sem que os auditores nada detectassem.
Digo isso pois é impossível que os auditores não tenham percebido nada nos exames de Caixa e Bancos, Fornecedores, Contratos de Serviços, Cheques emitidos, retiradas de caixa, Aditivos de contratos e outros exames que qualquer auditor faria.
O Sr, entende o que quero dizer caro Coronel...
ELIAS