Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgado nesta
quarta-feira aponta que os indicadores relativos ao Bolsa Família
divulgados pelo governo podem estar distorcidos. De acordo com as
análises do tribunal, a distorção ocorre porque os valores para definir a
linha de pobreza no Brasil estão desatualizados. Atualmente, as linhas
da extrema pobreza e da pobreza definidas pelo governo, são de R$ 77 e
R$ 154 per capita. O documento afirma que esses valores deveriam
aumentar para R$ 100,00 e R$ 200,00, respectivamente por causa da
inflação.
Por meio de nota, o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à
Fome defendeu o programa e os dados divulgados pelo governo sobre a
pobreza no país. Para o MDS, o relatório do TCU “parte de premissas
erradas para chegar a conclusões equivocadas sobre o programa Bolsa
Família”. Sobre a quantia que termina as linhas de pobreza, o ministério
argumentou que “o valor de R$ 70 equivalia em junho de 2011 a US$ 1,25
por dia e foi atualizado para R$ 77, por intermédio do Decreto nº 8.232,
em 2014, o que é compatível com o parâmetro internacional para
classificar a extrema pobreza”.
O ministério ainda questiona o fato de o relatório ter sido publicado
às vésperas das eleições e citar projetos de lei do candidato à
Presidência pelo PSDB, Aécio Neves. “Também causa estupefação que
constasse no relatório preliminar do TCU a referência a dois projetos de
lei ainda em tramitação no Congresso Nacional, de origem do senador
Aécio Neves. Entre centenas de projetos que tratam da matéria social,
estes, inócuos, foram pinçados e abordados no relatório”, diz a nota.
O relator da fiscalização, Augusto Sherman Cavalcanti, afirmou que
"não é difícil perceber, portanto, que os indicadores relativos ao
alívio da pobreza podem estar distorcidos para cima quanto aos seus
valores. Portanto, deve-se recalcular esses indicadores utilizando de
balizamentos de linha de pobreza atualizados".
Outro problema mostrado pelo relatório é que o governo faz uso do
Censo 2010 para estimar a população de pobres, o que acarreta na
defasagem dos indicadores de cobertura do Bolsa Família. Em 2013, por
exemplo, o resultado do indicador da taxa de atendimento às famílias foi
de 102,1%, o que significa que o programa atinge mais pessoas do que
aquelas consideradas pobres.
Atualmente, cerca de 12 milhões de famílias recebem o benefício. O
tribunal não estimou, porém, em quanto aumentaria o número de pobres e
extremamente pobres no país caso houvesse um reajuste nos valores para
definir as linhas de pobreza . (O Globo)
8 comentários
"é a maquiagem progressista", do livro NÃO É A MAMÃE DE GUILHERME FIÚZA.
ReplyCoronel,
ReplyPobreza! Que pobreza? No país das maravilhas estamos vivendo melhor do que a Suécia.
'O programa atinge mais pessoas do que aquelas consideradas pobres'.
ReplyAqui, no meu cantinho, tem pobre usando a bolsa família para pagar a prestação do carro.
Os número não mentem jamais, mas podemos fazer o que quisermos com eles...
ReplyComunistas vivem apenas de falsas propagandas, trapaças e trambiques!
ReplyNovidade seria se fosse ao contrario!
Bolsa-fracassado, bolsa-inútil, bolsa-para-sustentar-vagabundo, bolsa-alimenta-lixo, bolsa-esmola, seja o nome que se dê a essa palhaçada isso existe só para maquiar a pobreza que impera esse país e para amarrar eleitores desonestos. Isso é um país de miseráveis, um inferno total e a maioria que recebe essas esmolas não quer saber de perder a boquinha e por isso vota em candidato que sabe que vai continuar com a coisa toda sem mudar nada, nem uma uma vírgula. Quer ganhar eleição no cocozil, digo Brasil?? É só dizer que vc adora sustentar vagabundo que as portas se abrem. Chega, já me enchi.
ReplyVc e nós todos votamos em Aécio, mas na hora de apurar os votos quem ganha é Dilma - urnas manipuladas - que adianta? Votarei em Aécio sim apesar de tudo!
ReplyComo conheço pessoas q recebem o bolsa família sem o menor critério!!!
Reply