Na foto, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso por lavagem de dinheiro, autografa as costas da "cumpanhêra" Dilma. Escreveu o quê? "Com carinho do amigo Paulo"?
A Polícia Federal (PF) descobriu
indícios de que as relações entre o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Yousseff vão além do suposto pagamento
de propina. Novos documentos, em análise na PF, indicam ampla parceria
financeira entre os dois, inclusive com contas conjuntas e tentáculos no
exterior. Planilha apreendida pela PF faz referência a pagamentos feitos por
empresas do doleiro a Costa, entre julho de 2011 e julho de 2012, período em
que estava na diretoria da Petrobras.
Yousseff e Costa estão presos em
Curitiba. Os dois são alvos centrais da Operação Lava-Jato, investigação sobre
lavagem, evasão de divisas e corrupção. “Os documentos retratados na
representação sugerem a existência de uma conta corrente dele (Costa) com o
doleiro, contas comuns no exterior e a entrega de relatórios mensais da posição
dele com o doleiro e com pagamentos em haver para ele e para terceiros, alguns
deles também relacionados a negócios envolvendo a Petrobras”, diz um dos
relatórios da operação.
As suspeitas sobre a sociedade
financeira estão entre os indícios que deram base à decretação da prisão
preventiva do ex-diretor, no fim do mês passado. “Alguns documentos indicam que
a relação de Paulo Roberto Costa com Alberto Yousseff é bem mais profunda que a
alegada consultoria”, diz o relatório. Até o momento, o ex-diretor vinha
sustentando que os vínculos se limitavam a uma consultoria.A consultoria teria sido
oferecida a Yousseff no ano passado, quando Costa já não estava mais na
Petrobras. Em troca, teria recebido um Land Rover, de R$ 250 mil, um dos carros
apreendidos pela PF na operação.
As explicações dadas pelo
ex-diretor à polícia não convenceram os investigadores. Costa não apresentou
documentos para comprovar a consultoria. A versão de uma consultoria do
ex-diretor a um dos maiores doleiros do país sobre mercado futuro foi
considerada inverossímil. As descobertas podem complicar a
situação de dirigentes da Camargo Correa, que integra o consórcio responsável
por uma obra de R$ 8,9 bilhões, a construção da refinaria Abreu e Lima, em
Pernambuco.
Entre os papéis apreendidos pela
PF estão uma planilha com indicações de pagamentos das empresas MO Consultoria
e GDF Investimentos, controladas por Yousseff, para o ex-diretor da Petrobras.
Na planilha há referência ao “consórcio Camargo Correa”. Com base nestas
informações e em dados obtidos em escutas telefônicas, a polícia chegou à
conclusão de que os pagamentos estão “relacionados ao consórcio Camargo
Correa”.
PF investiga venda de refinaria
na Argentina
Num dos dois depoimentos que
prestou à polícia logo depois de ser preso, Costa disse que a diretoria que
comandava era responsável pela “fiscalização de aspectos técnicos da execução
da obra” pelo consórcio.O advogado Fernando Fernandes,
que atua na defesa de Costa, negou que ele tenha conta conjunta com Yousseff ou
que tenha conta no exterior. Negou que o ex-diretor tenha recebido pagamentos
da Camargo Correia por intermédio de empresas de Youssseff.
Segundo ele, a PF fez ilações
indevidas a partir da apreensão de documentos no escritório de outro advogado
de Yousseff. Nos documentos estão os nomes de duas offshores, criadas por Costa
em 2013, quando tinha deixado a Petrobras. — Ele (Costa) nega que tenha
relação profunda com Yousseff, a não ser a consultoria. Os documentos citados
foram apreendidos com um advogado, o que é ilegal. O delegado (da PF) não
mostrou a tabela com o Paulo — disse Fernandes.
A assessoria de imprensa da
Camargo Correa negou qualquer negócio da empresa com Costa. Segundo um assessor,
a empresa “não tem qualquer relação comercial com a MO Consultoria ou com a GDF
Investimentos”.A PF abriu inquérito, no início
do mês passado, para investigar suposta evasão de divisas na venda da refinaria
de San Lorenzo, na Argentina, ao grupo Oil Combustibles S.A. Em outros dois
inquéritos, a PF investiga a compra da refinaria de Pasadena, nos Texas, e o
suposto pagamento de propina a funcionários da estatal pela SBM, da Holanda. (O Globo)
5 comentários
Sr. Aécio,
ReplyUma vez eleito, prometa que vai libertar esses escravos, dar cidadania, dar liberdade, dar democracia, pagar salario, fgts, inss, 13, ferias, tudo que é de direito.
Planilha? Juro que li padilha!
ReplyQuanta intimidade, lúdica a foto dos aluninhos uniformizados brincando na aula de Ma$$inha II, ou Caixinha 2, não dá bem prá ver ainda...
Replyparece novela das oito!!!
Reply"O Paulo" está bastante falado, hein... e como é conhecido e bem relacionado este homem...
Reply... até a presidanta tratou-o, em entrevista, por "o Paulo", demonstrando intimidade.
Que tal "o Paulo" fazer um acordo de delação premiada, e entregar a caterva toda?
Lanterna.