O Tribunal de Contas da União
decidiu convocar a presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ex-presidente da
estatal Sergio Gabrielli para prestar esclarecimentos sobre um contrato que a
Petrobras firmou com a empresa MPE, para execução de obras de tubulação no
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos maiores projetos de
refino em construção pela estatal.
Há um descompasso de quase 12
meses entre o avanço previsto e o realizado nas obras. O contrato firmado com a
MPE foi fechado em R$ 731 milhões. Em 2012, o TCU chegou a apontar indícios de
superfaturamento de R$ 163 milhões nas obras e pediu a paralisação dos
repasses. A Petrobras, no entanto, entrou com recursos e conseguiu levar o
contrato adiante.
Em audiência realizada nesta
quarta-feira, 9, a ministra Ana Arraes determinou audiência com a diretoria da
Petrobras e com a sua presidente, para prestar esclarecimentos sobre porque não
adotaram medidas de sanção contra a empresa para que a situação fosse
resolvida.
O procurador do Ministério
Público Lucas Rocha Furtado argumentou que, dada a gravidade do caso, deve sim
ser confirmada a audiência com Graça Foster. O ministro Raimundo Carreiro
acolheu na íntegra o voto de Ana Arraes e fez uma defesa veemente de que era
preciso, sim, realizar a oitiva de Graça Foster.
“Não estamos punindo ninguém,
estamos pedido que venham esclarecer”, emendou Ana Arraes. “Acompanhamos esse
processo desde 2012. Fui até a obra, temos tido a maior paciência e o maior
zelo. Aqui se chama para conversar e esclarecer. Não há nenhuma ofensa nem
desrespeito”, disse a ministra.
A situação das obras das
tubovias, segundo Ana Arraes, se agravou consideravelmente. A ministra
classificou a atuação da Petrobras como “desastrosa e injustificada” e disse
que a estatal, após um ano de constatação de problemas, não adotou nenhuma
sanção, emitindo apenas cartas de advertência sem efeito prático. “A leniência
e complacência da estatal com a contratada chama a atenção”, disse Ana Arraes.
Segundo a ministra, havia informações
suficientes nas mãos da Petrobras, que demonstravam a MPE enfrentava
dificuldades financeiras para se manter à frente do contrato. As obras das
tubovias estão paradas.
O atraso nas obras de tubulação
(tubovias) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), segundo o TCU,
pode acarretar uma perda potencial de receita de R$ 230 milhões mensais para a
petroleira. O prejuízo está atrelado a
paralisações das obras das tubovias. A paralisação foi recomendada pelo próprio
TCU. Essas estruturas são essenciais para fazer a ligação de diferentes
estruturas que formam o complexo, que está sendo construído no município de
Itaboraí.
Os atrasos podem implicar não
apenas na perda de receita, mas também na assinatura de novos termos aditivos
em contratos de outras estruturas, que dependem das tubovias para operar. O
custo total do Comperj, inicialmente calculado em R$ 19 bilhões, chegou a cerca
de R$ 26 bilhões. A inauguração, prevista para ocorrer no segundo semestre de
2013, passou para fim de 2016.
Segundo o cronograma da
Petrobras, o Comperj registrou cerca de 68% de avanço físico nas obras em
janeiro. Previsto para ocupar uma área total de 45 km quadrados, o complexo
prevê capacidade de processamento de 165 mil barris de petróleo por dia. (Informações do Valor Econômico)
14 comentários
Impressões digitais do Eduardo Campos nessa. Muito bom.
ReplyCoronel, nesse escândalo da tubulação só quem vai entrar pelo cano é o roubado contribuinte brasileiro. Pode apostar!
ReplyCorona, obviedade é isso:
Reply'na Petrobras até a tubulação custa os tubos'.
Os petistas exigiram a ampliação da CPI da Petrobrás. Agora não há dúvida que a obra petista do Comperj será anexada nas investigações, desde a picaretagem de Lula e Hugo Chaves no início das obras.Bem feito.
ReplyA culpa é do preço da gasolina.
ReplyIncompetência não existe na PTbras, muito menos roubo.
Quero ver quando vão prender o preço da gasolina.
E os "especialistas" calados.
SANTO DEUS...MAIS ROMBO NA PETROBRÁS? NINGUÉM VAI FAZER NADA? ONDE ESTÃO OS PODERES DESTE PAÍS. ALOOOOÔ POLICIA FEDERAL. O BRASIL PEDE SOCORRO.
ReplyCoronel,
ReplyHummm, acho que o Dudu já pediu o presente de Natal!!
JulioK
Não foi a Dilma que indicou Ana Arraes para o TCU ????? A estas alturas deve estar super arrependida! Bem feito.
ReplySe teve influência do filhão esta convocação para a D. Foster depor no TCU, ponto para ele, Eduardo Campos.
Chris/SP
Dá-lhe TCU! Belo chega pra lá na gentalha.
ReplyE se vão tentar prejudicar Campos, é bom elles se prepararem porque o chumbo será trocado. Resta saber onde vai doer mais. Se no candidato nanico ou na poste.
uma linda mulher!
ReplyPrá que serve o Engavetador-Geral da República? Pra vender caro sua omissão?
Reply"Vamos começar pelo princípio:
ReplyTubos são objetos cilíndricos vazados ao longo do seu comprimento ... "
Se o TCU fosse composto por cidadãos de pessoa de reputação ilibada e comprometidas, eu até acreditaria.
ReplyMas tudo no Brasil é um imenso balcão de negócios.
QUE MULHER!!!
ReplyIsso não é mulher, é uma FORMA
DE FAZER DIABO!!!