Depois de mamar 11 anos na vaca petista, Campos ataca Dilma. É crítica sincera ou eleitoreira?

Pré-candidato à Presidência da República, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) fez na manhã desta segunda-feira (10) duros ataques à gestão e à postura política da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a petista tem dado demonstrações de que não pretende debater sobre o país.

 

"Tem muita gente que quer interromper o debate. Sequestrar todas as alternativas para fazer um jogo simplesmente polarizado, do nós e eles e se negar a participar da discussão efetiva sobre o futuro do pais", disse Campos. "Vão tentar interditar em 2014 o debate sobre o Brasil. Meu pessoal faz um relato das reuniões que ocorreram entre partidos e veículos de comunicação na semana passada. Há uma atitude muito clara, já determinada, das pessoas que representavam a presidenta da República de fugir do debate. E o Brasil não pode admitir."

 

Campos falou sobre o assunto em palestra a empresários na Associação Comercial de São Paulo. "Todos nós respeitamos a presidenta, mas ela não tem o direito de fugir ao debate. Ela precisa vir para o debate. Para que possamos ser todos nos humildemente julgados pela consciência do povo brasileiro", concluiu.

 

Campos disse ainda que o país vive "uma crise de confiança, mais do que uma crise econômica". Segundo ele, criou-se um muro entre os "políticos de Brasília" e a "vida real". "A população foi às ruas para derrubar o muro", disse Campos numa referência às manifestações.

 

Em nova crítica ao governo Dilma, disse que o país não pode jogar seus problemas para debaixo do tapete. "Nós temos uma crise de confiança, uma crise politica. E não se resolve a crise escondendo. Crise não se resolve dividindo o país. Crise a gente enfrenta com unidade", afirmou, após dizer que o governo tem investido no discurso "nós" contra "eles".  Por fim, numa crítica ao estilo de Dilma, disse que, se o presidente for "um gerente, perde a visão estratégica". (Folha Poder)