Aécio começa a definir equipe de campanha.

Andrea Neves, talento e discrição no planejamento estratégico da campanha. Antonio Anastasia, competência e articulação no plano de governo. 

Com o lançamento de sua pré-candidatura previsto para o fim do mês de março, em São Paulo, Aécio Neves (PSDB-MG) está prestes a concluir a formação da equipe que vai trabalhar em sua campanha eleitoral. Ainda há indefinições, mas os nomes que estão praticamente definidos mostram o peso de São Paulo e a influência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para a candidatura à Presidência da República. Há até pessoas próximas ao ex-governador José Serra.

O comando político estará a cargo de parlamentares tucanos, pelo menos enquanto não há alianças formalizadas com outros partidos: os senadores Aloysio Nunes Ferreira (SP) e Cássio Cunha Lima (PB) e os deputados Duarte Nogueira (SP) e Carlos Sampaio (SP). Líder da bancada no Senado, Aloysio Nunes é amigo de Serra e aproximou-se de Aécio no Senado. É um dos nomes cotados para ocupar a vaga de vice-presidente na chapa, assunto ainda em aberto.

A missão de Duarte Nogueira será fazer ligação da eleição nacional com a de São Paulo, planejando atividades em comum com o governador Geraldo Alckmin, entre outras coisas. Já Carlão - como Carlos Sampaio é conhecido -, promotor de justiça, vai coordenar o grupo de advogados responsáveis pelas ações jurídicas da campanha.

A equipe de campanha será dividida em colegiados. Um deles será responsável pela comunicação. Outros grupos, separados por temas (segurança pública, saúde, agronegócio e política externa, por exemplo), estarão encarregados de ajustar a relação do candidato com os setores da sociedade. Esses grupos também darão subsídios para as falas de Aécio e outros tucanos em entrevistas, debates e palestras.

Esses colegiados setoriais também vão contribuir para a elaboração do programa de governo, tarefa que terá coordenação do governador Antonio Anastasia (MG). Ele deixará o governo para disputar o Senado. Até julho, a principal missão de Anastasia será comandar o plano de governo.

Uma das áreas prioritárias na campanha tucana será a segurança pública. Para cuidar do núcleo encarregado do assunto, o senador convidou o sociólogo Claudio Beato, diretor do Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O agronegócio ficará nas mãos de João Sampaio - presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias de São Paulo (Cosag-Fiesp) e ex-secretário estadual de Agricultura no governo José Serra - e do ex-ministro Alysson Paulinelli.

Convidado para atuar na campanha de Aécio, por indicação de FHC, Sampaio conversou com Serra, que não apresentou objeção. Paulinelli, mineiro, foi ministro da Agricultura de 15 de março de 1974 a 1979 (governo Ernesto Geisel), presidiu a Confederação Nacional da Agricultura e foi deputado federal por Minas pelo ex-PFL.

Ministro da Saúde no primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, Barjas Negri estará à frente do grupo da campanha de Aécio responsável pelos assuntos relativos à saúde. Barjas foi secretário-executivo no ministério na gestão de Serra e o substituiu no cargo. Os dois têm boa relação e a competência de Negri é elogiada pelo ex-governador. Economista, foi coordenador de políticas sociais e planejamento do Estado de São Paulo na gestão Franco Montoro.

Foi na equipe econômica de FHC que o presidenciável tucano buscou alguns dos principais colaboradores de sua campanha na área econômica. É considerada certa a participação de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, Edmar Bacha, integrante da equipe econômica que instituiu o Plano Real (no governo Itamar Franco), e José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 1995 e 1998.

Também integram o núcleo formado por Aécio os economistas Samuel Pessoa, professor da Fundação Getulio Vargas (RJ) e chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), e Mansueto de Almeida Júnior, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e ex-coordenador-geral de Política Monetária e Financeira na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (1995-97). Foi assessor econômico do ex-senador Tasso Jereissati (CE), político próximo de Aécio.

Os temas relacionados à questão ambiental já estão sendo tratados pelo engenheiro e consultor José Carlos Carvalho - também ex-ministro de FHC (Meio Ambiente) e ex-secretário do Meio Ambiente de Minas Gerais no governo de Aécio - e o ex-deputado Fábio Feldman, ex-secretário estadual de São Paulo (governo Mário Covas). Carvalho e Feldman reuniram dezenas de representantes do setor com o senador. Apresentam propostas para o plano de governo e para o partido na área ambiental.

Para orientar a campanha nas questões de política externa, Aécio convocou Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington (governo FHC) e presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp, e Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores no governo FHC.

Para não se submeter às decisões de um único marqueteiro na disputa pela Presidência da República, Aécio decidiu formar um colegiado com profissionais da área de comunicação e marketing político de diferentes agências ou independentes. O publicitário Paulo Vasconcelos, que atuou em campanhas do PSDB de Minas Gerais, inclusive de Aécio, é um nome tido como certo para estar à frente desse grupo.

Ainda na área da comunicação, a campanha contará com um núcleo específico para as ações na internet, que vai trabalhar sob a coordenação do ex-deputado Xico Graziano, diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso. Ele atuou na campanha de Serra ao Palácio do Planalto em 2010, mas se afastaram.

O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) e a ex-deputada Rita Camata (ES) vão coordenar um grupo que vai discutir e propor ações na área social, como educação, assistência e inclusão. Eles comandam um núcleo social do PSDB, responsável pelo Portal Social do Brasil, criado para ser canal de discussão com a sociedade na área de políticas públicas.

Andrea Neves, irmã do senador, será uma espécie de consultora, sobretudo na área de comunicação, mas sem função específica. Houve especulações de que ela coordenaria a campanha, o que foi negado pelo grupo próximo do senador. (Valor Econômico)

16 comentários

Coronel,
é chegada a hora de aparecer e mostrar os desmandos e incompetência dessa corja. Claro, depois do Carnaval.

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Mais uma para o Serra e o Alckmin aprenderem.

Quando foram candidatos não convidaram um só mineiro para atuar na campanha.

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Tá tudo muito bonitinho no papel.
Serra já disse que será candidato a deputado federal. Quem será o candidato a senador por São Paulo?

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Sugestão para as medidas emergenciais do primeiro dia de governo:
Medida Provisória nº 1; Fica estabelecido que ONG (organização NÃO governamental) é realmente NÃO governamental. Ouseja: nada de grana governamental.
Medida Provosória nº2: Fica proibida a atuação de ONG's apoiadas por dinheiro externo, em toda a região amazônica.
Com essas duas medidas, e realmente aplicadas, ficaremos livres de boa parte dos problemas sociais que temos hoje.

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Completando:
Com esse time, Aecim vai dar uma canceira na Dilmona.

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De uma olhada a situaçao da venezuela,um general resiste com metralhadora em punho contra invasao de sua casa.
http://www.youtube.com/watch?v=w-fjvFb2U4E#t=190
O general venezuelano Angel Vivas está resistindo de metralhadora em punho a tentativa da polícia de tiranete comunista Nicolás Maduro, de invadir a sua casa. Esse general foi reformado porque não quis se submeter ao controle militar da ditadura de Fidel e Raúl Castro.
(http://aluizioamorim.blogspot.com.br/)

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E que Aécio não se furte sobre a reestruturação das nossas FFAA, sucateadas e mal pagas. Não adianta tapar o sol com a peneira.

"O Exército pode passar cem anos sem ser usado, mas não pode
passar um minuto sem estar preparado." (Rui Barbosa )

"Uma nação que confia em seus direitos, em vez de confiar em seus soldados, engana-se a si mesma e prepara a sua própria queda." ( Rui Barbosa )

Espero que Aécio se pronuncie, porque faz muito tempo que esses homens são tratados como se fossem a escória do Pais.
Se hoje não somos uma Cuba, sem direito de ir e vir, foi graças as FFAA.



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Para a Equipe de Aécio.

"O Brasil Que Dava Certo E Tinha Planos."
http://www.polestrare.org/obrasilquedavacerto.htm

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http://www.youtube.com/watch?v=b4EsuIms8hw
No vídeo acima as riquezas de Hugo Chaves, que sempre afirmou ao povo que ser rico é um mal. Gentalha igual aos petralhas. Viva Aécio Urgente pois vamos pro buraco mais cedo do que imaginamos.

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http://www.youtube.com/watch?v=mXbIfTKUMUU
No vídeo acima , o luxo do assassino Hugo Chaves. Lembrei de Lula e Dilma e amigos. Temos que nos livrar urgentemente dessa gente.

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Coronel,

campanha escancarada para o 9dedos voltar…

http://polibiobraga.blogspot.com.br/2014/02/brasileiro-quer-mudanca-mas-com-petistas.html

Flor Lilás

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OFF

Roberto Jefferson já se apresentou à PF no RJ. Deve ficar preso no semi-aberto em algum presídio fluminense. Joaquim Barbosa negou-lhe a prisão domiciliar.

E o Cagão Genoíno o que faz em prisão domiciliar ??? Já deveria ter voltado à Papuda.

Por que dois pesos e duas medidas???


Chris/SP





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Coronel,
Tente explicar uma coisa: como pode o Maduro expulsar a CNN, os milicianos armados agredirem os jornalistas que fazem as coberturas nas ruas e a REDE GLOBO transitar livremente pela Venezuela, no meio dos chavistas, com microfone com o logo da emissora em punho, entrevistando quem queira?

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Aécio precisa mais QUE NINGUÉM O ATRAPALHE e faça diversos contratos de marketing com empresas locais para as eleições deste ano, use o senado mais vezes para a oratória e amarrar melhor um acordo com o PSB.

O melhor seria O COMPROMISSO COM O PARLAMENTARISMO, o mais votado iria a presidente e o outro, antes da PEC parlamentarista seria um "super-ministro" e depois nomeado PRIMEIRO-MINISTRO ( o Aécio seria o presidente e o Campos primiê ).

Entre 14 e 18 o primeiro ministro ainda teria poderes limitados como de um chefe da casa civil no presidencialismo e ser um vice presidente (nomeado pelo gabinete) nestes quatro anos de transição.
Depois o Aécio teria poder zero se tentasse a reeleição mas seria o primeiro-ministro de um presidente nomeado pelo congresso e se o povo desejar um presidente eleito com poder de dissolver o gabinete e convocar eleições ( poder da bomba atômica em Portugal ), se popular o primeiro-ministro elege maioria e tem voto de confiança, maioria melhor se ELE QUISER poderia ser obtida convocando eleições antecipadas para deputado federal.

**** NOS ESTADOS E MUNICÍPIO SERIA MANTIDO O PRESIDENCIALISMO ATUAL.

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Parece música para meus ouvidos saber que enfim teremos especialistas tratando de cada área.
Deus abençõe a todos. SALVEM O BRASIL!

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Impressionante. Aécio consegue montar uma equipe de campanha melhor que Dilmá monta ministério.

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