A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, decidiu entrar no debate
sobre a política fiscal do governo e defendeu um regime de bandas para o
superavit primário. Sistema semelhante ao de metas de inflação, o regime prevê um intervalo
dentro do qual o resultado fiscal efetivo pode oscilar dependendo do desempenho
da economia. Significa dizer que, em tempo de crescimento maior, o governo economiza mais
para pagar os juros da dívida. Mas, nos momentos de desaceleração do PIB, o
Executivo tem folga para poupar menos. "Tenho muita simpatia pelo sistema de bandas, ele responde bem à conjuntura
diversa. A economia é muito mais dinâmica que a burocracia", disse Gleisi à
Folha.
A área fiscal é a que recebe mais críticas do mercado. Em 2012, o Tesouro
recorreu a maquiagens contábeis para atingir a meta e comprometeu o controle
real do gasto público, considerado essencial para o combate à inflação. Para ela, o regime de bandas dá mais previsibilidade ao desempenho do gasto
público e, por outro lado, evita austeridade excessiva. Gerente do governo, ela
tem convocado colegas de Esplanada a fazer a defesa da agenda fiscal da
presidente Dilma Rousseff.
RESISTÊNCIA
A adoção de um regime de bandas foi proposta pelo economista Nelson Barbosa
entre 2011 e 2012, quando era secretário-executivo da Fazenda, mas encontrou
resistências na cúpula do ministério, inclusive de Guido Mantega. Recentemente, porém, o titular da pasta passou a dizer que, na prática, o
regime de bandas já funciona, uma vez que a meta de superavit primário em vigor
pode ser reduzida na mesma proporção dos investimentos feitos no PAC e também
das desonerações.
Mas há diferenças. Enquanto o atual mecanismo prevê que a meta pode ser
reduzida toda vez que o governo conclui (e nem sempre admite) não ser capaz de
cumpri-la, a proposta de Barbosa prevê um piso para o primário e um teto, por
quatro anos. Também propõe redução gradativa dos créditos do Tesouro aos bancos oficiais,
redução drástica de empréstimos com taxas subsidiadas de juros e diminuição de
aportes públicos no BNDES. (Folha de São Paulo)
2 comentários
Gleise, a Barbie, é um exemplo do nível intelectual ridiculamente baixo que impera na administração petista. Qual a formação dessa senhora? Qual o critério adotado para ela ter cargos públicos? Ser casada com Paulo Bernardo? Que vergonha Brasil. O PT destruiu o conceito de competência e do mérito. Para o PT, o Brasil tem que ser administrados por petistas "confiáveis", independente de sua competência. Em breve, Lula vai lançar seus cachorros para concorrer a cargos públicos, e o povão vai votar neles!!!
ReplyEstou pra ver qualquer coisa funcionar nas mãos destes incompetentes. São tão irresponsáveis pra lidar com coisas alheias.
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