Treze dias após o anúncio da aliança entre Marina Silva e Eduardo Campos,
praticamente não houve alteração nos rumos que o partido do governador de
Pernambuco vem adotando na construção de seus palanques regionais. Principal lance até agora da corrida presidencial, a união dos dois
pré-candidatos foi celebrada com a promessa de que as articulações do PSB nos
Estados seriam reavaliadas para contemplar os interesses da Rede, a legenda que
Marina não conseguiu criar a tempo de participar da disputa de 2014.
Com exceção do recuo na dobradinha com o líder ruralista Ronaldo Caiado em
Goiás após críticas de Marina, praticamente nada mudou no roteiro que o partido
de Campos vinha seguindo antes da chegada da ex-senadora. "A Rede não tem políticos tradicionais, o forte dela é a militância jovem que
nunca disputou eleição", disse o deputado Márcio França, presidente do PSB de
São Paulo. "Está mais ou menos acertado: se não houver incompatibilidade, ela
vai fazer o dela e a gente vai fazer o nosso."
Em São Paulo, ele afirma que hoje o PSB continua inclinado a apoiar a
reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que abriria espaço em seu
palanque para Campos e o provável candidato do PSDB a presidente, o senador
Aécio Neves (MG). Marina tem apontado o deputado Walter Feldman (SP), seu aliado, como opção se
o PSB quiser ter candidato próprio ao governo de São Paulo. "Em alguns Estados a situação deve se manter, seja porque em outros as
mudanças não são tão simples, ou seja porque não deu tempo ainda", disse
Feldman. "Nossa aliança é programática, não faz sentido inverter essa lógica nos
Estados e passar a discutir antes os nomes."
No Distrito Federal, Marina declarou preferência pela candidatura do deputado
federal José Antônio Reguffe (PDT), mas nos bastidores dirigentes do PSB afirmam
que o candidato será o senador Rodrigo Rollemberg (PSB). No Rio de Janeiro, Marina já citou como candidato o deputado federal Miro
Teixeira (Pros), um dos seus aliados na tentativa de criação da Rede. Mas o PSB,
que interveio para evitar que o diretório estadual apoiasse o vice-governador
Luiz Fernando Pezão (PMDB), ainda não tem uma definição e estuda até lançar o
ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão. Pezão conta com o apoio da presidente
Dilma Rousseff.
Em Minas Gerais, a terra de Aécio, o plano A do PSB é também tentar se
incluir na chapa tucana, que poderá ser encabeçada pelo ex-ministro Pimenta da
Veiga. "A vinda da Marina impactou muito o nosso projeto nacional, mas a adesão não
mudou quase nada nos Estados, até pela decisão da Rede de não aceitar integrar a
Executiva Nacional do PSB. Nossa tendência é manter nossa linha e, onde for
possível, incluir a Rede", afirma o deputado Júlio Delgado, nomeado por Campos
para comandar o diretório do PSB em Minas.
O partido de Campos anunciou a saída do governo Dilma em setembro, rompendo
uma histórica aliança com o PT. Como a Folha mostrou no início do mês, o
PSB articula alianças com rivais do PT em pelo menos 20 Estados para as próximas
eleições. (Folha de São Paulo)
3 comentários
Coronel,
ReplyQue foto!!!
A Marina esta com aquela carinha sonhática e pensativa:
- Duduzinho, qual a melhor hora de comer teu fígado???
JulioK
Os dois comandam PARTIDOS PARASITAS, o "rede" da Dilma encastelado no PSB e o PSB escorado no PSDB, menos ruim que ficar junto do PT, políticos que votam na sonhática tenderão a votar nos senadores e deputados do PSDB.
Reply-
O melhor cenário depois da vitória no primeiro turno para Aécio é enfrentar o Eduardo Campos, aliado de petralhas mas permeável ao PSDB, coligável pois é um novo PMDB DE ESQUERDA, 90% com Aécio.
-
DOBRAM OS SINOS À FINADA PETRALHA que irá perder feio o pleito do ano que vem e Aécio com maioria na câmara e senado problemático ainda com maioria petralha.
Na ingovernabilidade o melhor é PEC do parlamentarismo e o senado não mais votar leis, emendar e vetar por interesse dos estados dos senadores,vetos quebrados por novo turno de votação na câmara e sanção presidencial.
Coronel,
Replyduvido que tenham enquadrado a Santa Pau do Oco.