A estreia do Mais Médicos foi adiada em várias partes do País por causa da
falta de profissionais. Embora o cronograma oficial estabelecesse esta
segunda-feira como o dia em que 1.096 bolsistas deveriam se apresentar para o
início das atividades, em várias regiões eles não apareceram. Pelo menos metade
das cidades paulistas selecionadas registrou desistências ou faltas. As baixas
foram em 12 das 22 cidades que aguardavam brasileiros.
Nilton Fukuda/AE
Pacientes aguardam atendimento no Posto da
UBS Batistini, em São Bernardo
A lista inclui, por exemplo, Campinas, no interior; Guarujá, no litoral; e
Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, além da capital. O Ministério da Saúde não
tinha nesta segunda-feira estimativa das ausências pelo País. O governo fixou um
dia para apresentação, mas destacou que o início das atividades ficaria a
critério de cada prefeitura. Em Brasília, por exemplo, os médicos terão dois
dias de treinamento.
A primeira chamada incluiu só os brasileiros. Os estrangeiros passam por
curso específico e são esperados no dia 16. A maioria dos desistentes alegou
motivo pessoal. Teve quem passou em concurso público, quem preferiu seguir
clinicando de forma particular e ainda quem não obteve autorização do Exército
para mudar de cidade.
Os faltantes desta segunda-feira terão de se explicar ao gestor municipal
responsável. E ainda deverão negociar a compensação dos dias não trabalhados.
Nos postos, terão de apresentar documentos pessoais, diploma, registro
profissional e termo de adesão assinado.
O Ministério da Saúde informou que os profissionais têm até o dia 12 para
garantir o emprego, que paga salário mensal de R$ 10 mil, além de auxílios
moradia e alimentação - a cargo das prefeituras. O governo não quis comentar um
possível boicote da classe médica. Já as prefeituras negociam datas diretamente
com os selecionados, a fim de não perdê-los.
Dos municípios do Estado contemplados nessa primeira fase, 6 tinham previsão
de receber apenas brasileiros. Da lista, Santa Barbara d’Oeste já foi comunicada
oficialmente que o médico que atenderia na cidade desistiu. Santo André e
Ribeirão Pires ainda esperam pela chegada de profissionais.
Em Campinas, dos cinco médicos que se apresentariam nesta segunda-feira, dois
desistiram em cima da hora. Um deles avisou no domingo que não aceitaria a vaga
porque pretendia trabalhar na sua área de especialização, que é psiquiatria. O
outro não informou o motivo. Os contratados vão atuar no atendimento básico,
como generalistas."Neste ano já fizemos um concurso e dois chamamentos públicos. A carência é
uma realidade na rede", disse o secretário municipal de Saúde, Carmino de Souza,
que montou um curso de dois dias para os médicos conhecerem o sistema.
Atendimento. Seja pela necessidade de capacitação ou pela
exigência de documentos, a maioria dos médicos que se apresentou nesta
segunda-feira não iniciou o atendimento. Em São Bernardo, no ABC, os usuários da
Unidade Básica de Saúde (UBS) Batistini aguardam otimistas pelo trabalho da nova
médica, Kátia Regina Marquinis, de 39 anos. "As consultas aqui são demoradas e,
às vezes, falta orientação enquanto esperamos", disse Francisca Lopes, de 42
anos.Kátia deve começar a clinicar ainda nesta semana. Itatiba e Arujá são
exceções à lista. Em ambas as cidades, médicos pagos pelo governo federal já
atenderam a população nesta segunda-feira.
Parte dos profissionais vai compor equipes de saúde da família existentes,
mas inoperantes. É o caso de Carapicuíba, na Grande São Paulo. A UBS do Jardim
Capriotti, por exemplo, foi inaugurada há quatro meses, mas não recebeu médico.
Nesta segunda-feira, porém, somente um dos quatro brasileiros esperados se
apresentou. Na capital, a proporção é inversa: apenas um dos seis selecionados
não manifestou interesse pela vaga.
Mais chamadas. O baixo índice de comparecimento indica que o
governo terá de fazer várias chamadas para completar a demanda dos municípios.
Na primeira fase do programa, 3.511 cidades se inscreveram, solicitando o envio
de 15.460 profissionais.Além dos médicos brasileiros, que, por reação das entidades de classe
passaram a ter prioridade, 282 estrangeiros se inscreveram. Há também outros 4
mil médicos cubanos, recrutados em um convênio firmado duas semanas atrás entre
a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e o governo brasileiro. (Estadão)
7 comentários
Forças Armadas levam quase 6 meses para liberar um oficial que quer sair. É uma burocracia terrível e o militar tem que ficar caladinho, senão ainda toma punição.
ReplyQuanto mais vocês jogam o Mais Médicos pra baixo, mais vão fazer o programa brilhar quando for um sucesso. Muito obrigado!
ReplyCel.
ReplyPETRALHA ÀS 07:01 !
Chris/SP
Anonimo das 07:01,
ReplyKkkkkkkkkk, já estamos vendo o sucesso que ele está fazendo ;)
....o que menos interessa p o PT sao os doentes,os medicos.........O que INTERESSA MESMO eh a GRANA do contrato cubano!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ReplyAté médico acusado de mutilar mulheres está atendendo. O programa vai ser um "sucesso" total.
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