Uma disputa entre uma ala da bancada do PT mais alinhada com o
PMDB e outra mais fiel ao próprio partido e ao Planalto está por trás
da crise envolvendo o grupo que a Câmara dos Deputados criou na semana
passada, para fazer reforma política - e cuja instalação foi adiada para
esta semana para que os petistas possam resolver seus conflitos
internos.
A bancada petista indicou o deputado Henrique Fontana (PT-RS) para
representar o partido no colegiado, que tem 13 integrantes. Com a maior
bancada da Casa, o PT tem a preferência para ocupar a coordenação. Em
vez de confirmar Fontana no cargo, porém, o presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB), indicou outro petista, o deputado Cândido
Vaccarezza (PT-SP).
Desde então, os grupos que apoiam cada um deles se fustigam nas
coxias do Congresso. O grupo contrário a Vaccarezza diz que ele driblou o
próprio partido, cacifando-se para o posto no PMDB, com o qual, dizem,
possui uma relação "íntima". Segundo esse grupo, o parlamentar é contra o
plebiscito defendido pelo PT - e, também, contra a reforma política.
Do outro lado, o grupo anti-Fontana acusa o deputado gaúcho de ter
sido um articulador político inábil como relator da comissão especial da
reforma política na Câmara - posto que ocupa desde março de 2011. A
crítica desse grupo é que, em mais de dois anos, Fontana não conseguiu
convencer a maioria de seus pares a apoiar a reforma.
Vaccarezza tem, de longa data, bom trânsito no PMDB. Em 2011, ele se
pôs de acordo com o próprio Henrique Alves sobre um rodízio na
Presidência da Câmara na atual legislatura - o petista a ocuparia nos
dois primeiros anos e Alves o sucederia nos dois últimos. A ideia foi
derrubada dentro do partido. Ele era também uma das vozes do PT que
diziam, antes da escolha de Fernando Haddad como candidato, que o
partido não devia lançar candidato à Prefeitura de São Paulo em 2012,
mas apoiar Gabriel Chalita (PMDB).
Na contramão do que pretendiam o Planalto e o próprio PT, mas na
linha do que defenderam os líderes do PMDB, Vaccarezza disse, no dia 5
de julho, que , sobre a tese de que a reforma política deveria valer
para 2014: "Digo e repito: não dá tempo de fazer isso agora. Tenho a
coragem de dizer a verdade".
Um aliado de Vaccarezza afirmou ao Estado que era preciso escolher
para o posto alguém "que tenha uma conciliação com o PMDB, que é nosso
partido aliado, e não apenas bom trânsito com PC do B, PSB e PDT".
Segundo essa fonte, o PT tem de fazer aliança "com o PMDB, o PSDB, o PSD
e o DEM. Isso vai ter que ser votado no Congresso e precisamos de
maioria". "O Vaccarezza foi líder do partido e do governo e tem bom
trânsito com todos os partidos", acrescentou.
'Antirreforma'. Por sua vez, um aliado de Fontana
diz que Vaccarezza está alinhado com o PMDB na proposta de fazer "a
menor reforma possível". Ele pergunta: "Se o presidente da comissão é um
cara antirreforma, qual reforma vai sair?".Na sexta-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, conversou com
Fontana, Vaccarezza e com o líder do partido na Câmara, José Guimarães
(CE), para sondar as "possibilidades de consenso entre eles".
"Não tem divisão, tem essa contradição. A bancada indicou uma pessoa
para a comissão e o presidente está indicando um coordenador que é do
PT. O PT seria o único partido a ficar com duas pessoas", afirmou,
sinalizando que uma renúncia de Fontana não está descartada. Procurado,
Vaccarezza disse não querer se manifestar até que a instalação do grupo
esteja concluída. Fontana não retornou os contatos. (Estadão)
5 comentários
Tem alguém aí interessado em governar o Brasil em vez de ficar brincando de (péssimos) jogadores de xadrez?
ReplyNão é por nada, não...mas acho que o recado das ruas foi exatamente esse, de pararem de brincar e abusar do dinheiro e da paiência do povo e começarem a trabalhar!
Coronel, este banner ao lado, com o número e cargo dos candidatos não pode criar problemas para eles na justiça eleitoral? tome cuidado.
ReplyNão dá tempo, vaggarezza...
ReplyA principal reivindicação do povo é diminuir o salário dos políticos.
ReplyDepois ninguém quer financiamento público de campanha.
Ninguém quer votar em lista.
Queremos poder anular nosso voto quando o eleito não o merecer mais.
Aceitamos outras propostas HONESTAS que venham a beneficiar a população.
Tree
Coronel, parece que a BRIGA DE RATOS vai esquentar e cindir o petismo, tem os comunistas e "mensaleiristas" mais próximos do PMDB e ratufistas, estes oscilam conforme "a Dilma coloca o queijo para saciar a rataiada".
Reply-
QUANDO BRIGAM OS RATOS, ESQUECEM-SE DOS GATOS, ( ao PT o mais hediondo e asqueroso baixo calão ), ouvindo o MIADO DO PSDB ( seu candidato ) vão tremer nas bases, o pinguço vai querer lançar o PAC- ar -ALHO ou o pac 4 mas a anta não se elege.
Na briga de ratos de 2014 o PPS pode roubar votos da MARINA MOGNO e também de petralhas mais ligados ao ratufismo, é VACCA na cabeça 25 .
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VACCA rezza vai quebrar a quadrilha e espantar os ratos para todo lado.