STF amplia prazo para defesa dos mensaleiros.

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu ontem, por 8 a 1, ampliar o prazo para que as defesas dos réus do mensalão apresentem recursos contra as condenações. A corte optou por dobrar o prazo de 5 para 10 dias após a publicação do acórdão (resultado oficial do julgamento). O presidente do tribunal, Joaquim Barbosa, resistiu a levar o tema ao plenário, mas cedeu após insistência dos advogados e dos próprios ministros, que temiam possíveis críticas de cerceamento do direito de defesa.
 
Alguns dos réus pediam o acesso antecipado ao acórdão e de 20 a 30 dias para apresentar os recursos. Eles dizem ser "humanamente impossível" ler milhares de páginas em poucos dias. O regimento do STF prevê que os recursos, chamados embargos de declaração, devem ser apresentados em um prazo de cinco dias após a publicação da decisão. Barbosa voltou a dizer que os pedidos eram absurdos e novamente acusou os advogados de tentarem uma "manipulação" do prazo legal. "Quem pretende adiar injustificadamente essa publicação [do acórdão] é justamente a defesa, tudo, claro, na tentativa de eternizar esse processo", afirmou.
 
O ministro Teori Zavascki, então, discordou ao lembrar que a legislação permite, nos casos com muitas partes envolvidas, dobrar o prazo de recursos, exatamente para possibilitar a ampla defesa. "Parece razoável que se adote a regra que prevê prazo em dobro nessas situações." Zavascki foi seguido pelos colegas Rosa Weber, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, José Antonio Dias Toffoli e Marco Aurélio Mello, que defendeu também a liberação dos votos aos advogados antes da publicação do acórdão.
 
Para Lewandowski, é razoável que se estenda o prazo por causa da característica diferenciada do processo. "O tribunal, no curso dessa ação penal, estará uma vez mais contemplando e respeitando as garantias fundamentais que se mostram inerentes a qualquer persecução penal do Estado", afirmou Celso de Mello.
 
Barbosa, apesar de dizer considerar "razoável" a decisão, manteve o voto contrário e aproveitou para criticar o "sistema arcaico de publicação de acórdão". "O meu voto como relator foi disponibilizado faz mais de dois meses. Estamos caminhando para o fim do semestre e não sei se vamos publicar amanhã ou depois, pois tem que unificar todos os votos. Temos um problema de informática, pois nosso sistema é precário", disse.
 
O presidente do Supremo disse ontem que falta ainda a assinatura de três ministros para que a decisão possa ser publicada. Se a publicação ocorrer amanhã, o prazo de 10 dias corridos começa a ser contado a partir de segunda-feira. Como 1º de maio é feriado, os advogados terão até o dia 2 para apresentar os recursos. (Folha de São Paulo)

5 comentários

que enrolação, meu Deus!

depois disso vira o que mais?

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O "Estadinho" COVARDE!
Com medo de "adevogados" de BANDIDOS?
Com medo de MENSALEIROS?
Agora, com o pobre do cidadao comum a "juizada" arrepia!!!

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Esses bandidos togados nem disfarçam mais, ajudam os meliantes a céu aberto. Esse tempo ampliado, qualquer um sabe, é para dar tempo dos mensaleiros armarem com segurança seus GOLPES contra a Nação.

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Sistema de informática precário???
Tal não pode acontecer na maior corte do país!

Só falta agora o STF também fazer mendicância para aprimorar seu sistema, tal como o supercoxinha está fazendo em Sampa com a CET.

VERGONHA, VERGONHA!


Chris/SP

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Vai acabar tudo em pizza, como sempre no Brasil. País da impunidade, dos politicos corruptos, do "di-menor" que podem matar, roubar, estuprar.

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