Em constante queda de braço com o Supremo Tribunal Federal, o Congresso prepara para outubro um pacote de medidas que tem como um dos objetivos limitar o campo de atuação do Judiciário e do Ministério Público A tarefa cabe à Comissão Especial de Aprimoramento das Instituições Brasileiras, gestada pela cúpula petista.
A comissão foi criada pelo ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) --atendendo a requerimento do então líder do PT e hoje secretário-geral do partido, Paulo Teixeira (PT-SP)-- em julho passado, às vésperas do julgamento do mensalão. Foi instalada em novembro, após as eleições e a condenação de petistas acusados de envolvimento no esquema.
Eleito em fevereiro, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se reuniu naquele mês com o comando da comissão e delegou ao presidente e ao relator a missão de apresentar, no aniversário dos 25 anos da Constituição, projeto que delimite o terreno do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. "Ele nos disse que era muito importante um projeto que colocasse um marco para essas tensões e estabelecesse protocolos de relacionamento entre os Poderes", disse o presidente da comissão, Saraiva Felipe (PMDB-MG).
A fixação de "limites e competências dos Poderes" é, para o relator Rogério Carvalho (PT-SE), "debate central" da comissão. Sua intenção é fortalecer os Poderes eleitos (governo e parlamentares), sob o argumento de que o julgamento das urnas inibe a formação de "instituições absolutistas". Para ele, a concentração de prerrogativas no Judiciário cria "um desequilíbrio entre poderes". Segundo o petista, há hoje cerca de mil projetos tramitando no Congresso, estabelecendo regras de funcionamentos entre os Poderes.
Ele diz que uma das possibilidades é incorporar o projeto do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) aprovado em uma comissão da Câmara. O presidente da Câmara, porém, é contra esse projeto, que foi o estopim da recente crise com o Supremo. A comissão também quer analisar a proposta que cria mandatos para futuros ministros de tribunais superiores --hoje o cargo é vitalício. Outra questão que a comissão vai analisar é a do Ministério Público. "Se há risco de formação de instituições com caráter absolutista, temos que rever as bases que dão margem para isso", disse Carvalho. (Folha de São Paulo)
3 comentários
Coronel,
Replyessa canalha não tem jeito. Cada dia se esmera nas práticas mais deletérias da política e da moral.
Cel
ReplyAntes que saia do ar veja o vídeo BANDIDO QUER JULGAR O TRIBUNAL:
http://www.youtube.com/watch?v=o4943mqODxE&feature=youtu.be
Átila
Coronel.
ReplyElles estão preparando a próxima revolução.
Após esta, não sobrará nenhuma Vana para ser presidenta.