O setor mais dinâmico da economia brasileira será de novo, em 2013, a
agricultura, se estiverem certas as projeções da safra de grãos e oleaginosas
divulgadas quarta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Conab calcula uma
safra de 180,4 milhões de toneladas, 8,6% maior que a anterior. Segundo o IBGE,
a produção aumentará 9,9% e chegará a 178 milhões de toneladas. Qualquer dos
dois números representará mais um recorde. A colheita de 2011-2012 também foi
sem precedente - 166,2 milhões, de acordo com uma das estimativas, 162,1
milhões, segundo a outra.
Mesmo com a perspectiva de alguma acomodação de preços no mercado
internacional, as cotações devem permanecer bastante altas, principalmente no
caso da soja, para compensar o esforço dos produtores.
Mais uma vez, tudo indica, o agronegócio deverá ser a principal e mais segura
fonte de receita e de superávit no comércio externo. Em 2o12, as exportações do
agronegócio atingiram o recorde de US$ 95,8 bilhões. Esse valor foi apenas 1%
maior que o de igual período de 2011, por causa das condições de demanda.
A crise esfriou os grandes mercados e os preços caíram em média 7,1%. No
entanto, mesmo com a desaceleração da economia da China, as exportações para
aquele país foram 8,9% maiores que as de igual período do ano anterior e
chegaram a US$ 17,9 bilhões. No conjunto, o agronegócio ainda proporcionou um superávit comercial - outro
recorde - de US$ 79,4 bilhões, suficiente para neutralizar a maior parte do
déficit acumulado no ano pela indústria manufatureira.
No fim do ano, somados os resultados positivos e negativos dos vários setores
envolvidos no comércio internacional, a balança comercial brasileira apresentou
superávit de US$ 19,4 bilhões. Em 2013, tudo indica, a agropecuária e a
indústria processadora de alimentos deverão novamente ser importantes fatores de
segurança para as contas externas do Brasil.
Isso dependerá, naturalmente, também da produção e do comércio de outras
lavouras, como as de café e cana, e das condições de mercado das carnes. De
janeiro a novembro, a exportação de soja e derivados, no valor de US$ 25,5
bilhões, forneceu a principal contribuição para a receita cambial do
agronegócio. Mas as vendas de carnes também foram muito importantes, com
faturamento externo de US$ 14,3 bilhões. Em terceiro lugar ficaram as vendas de
açúcar e álcool, US$ 13,5 bilhões. Mas é sempre bom levar em conta um detalhe: a
produção de milho e de outras fontes vegetais de ração é essencial para o bom
desempenho das exportações de carnes.
Alguns dos plantios já estão bem avançados para permitir uma avaliação
razoavelmente exata da área cultivada. A estimativa de maior produção baseia-se,
em parte, na expectativa de melhores condições de chuva nas Regiões Sul e
Nordeste, afetadas até agora por secas. Também se levam em conta os resultados
médios obtidos em safras passadas e o uso de tecnologias adequadas. A Conab
projeta grandes aumentos de produção de soja (24,5%), feijão (13,8%) e arroz
(4%). A de milho deve praticamente repetir-se, com redução de 1,1%, e a de
algodão deve diminuir (23,2%). A redução mais ampla, de 25,7%, é a do trigo.
Apesar da produção ligeiramente menor, a Conab estima para a temporada
2012-2013 um aumento do estoque final do milho, de 6,7 milhões para 12,7 milhões
de toneladas. Os estoques de soja em grãos devem passar de 444 mil para 4,7
milhões de toneladas, mesmo com exportações bem maiores. A disponibilidade final
de arroz e de feijão deve ser pouco menor que a da temporada anterior, mas, de
modo geral, as condições de abastecimento devem permanecer bastante favoráveis.
A variação dos preços no mercado interno deverá depender, portanto,
principalmente das condições do mercado internacional, se as previsões de
produção se confirmarem. Isso dependerá em boa parte, é claro, de condições de
tempo melhores que as do ano passado, com chuvas em volume adequado nos lugares
e nos momentos certos.
Editorial publicado no Estadão de hoje, com o título "Recordes no campo".
5 comentários
Os petalhas devem estar reunidos no submundo com o bestamor molusco, mexendo com desespero o caldeirão de mer*&%$#@ para achr a fórmula e arrumar alguma mutreta que derrube a Katia Abreu. Essa branca das zelites só faz sucesso enquanto os militontos e seu gurus só fazem merda.
ReplyComo diaria FHC: Assim não pode, assim não dá!
A senadora Kátia Abreu, a única política com sensibilidade vinculada à agricultura no Brasil, precisa assumir postura mais firme e ativa nas lutas pela sobrevivência, não apenas do campo e do homem do campo, mas do País. Por exemplo, deixar de desfilar com a presidente inoperante, e trazer ao Brasil a ambientalista e física indiana Vandana Shiva, que alia conhecimento à luta pelos agricultores da Índia, um dos BRIC
Replyque maltratam e desrespeitam seus cidadãos, tal e qual nosso desgoverno. Ou não interessa ir contra os controladores globais da política transnacional???
O resto é isto que aí está: Ongs, Marina Silva etc..., todos à serviço da manutenção do nosso atraso, dirigido pela quadrilha do PT e seus aliados, com siglas diferentes, porém com a mesma incompetência, má fé e índice de corrupção que caracterizam nossos partidos políticos.É necessário empreender esta revolução estrutural, ou teremos mais um século perdido da incrível e ridícula História do Brasil, escrita pela dominação estrangeira e pela subserviência dos bandidos locais, que enchem os bolsos e roubam o povo, ao assumir o Poder.
A Kátia Abreu bem que poderia se candidatar a presidente, não é mesmo? Prefiro INFINITAS VEZES ela do que esse lixo humano da Dilma terrorista. Pelo menos a Kátia Abreu produziu algo na vida e já administrou algo na vida, ao contrário de 100% dos guerrilheiros, terroristas, socialistas e esquerdistas.
ReplyVAI LAVAR ROUPA MARINA!!!
ReplyUma boa noticia que cala a boca desses ongoloides e ecosterrorista. Valeu coronel, obrigado, por mais uma excelente postagem.
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