Visto como
um potencial homem-bomba pelo PT por saber como foi montado passo a
passo o mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza disse ter sido
ameaçado de morte por Paulo Okamotto, atual diretor do Instituto Lula e
amigo do ex-presidente. Se abrisse a boca, morreria, disse o empresário
no depoimento à Procuradoria-Geral da República.
"Tem gente no PT que acha que a gente devia matar você", teria dito Okamotto a Valério, conforme as duas últimas das 13 páginas do depoimento prestado no dia 24 de setembro pelo operador do mensalão ao Ministério Público Federal. "Ou você se comporta, ou você morre", teria completado Okamotto. Valério disse à subprocuradora da República Cláudia Sampaio e à procuradora Raquel Branquinho que ele foi "literalmente ameaçado por Okamotto".
Valério relatou que Okamotto o procurou pela primeira vez dias depois da entrevista concedida pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, em que o escândalo do mensalão era revelado. Okamotto disse que o procurava por ordem do ex-presidente Lula, conforme o relato feito por Valério. Os dois se encontraram primeiro na casa de Eliane Cedrola. De acordo com Valério, uma diretora da empresa de Okamotto. O emissário de Lula pedia que Valério permanecesse em silêncio e não contasse, portanto, o que sabia.
Da segunda vez, o encontro ocorreu na Academia de Tênis em Brasília, onde Okamotto se hospedava, conforme Valério. Foi nessa segunda conversa, cuja data não é mencionada, em que as ameaças expressas teriam sido feitas. Okamotto afirmou que os dois precisavam se entender. Caso contrário, Valério sofreria as consequências. Nos vários depoimentos que prestou à Polícia Federal e ao Ministério Público ao longo da tramitação do processo do mensalão, Valério manteve segredo sobre essas ameaças e sobre os detalhes do esquema, inclusive o envolvimento de Lula, que só agora revelou.
O operador do mensalão não menciona no depoimento, mas essa ameaça pode ter motivado a referência que Valério fez à possibilidade de ser incluído no programa de proteção às testemunhas no fax enviado ao Supremo em setembro, depois de ter feito as novas revelações ao Ministério Público.
Depois que o Estado revelou, no mês passado, o depoimento prestado por Valério, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que o operador do mensalão não chegou a pedir proteção à sua vida. "A notícia que me foi transmitida foi de que não havia nada que justificasse uma providência imediata", disse Gurgel em novembro. "Agora, se ele viesse a fazer novas revelações, esse risco poderia se consubstanciar", acrescentou.
Okamotto foi alvo da oposição durante as investigações do esquema do mensalão no Congresso Nacional. Na época, Okamotto presidia o Sebrae e entrou na lista de investigados por ter pago uma dívida de R$ 29.436,26 contraída por Lula em empréstimo feito junto ao PT. Passou a ser classificado como um tesoureiro informal do presidente.
A oposição investigava se o dinheiro do fundo partidário do PT foi usado por Lula para pagar despesas pessoais. Okamotto disse que os empréstimos serviram para cobrir despesas feitas por Lula com viagens e diárias ao exterior em 2001. À CPI dos Bingos, em 2005, Okamotto não explicou por que assumiu a dívida de Lula.
A CPI aprovou na época a quebra de sigilo de Okamotto. Mas uma liminar concedida pelo então presidente do Supremo, Nelson Jobim, impediu que dos dados bancários, fiscais e telefônicos de Okamotto fossem investigados. A CPI dos Bingos foi encerrada nove meses depois de concedida a limitar sem que as informações fossem avaliadas.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Instituto Lula no início da tarde de ontem. A assessoria do instituto, no entanto, informou que Lula e Okamotto não "quiseram comentar o depoimento". Posteriormente, a assessoria informou que Okamotto responderá às acusações "quando souber o teor do documento". Por enquanto, acrescentou a assessoria do instituto, Okamotto não se considera suficientemente informado para se pronunciar. (Estadão)
"Tem gente no PT que acha que a gente devia matar você", teria dito Okamotto a Valério, conforme as duas últimas das 13 páginas do depoimento prestado no dia 24 de setembro pelo operador do mensalão ao Ministério Público Federal. "Ou você se comporta, ou você morre", teria completado Okamotto. Valério disse à subprocuradora da República Cláudia Sampaio e à procuradora Raquel Branquinho que ele foi "literalmente ameaçado por Okamotto".
Valério relatou que Okamotto o procurou pela primeira vez dias depois da entrevista concedida pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, em que o escândalo do mensalão era revelado. Okamotto disse que o procurava por ordem do ex-presidente Lula, conforme o relato feito por Valério. Os dois se encontraram primeiro na casa de Eliane Cedrola. De acordo com Valério, uma diretora da empresa de Okamotto. O emissário de Lula pedia que Valério permanecesse em silêncio e não contasse, portanto, o que sabia.
Da segunda vez, o encontro ocorreu na Academia de Tênis em Brasília, onde Okamotto se hospedava, conforme Valério. Foi nessa segunda conversa, cuja data não é mencionada, em que as ameaças expressas teriam sido feitas. Okamotto afirmou que os dois precisavam se entender. Caso contrário, Valério sofreria as consequências. Nos vários depoimentos que prestou à Polícia Federal e ao Ministério Público ao longo da tramitação do processo do mensalão, Valério manteve segredo sobre essas ameaças e sobre os detalhes do esquema, inclusive o envolvimento de Lula, que só agora revelou.
O operador do mensalão não menciona no depoimento, mas essa ameaça pode ter motivado a referência que Valério fez à possibilidade de ser incluído no programa de proteção às testemunhas no fax enviado ao Supremo em setembro, depois de ter feito as novas revelações ao Ministério Público.
Depois que o Estado revelou, no mês passado, o depoimento prestado por Valério, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que o operador do mensalão não chegou a pedir proteção à sua vida. "A notícia que me foi transmitida foi de que não havia nada que justificasse uma providência imediata", disse Gurgel em novembro. "Agora, se ele viesse a fazer novas revelações, esse risco poderia se consubstanciar", acrescentou.
Okamotto foi alvo da oposição durante as investigações do esquema do mensalão no Congresso Nacional. Na época, Okamotto presidia o Sebrae e entrou na lista de investigados por ter pago uma dívida de R$ 29.436,26 contraída por Lula em empréstimo feito junto ao PT. Passou a ser classificado como um tesoureiro informal do presidente.
A oposição investigava se o dinheiro do fundo partidário do PT foi usado por Lula para pagar despesas pessoais. Okamotto disse que os empréstimos serviram para cobrir despesas feitas por Lula com viagens e diárias ao exterior em 2001. À CPI dos Bingos, em 2005, Okamotto não explicou por que assumiu a dívida de Lula.
A CPI aprovou na época a quebra de sigilo de Okamotto. Mas uma liminar concedida pelo então presidente do Supremo, Nelson Jobim, impediu que dos dados bancários, fiscais e telefônicos de Okamotto fossem investigados. A CPI dos Bingos foi encerrada nove meses depois de concedida a limitar sem que as informações fossem avaliadas.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Instituto Lula no início da tarde de ontem. A assessoria do instituto, no entanto, informou que Lula e Okamotto não "quiseram comentar o depoimento". Posteriormente, a assessoria informou que Okamotto responderá às acusações "quando souber o teor do documento". Por enquanto, acrescentou a assessoria do instituto, Okamotto não se considera suficientemente informado para se pronunciar. (Estadão)
8 comentários
O Azeredo não é disso. Não acredito.
Replyconvoca convoca logo esses comunistas vagabundos e apertem os rins deles até contarem tudo mas tudo mesmo o que sabem dessa gang lullo13 petista e seus irmãos políticos bastardos.
ReplySó já haver aberto o bico em relação à ameaça já é uma garantia.
ReplyFez bem em contar .
A intimidação faz parte da vida dos malditos. Negar tudo também.
Usar as instituições contra os adversários, nem se fala...
Petralhas!Até yakuza tem.
ReplyAffff... Celso Daniel, sempre este fantasma!
ReplyTalvez a maior novidade é a ameaça de morte, o que colabora para as suspeitas sobre o caso CD. Que elles são desonestos, isso já sabíamos.
Não deixa de ser engraçado que o chantageado, tenha depois virado chantageador... não é Gilmar Mendes?!
Onde está a oposição para fazer uma festa disso aí???? Se ela gosta de proposição, proponho fazer a maior zuada possível com o assunto.
Será que chegará o dia em que veremos ApeDELTA no lugar da historia e da civilização que merece: o lixo e o xilindró, respectivamente.
ReplyO Yakuza Paulo Okamotto é bandido mesmo e deveria estar atrás das grades, não foi ele que agrediu a viúva de um trabalhador que foi pressionar sobre indenização?
Para salvar a pele da cúpula PTista eles matariam até o papa!
ReplyUé... não era o Paulo um kara acima de qualquer suspeita?!!!
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