O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acha que o pré-candidato
tucano ao Planalto em 2014, o senador mineiro Aécio Neves, deve
antecipar seu discurso e se assumir já como postulante ao cargo. Já o
PSDB precisa fazer autocrítica sobre as últimas campanhas, quando o
partido adotou posições que considerou erradas, de cunho moral e
religioso.
Em entrevista ao "Poder e Política" , projeto da Folha
e do UOL, na última sexta-feira (30), o tucano disse: "Eu acho que
nossos políticos precisam voltar a tomar partido, em bola dividida. "A
busca das coisas consensuais mata a política. E mesmo se for o caso de
ser candidato, que diga que é." Aécio deve dizer agora que é candidato? "A ideia de que você precisa
esperar, porque vai ser desgastado, não adianta. Acho que ele deve
assumir."
Na entrevista, FHC também disse que até José Serra também "pode, de repente, ser candidato", mas "não é a tendência no PSDB. Já Joaquim Barbosa, presidente do STF, "tem bom senso" e "não entra
nessa" de se candidatar ao Planalto. "Porque é outro caminho, não é o
dele". Seria um "erro". FHC reconhece que no momento pelo qual passa o mundo, é natural ganhar
força a percepção geral de que o Estado precisa socorrer a economia.
"Enquanto estivermos nessa conjuntura atual, sim", afirma. Só que com
crise externa, "os que estão no governo passaram a ter uma espécie de
perdão para utilizar recursos públicos para reativar a economia".
O ritmo do crescimento do PIB não é algo que dependa só do presidente da
República. "Mas como puseram na campanha que ela [Dilma Roussef] era a
boa administradora, o mal desempenho da máquina, que não dependeu dela,
mas de um sistema, vai cair na cabeça dela". Para o tucano, Dilma não tem um "brilho grande na administração. Não
conseguiu ainda organizar. Não se sabe nem o nome dos ministros. Está
uma coisa meio opaca ainda".
Sobre o mensalão, disse sentir por algumas condenações, como as de José
Genoino e de José Dirceu. "Eles não foram condenados pelos que eles são.
Mas pelo que fizeram (...) Acho um episódio triste. Porque essa gente
ajudou muito o Brasil no passado".
De Luiz Inácio Lula da Silva, que o sucedeu no Planalto, FHC condena a
atitude complacente. "A leniência não quer dizer que participou, nem
estou acusando. É que não reclamou". Engajado num movimento para reduzir o combate violento ao uso de drogas,
FHC acha que em cerca de dez anos usuários não serão mais
criminalizados nem irão para a cadeia.
Aos 81 anos, o tucano faz musculação três vezes por semana. Bebe vinho
("não muito") e whisky ("raramente"). "Durmo bem. Eu gosto da vida,
gosto das pessoas". Está namorando? "Eu estou. Mas não é meio ridículo?
Namorar com 81 anos? Não pode."
Folha/UOL - A crise econômico-financeira internacional colocou na
defensiva as ideias liberais. Essa onda muda a abordagem de partidos
como o PSDB?
Fernando Henrique Cardoso - Os que estão no governo passaram a ter uma espécie de perdão para utilizar recursos públicos para reativar a economia. O PSDB foi um partido muito menos ideológico do que as pessoas pensam. E
também nunca foi um partido que tivesse muito amor pelo mercado. É uma
ilusão, uma impressão. Como todos os partidos brasileiros, as pessoas gostam mesmo é de
governo, é de Estado. Isso desde Portugal, da Península Ibérica. O
grande ator, querido, é o governo. E as pessoas confundem o Estado com o
povo. O que é do Estado, é do povo. Esquecem que o Estado depende de
quem esteja lá.
A propósito, o técnico da seleção brasileira de futebol, Luiz Felipe
Scolari, vocalizou algo correlato a esse pensamento genérico dos
brasileiros. Disse que quem "não quer pressão, vai trabalhar no Banco do
Brasil"...
É injusto porque o pessoal do Banco do Brasil trabalha...
Mas...
Mas o sentimento de muita gente é "vai para o governo para não
trabalhar". Não é. Eu fui presidente, fui ministro. Eu tenho experiência
na máquina pública. A máquina pública brasileira tem gente muito
competente. Mas é inchada. Tem também os que não trabalham. Você toma os que não trabalham como se
fosse generalizado. Não é assim. Nós temos uma máquina pública que tem
competência exatamente porque ela é antiga.
No momento pelo qual passa o mundo, é natural haver essa percepção geral que o Estado precisa voltar para socorrer todo mundo?
Enquanto estivermos nessa conjuntura atual, sim. Mas isso muda. É uma questão com um conteúdo mais pragmático. Nós não fizemos aqui o que foi feito na Argentina, ou mesmo no Chile. Em
alguns setores, em função da escassez de recursos do governo, houve a
capacidade de você transferir novas tecnologias e, para forçar a
competição, houve uma abertura sob controle: as agências reguladoras. Portanto, nunca houve uma espécie de 'desprestigiamento' do Estado.
Houve uma abertura para forçar a competição. Não para transformar o que
era público em privado e o monopólio privado. Veja no petróleo. Nós flexibilizamos com a Lei do Petróleo. Para
permitir a competição. Não privatizamos a Petrobras, nem nunca quisemos.
Nem o Banco do Brasil. Houve até uma discussão. Sempre me opus a
privatizar o Banco do Brasil.
O Banco do Brasil sempre será estatal?
Acredito que vai ser pela nossa tradição. Acredito que vai ser.
Mas o Brasil tem dois bancos estatais grandes... Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal...
Eu sei. Mas é muito difícil, num país como Brasil, acabar com isso. Até
porque essa última crise demonstrou, e a baixa do juros também, que
esses bancos públicos podem ser úteis como política pública para obter
certos resultados.
O discurso mais estatizante hoje está reforçado por causa da crise externa?
Talvez. Depende de como se fale. Veja o seguinte, ninguém está pedindo
para reestatizar as telefônicas. Ao contrário, estão pedindo para fazer
licitação para as rodovias. Estão pedindo para fazer licitação para os
aeroportos. Porque está estrangulado aí. Se você colocar ideologicamente, aí é cara ou coroa. Sabe Deus o que vai
acontecer. Mas, se você colocar de uma maneira adequada e tiver coragem
de explicar e ter convencimento, então faz.
O PSDB nasceu num espectro do centro para a esquerda. Em eleições
recentes, incluiu temas morais e religiosos em seu discurso e se
deslocou para a centro-direita. Por quê?
Eu acho que os dois partidos principais nesses temas acabam tendo que
dizer aquilo que eles não acreditam. Porque supõem o que a opinião
pública queira. Ficam mais conservadores os dois. Não há diferença.
Mas quem puxou a fila foi o PSDB...
Por engano eleitoral. Esses temas são delicados. Eu acho que você tem
que manter a convicção. Você vai lá, pode ganhar, pode perder. Em termos
de comportamento e de valores morais, o PSDB tem que se manter
progressista. Quando não se mantém, não tem o meu apoio. Eu não vou
nessa direção.
Essa guinada moralista foi um erro do PSDB?
Eu não faria. Mas eu não quero estar julgando porque as circunstâncias
são variáveis. E como eu disse, essa guinada é dos dois lados. E a ideia
que prevalece é a seguinte: o povo não quer isso. Pega a questão da privatização. Veja as pesquisas da época. A favor.
Você tem que ganhar a batalha ideológica. Quando você perde a batalha
ideológica, não há o que fazer. Para você poder mudar, para você poder transformar, você tem que estar
com convicção e o apoio da sociedade. Ninguém modifica sozinho.
O sr. tem dito que o PSDB tem que se aproximar mais dos eleitores e do povo. Como o partido fará isso?
Não é só o PSDB. Os partidos, por causa de uma mudança tão rápida no
Brasil, ainda continuam com uma visão de sociedade anterior à atual. A
atual é essa do UOL, da pessoa que fica aí navegando o tempo todo, que
tem informação fragmentada. O interesse dessas novas camadas que estão
em ascensão social não é muito claro. Não é homogêneo. Nós não sabemos. Minha tese é a seguinte: é preciso ouvir. Não é pregar. É ouvir. É reconectar com o que está acontecendo com o país.
Por exemplo?
Eu estudei essa questão de droga. E sou sociólogo. Eu vou ver, fui para a
favela. Vi, ouvi, falei, conversei. Vi a reação, a polícia. Há um
Brasil novo. Mas esse Brasil novo não quer dizer que ele seja todo igual
ao que foi o Brasil do passado e que vai ser todo mundo da classe
média. Classe média é um conceito que confunde. Eu fui um dos primeiros a falar
das novas classes médias, do papel na oposição nisso. Ninguém sabe
muito bem o que é isso. O que essa gente realmente significa. Houve um aumento de fluxo de renda. Medido pelo fluxo de renda, você tem
realmente uma camada enorme. Agora, isso significa o mesmo
comportamento? Não. Porque ainda não foi sedimentada uma cultura, uma
forma de associação, de sociabilidade nova. Os partidos têm que tentar
penetrar concretamente.
Ir até a periferia...
Veja essa última novela da Globo, "Avenida Brasil". É interessante.
Coloca uma temática do que se imaginava que eram os emergentes. Eles têm
uma identidade forte com o seu lugar de origem. E olham até com certa
suspeita a chamada Zona Sul. Como diria o Elio [Gaspari], o andar de
cima. Mas o andar de baixo andou. Subiu. Está não se sabe bem onde. Você
tem que ver como é que eles pensam. Eles têm música. Eles têm interesse
pelo esporte. Eles têm interesse pelo futebol. Eles têm literatura na
periferia. É curioso porque é como uma outra linguagem. O que eu estou dizendo não é só para o PSDB. Tomara que o PSDB vá mais
depressa do que todos. Porque o próprio PT, que tinha um enraizamento
popular, é popular nos sindicatos. É coisa antiga, já existia. Um
movimento social. Esta gente não está no movimento social, não está no
sindicato. Eu os chamo "radicais livres". Eu acho que tem um público
novo e que se os partidos quiserem ser capazes de expressar alguma
coisa, têm que saber exatamente o que é. Uma linguagem nova também.
Para emprestar essa terminologia da medicina, como o partido, o PSDB no caso, vai conseguir chegar aos "radicais livres"?
Em 2013, ano que antecede a eleição, é o momento de os partidos se
organizarem, reorganizarem e conectarem. Você pode chamar os nossos
intelectuais. São bons, ajudam. Mas não é o momento para isso. É para
você pegar desde as prefeituras e chamar os líderes comunitários. O
pessoal que está fazendo futebol de várzea. Os que estão em call
centers, que são milhares. Tentar organizar os que têm blog. Faz
encontros. Não é para entrar no PSDB porque, hoje, essa gente não vai
entrar em nada.
Não é para filiá-los ao PSDB?
Não. É para o PSDB poder ter uma certa interlocução. Para estar junto.
Mas quem no PSDB vai comandar esse processo?
Ontem [29.nov.2012], eu estive numa reunião de prefeitos eleitos, cerca
de 170, em São Paulo. Fiquei muito bem impressionado. Alguns desses
novos prefeitos, e dos antigos também, são pessoas que falam essa
linguagem. Mas é a questão do local. Eles não passaram para o estadual,
nem para o nacional. Tem que pegar essa gente e jogar no estadual e no
nacional. Eles têm contatos. Eles fazem isso.
A oposição parece ter duas apostas para 2014. A primeira é imaginar
que, em algum momento, a nova classe média queira mudar o seu patamar de
exigências e vote contra o governo. A segunda, tentar colar no atual
governo de Dilma Rousseff uma imagem de incompetência administrativa. É
isso mesmo?
Não são as minhas apostas. Eu acho que apostar no negativo é sempre
ruim. É discutível apostar que as pessoas que estão aí, pela mobilidade
[social], vão querer mais e [haverá] uma adesão a esse ou aquele
partido. Eu acho que tudo depende do apelo. Por isso que eu digo que tem que
ouvir. É um erro não entender que você tem que ser ativo no processo.
Você tem que interpelar numa maneira que as pessoas ouçam a sua
interpelação e concordem com ela. Não é simplesmente esperar que
aconteça para você surfar.
Mas e a capacidade gerencial do governo?
Alguém me perguntou a respeito de o PIB ter crescido pouco: 'Isso quer
dizer que a presidente Dilma é má administradora?'. Não. O PIB cresceu
pouco por mil razões. O erro, que eu acho que houve, [por parte] do
governo, é que o governo se colou ao PIB. Não precisava. O Produto Interno Bruto cresce ou não cresce por mil fatores. O PT colou
que no meu período [1995 a 2002] o crescimento foi relativamente
pequeno, 2,6% em média. Muito bem. Mas, na época, a economia mundial
crescia menos que isso e a situação financeira aqui era muito difícil.
Então não se pode atribuir ao governo o PIB não ter crescido. No momento seguinte, o governo do Lula teve sorte. Engatou no bem estar
econômico. O PIB cresceu. Depois, caiu. Não caiu porque o governo [Lula]
tivesse errado. Foi por dificuldades. Eu não acho que se deva colar na
presidente Dilma [a queda do PIB]. Ela é que pode se colar nisso. Aí
fica mal para ela.
O PIB no atual nível afeta o resultado eleitoral?
Se houver desemprego. Se não houver desemprego, a população não sente isso aí. Eu acho que sim. Mas no Peru o PIB crescia, no Chile crescia e perderam
[as eleições] os governos. Não há uma relação mecânica. Sempre depende
do jogo político, de como é que você coloca a questão. Quais são as
questões que vão ser sensíveis naquele momento eleitoral. Depende,
portanto, da ação política. Não depende só da estrutura e dos fatos que
acontecem.
E a oposição deve criticar a administração por eventual falha gerencial?
Deve ser feito porque é bom para o Brasil. Tem que fazer. Não é porque
isso vai dar voto. Pode, eventualmente, dar voto. Se os erros se
acumularem muito. E o erro aqui vem do seguinte: na campanha eleitoral, para viabilizar a
candidatura da presidente Dilma, ela foi apresentada como a grande
gestora. De novo está ligado ao PIB, a mesma ideia. Como se a grande
gestora fosse responsável pelo que acontece no país. Não há mais isso.
Hoje a gestão depende da máquina, depende de outra coisa também. O que está atrapalhando atualmente? Tudo agora parece que é a crise
externa. Não é. A crise só nos beneficiou até agora. Não houve
interrupção de fluxo financeiro e o preço das commodities não caíram.
Não nos atrapalhou neste sentido. O que nos atrapalha é a falta de uma
visão estratégica. Se quiser dizer de outra maneira: as reformas, que eles [integrantes do
governo do PT] não gostam de falar, foram paralisadas. Porque na ideia
de surfar e de distribuir renda, é bom, mas tem limite de longo prazo.
Não pode. Tem que ter crescimento. Obnubilaram a visão do governo de que
precisava mexer em outras coisas mais profundas que não são populares.
Por exemplo?
Como é que vai mexer no mercado de trabalho? Não é popular. Então, não
mexe. O que foi feito com os aeroportos? Nada. O que foi feito com a
energia elétrica? O modelo que está aí, o BNDES financiando tudo. Você e
eu que estamos pagando. E não está havendo capital. Isso e mais a partidarização da máquina diminui a eficiência. A máquina
não era nenhuma maravilha, mas tinha gente boa. Mas houve uma grande
partidarização, dos vários partidos. Até certo ponto sempre há, eu sei
disso, não sou ingênuo. Mas aqui houve o predomínio. A Dilma luta contra
isso, mas está ali meio bloqueada. Isso diminui o desempenho da
máquina. Não é o dela. É o da máquina. Mas como puseram na campanha que
ela era a boa administradora, o mal desempenho da máquina, que não
dependeu dela, mas de um sistema, vai cair na cabeça dela.
Ou seja, a oposição poderá dizer que venderam uma administração de grande eficácia na governança...
...E não está se mostrando assim. A governança está falha. Eu não vou
dizer que esse seja o motivo central de fazer campanha. Campanha é outra
coisa. Depende da conjuntura, eu não sei o que vai acontecer. E depende
de outras coisas. Mas isso [falar da governança] pega quem? Por enquanto, não pega o povo.
O que repercute entre os eleitores?
O povo vai pegar nos seus resultados. Não vai pegar nisso aí. Você sabe
como é o jogo político. De alguma maneira você tem que deixar marcas.
Uma é a da incapacidade de te atender. É na saúde, é na educação, é no
transporte. É aí que vai pegar. É a questão da casa. Está funcionando?
Não está funcionando?
Mas apesar de não haver avanços gigantes nessas áreas, tampouco
pode-se dizer que há uma catástrofe absoluta que possa render
eleitoralmente...
...Mas nunca está uma catástrofe absoluta. Você não perde quando está
uma catástrofe. Se fosse assim era só na tragédia que você perde. Não é
na catástrofe. Não precisa ser catástrofe. É no momento, no estigma e
também na opção. Quer dizer: tem outro melhor? Hoje, ninguém vota em partido e nem sabe a
diferença de legenda. Até porque é difícil. Voto é esse ou aquele. É
bom? É pior? É muito mais isso.
O sr. mencionou numa resposta anterior a discussão sobre drogas. Esse debate deveria ser incorporado pelos partidos, pelo PSDB?
Está chegando a hora. Não sei se já chegou. Esses temas são delicados. É
melhor debatê-los na sociedade do que na via política. A via política
pode reforçar preconceito. E o Congresso não vai nunca tomar a dianteira
nesses temas. Em muito desses temas delicados, o Supremo Tribunal
[Federal] tem ido avante enquanto o Congresso fica para trás. O Supremo
não precisa de voto. Eu acho que o debate na sociedade foi aberto. Não aqui, no mundo todo,
inclusive aqui. Veja o que aconteceu no Rio de Janeiro: a UPP [Unidade
de Polícia Pacificadora]. A UPP não vai lá para matar bandido. Ela vai
lá para desarmar. Não vai lá para acabar com a droga. Porque não acaba.
Se fosse no México, com a pressão americana, iam lá para matar. Uns
matavam os outros. Não é o que está acontecendo. Se a experiência do Rio
pode dar certo ou não vai depender de outra coisa. Vai depender da
capacidade que tem o Estado de continuar presente lá. Porque o problema
do tráfico é que eles dominam o território.
E expulsam o Estado.
Expulsa o Estado. Agora, os traficantes foram expulsos. Continuam
operando, mas não é naquele local e nem com arma na mão. Para isso se
manter, é preciso que o Estado esteja lá. Muitas ações sociais. Não sei
se está havendo. Mas o debate é importante. Antigamente, você dizia: 'Tem que botar na
cadeia, tem que prender'. Agora tem um projeto de um deputado do PT
dizendo que um pequeno traficante que não tenha antecedente criminoso
não deve ir para a cadeia. Não é meu, é dele. Isso era impensável algum
tempo atrás. Discutir o tema.
Mas o sr. diz que talvez ainda não esteja no momento de os partidos incorporarem esse debate?
Talvez ainda não esteja. Eu sou o presidente da Comissão Global sobre
Drogas, no mundo todo. Com gente importante: Paul Volcker, grandes
escritores etc. A que conclusão nós chegamos? Que esse tema não se
resolve só pela repressão, pela violência. A guerra às drogas perdeu. A
Colômbia, depois de todos esses anos de droga que desmantelou muito a
guerrilha, continuou oferecendo ao mercado mundial a mesma quantidade de
cocaína que sempre ofereceu. E o mercado que a absorve são o Estados
Unidos e o Brasil, os maiores. No México, está havendo guerra. A droga, em geral, faz mal. Todas. Álcool, fumo, maconha para não falar de heroína. Todas, em grau diferentes, fazem mal. Ao reprimir não resolve. Por que você não tenta diminuir o consumo, a
demanda, como se fez com o cigarro? Com a maconha, pelo menos. E por que
não se experimenta o que a Europa está experimentando? Produtores
independentes. Ou o que o Uruguai permitiu? Ou o que o presidente da
Costa Rica está querendo?
O sr. considerou positiva a medida do Uruguai?
O gesto é positivo. Como também, eu digo, o presidente da Colômbia,
[Juan Manuel] Santos, disse a mim que ele ia propor a reabertura do tema
na reunião do hemisfério [Sul]. Todos os presidentes concordaram que
tem que discutir o assunto. Que, pela violência só, não se resolve. Você não pode dizer "bom, libera", porque não pode liberar. Tem que
regular. Tem que controlar. Não é simples. Não tem receita. Mas a
atitude é completamente diferente. Quando você vê os discursos do
Reagan, do Nixon sobre drogas e vê o atual, mudou muito. E aqui também.
Quantos anos vai demorar para que o mundo conviva com essa ideia de
maneira mais generalizada e não se criminalize o uso de drogas como
hoje?
O uso de drogas criminalizadas está caindo rapidamente. Não tem sentido tratar o que seja dependente como criminoso, como prisioneiro. Ele é paciente, tem que ir para o hospital.
Quanto tempo o sr. acha que falta para usuários de drogas não irem mais para a cadeia? Isso é coisa para uma década?
É por aí. Digo, [para] não colocar o usuário na cadeia é coisa de uma década. Porque, mesmo no Estados Unidos, está mudando.
Como que o trabalho do Observador tem contribuído para discutir esses outros temas para a sociedade, para o país?
Com menos força do que o UOL, né? [risos] Infelizmente, nós não temos a potência do UOL. A ideia do Observador foi abrir uma tribuna para discutir temas
político-sociais. E que não tivesse a marca de um partido. Que fosse uma
coisa livre. Não tem outro jeito. A discussão dentro do Instituto [iFHC] foi difícil. Como abrir uma
discussão que nós não controlamos? Eu disse: 'Vocês estão enganados. Não
dá para controlar. Quando você resolveu entrar nesse mundo, você não
tem como controlar. É um mundo que tem as suas regras mesmo'. Agora, estamos evoluindo um pouco mais no sentido de começar a discutir,
colocar para discutir temas que tenham um pouco mais a nossa cara, o
nosso endosso. Por exemplo, eu defendo muito a ideia que o problema
nosso do futuro não é uma sociedade rica, é uma sociedade decente.
Uma sociedade decente?
É uma sociedade em que você tem segurança. Onde você tem valores. Onde
você se sente a vontade nela. Onde você tem gosto de estar nela e de
participar. Ela pode ser muito rica. Muito pobre não dá. Mas nós já
chegamos a uma renda per capita de U$ 12 mil. O ideal é chegar a uns U$
25 mil e está uma maravilha. Dobrar. Isso vai levar algum tempo. Mas a
partir do patamar em que nós já estamos não basta apertar o acelerador
para crescer mais. É preciso melhorar. É necessário que as pessoas
tenham educação. Que a família saiba que seu filho vai ter educação. Nós
podemos fazer.
Qual que o sr. diria que são os três principais valores da sociedade brasileira hoje, e que deveriam ser cultivados?
Um é liberdade. Nós temos.
Temos mesmo?
Mais ou menos. Porque essa liberdade é genérica mas não é completamente assegurada. Outro eu diria que é maior igualdade. Estamos longe disso. E o outro nós temos, mas tem que acentuar: nós aceitamos uns aos outros. Tolerância.
Está quase o lema da Revolução Francesa [que era "Liberdade, igualdade e fraternidade"].
É verdade.
Estamos atrasados, hein? [risos].
Não. O mundo todo. A Revolução Francesa não foi tão tolerante assim. A
tolerância é uma virtude e é um perigo. Porque a tolerância pode
descambar facilmente para permissividade, o deslize, a complacência. Não
é isso. É a aceitação do outro mas não a aceitação do desvio. Não é a
transgressão. Estou aqui improvisando. Você está me fazendo dar uma lição de filosofia
política de momento. Mas eu acho que esses são os valores que nós
devemos cultivar.
Há um escândalo novo no país. Envolve uma ex-chefe do escritório da
Presidência da República em São Paulo. Por que esse tipo de escândalo
ocorre com tanta frequência?
A cultura tradicional brasileira é patrimonialista. A confusão do
público com o privado, a família com o Estado. Eu não vou nunca negar
que o presidente Lula deu algumas contribuições importantes ao Brasil.
Mas houve uma regressão patrimonialista. Aceitar como normal a
transgressão. Na cabeça deles não é transgressão. Aceitam que você está
lá, tem que ocupar o Estado, tem que nomear. Isso, que vem da tradição.
Eu sei que existe. Lutei muito contra. Não consegui tudo, mas muita
coisa eu era contra, eu não deixava. Tentava lutar. Nisso parece que
houve uma espécie de: 'Ah! Agora finalmente podemos'. E dá nisso. Esse
último episódio é uma consequência de uma coisa mais geral.
Faltam mecanismos para que a pessoa ou o servidor se iniba?
Acho que sim. Eu criei uma comissão, como tem na Inglaterra, que é de
ética pública [Comissão de Ética Pública]. Para fazer isso, para coibir.
Funcionou até certo ponto, até agora. Agora, você viu que ela acabou.
Porque o governo não aceitou.
O sr. acha que acabou?
Na prática. Depois que cai uma pessoa como o Sepúlveda, dizendo que caiu por essa razão? Então, acabou. Alguns mecanismos funcionam. A Controladoria-Geral da União, eu também
criei. Está funcionando. O Tribunal de Contas [da União], bem ou mal,
funciona. Você tem esses órgãos todos que estão se aperfeiçoando. A própria Polícia Federal está agindo. Eu não conheço o que está por
dentro. A Polícia Federal, quando eu entrei lá, a escola de polícia
estava fechada. Fechada. E havia greve, sindicato. Foram acabando. O
[Nelson] Jobim fez uma reforma na estrutura da polícia. Abrimos a escola
de polícia. E deu continuidade. Não vou dizer que o mérito era nosso,
não. Estou dizendo que nós retomamos aquilo ali e está aí. Está
funcionando. O que eu sempre cobrei do presidente Lula? A leniência. A leniência não
quer dizer que participou, nem estou acusando. É que não reclamou. Não
pode dizer que não tenha havido corrupção no meu governo, mas você
sabendo, você tem que ser contra e tem que.
Nesse episódio específico, o ex-presidente Lula tem evitado comentar.
A presidente Dilma também não comentou, mas demitiu todo mundo no
primeiro momento. Agiram bem?
A presidente Dilma não tinha alternativa. Aliás, ela tem feito isso.
Você pode: 'Bom, ela não vai com a linha de lá'. É verdade. Mas isso não
é por causa dela. Tem um sistema montado. Ela está nesse sistema. Esse
sistema ampliou muito uma tradição que é 'dá cá, toma lá'. É interno.
Todo sistema democrático implica, em algum grau, tem isso. Mas em algum
grau e não com objetivo pecuniário, com objetivo de poder. Esse sistema não foi desarmado. Não é fácil desarmar. Eu acho que aqui,
se há uma instituição que precisa ser repensada, são os partidos e o
Congresso. Porque o Congresso está abdicando da sua capacidade
fiscalizadora. Qual o ponto da oposição? A oposição não tem força para
gritar. Ela fala na tribuna, não sai na imprensa e ela não tem poder lá
dentro para mexer em nada porque é minoritária.
A presidente Dilma Rousseff tem sido reativa nesses casos. Ela reage. É suficiente?
Não, porque está acontecendo. Ela teve que demitir sete ministros num
ano. E não é que o governo dela prime por ter um brilho grande na
administração. Não conseguiu ainda organizar. Não se sabe nem o nome dos
ministros. Está uma coisa meio opaca ainda aí. Eu acho que também tem um lado que é de exemplaridade, de comportamento.
Como agora, a coisa mais importante desse julgamento do Supremo, para
mim, foi o julgamento.
O Brasil mudou, como se ouve?
O Brasil não mudou. Mas houve uns passos aí que são bons. As instituições estão funcionando. Quem é que gosta de ver uma pessoa na cadeia? Ninguém. Eu não gosto. O
que eu fico feliz não é porque botaram gente na cadeia. O objetivo é
dizer: 'Olha, não dá para fazer certas coisas. O Tribunal está aqui'.
Inibe.
O sr. conviveu com alguns dos réus que foram condenados. José Genoíno, José Dirceu. O que o sr. achou dessas condenações?
Eles não foram condenados pelo que eles são. Mas pelo que eles fizeram.
Uma coisa é você ser um bom homem. De repente, eu fico com raiva, dei um
tiro e matei alguém. O que eu vou fazer? Vou para a cadeia.
Eu nunca vi nada do Genoíno, por exemplo. É uma pessoa bastante razoável, boa gente. Assinou uns papeis. O que o juiz vai fazer? O José Dirceu é um quadro. Eu respeito as pessoas que têm qualidade de
quadro. Ele tem. Ele tem estratégia, ele é duro. Ele vai lá, ele ataca. A
mim mesmo, de vez em quando, ele dá uma lambada. Na visão dele, não
quero justificar nada, provavelmente ele agiu achando que estava agindo
para o bem do partido dele e para a ideia dele. É uma visão equivocada.
Então mereceram?
Se os juízes estão certos e o que está lá é assim, então vai fazer o
quê? Eu não torci para que vá para cadeia. Meu espírito não é punitivo.
Mas eu acho que a sociedade existe. Então, você tem que fazer. Errou,
pagou. Acho um episódio triste. Porque essa gente ajudou muito o Brasil no
passado. Poder é uma coisa complicada. Ensandece as pessoas. As pessoas
ficam com um sentimento de que não tem limite. E que nunca ninguém vai
mexer com elas. Não é fácil exercer o poder, viu? Não é fácil. Psicologicamente é muito difícil você entender que é uma pessoa, não é
um rei, um ente especial. Sua vontade não é lei. Que você não vai ficar
sempre acima de tudo e de todos. É difícil. Eu entendo a dificuldade. Mas não justifica. Se você fez e errou, vai
fazer o quê? Lamento. Eu realmente acho que foi uma página triste da
vida política brasileira.
As penas de reclusão são corretas nesses casos?
Não há outras. A pena de reclusão é ruim para todo mundo. É ruim para todos. Pega um
bandido, vai para a cadeia e piora. Você tem que encontrar mecanismos
mais adequados. Aqui, a nossa lei tem uma certa brandura porque tem o negócio da prisão domiciliar, regime aberto. E tem outro lado que o Ministro da Justiça [José Eduardo Cardozo]
reclamou outro dia que é verdadeiro. Nós todos sabemos. É péssimo viver
na prisão. Mas é péssimo para todos. O problema meu é o da igualdade. Se
você não parte do [princípio] de que o cidadão é igual perante a lei,
você não tem democracia. Então, a partir daí, pena é igual para todos.
Eu vou fazer o quê? Lamento.
O sr. acha que o ex-presidente Lula deveria oferecer mais explicações no escândalo mais recente, envolvendo a ex-secretária...
Eu não sei qual é o grau de relação efetiva. Se ele, efetivamente, cedeu
a pressões dela sabendo... Aí, não adianta nem ele falar. Está errado.
Mas eu não posso dizer porque o que eu vejo no jornal não é suficiente.
O PSDB já está com o discurso afinado para 2014?
Não.
O que falta?
Falta o que na esquerda costuma-se dizer "fazer a autocrítica". Hoje
ninguém gosta de falar disso [risos]. Ninguém faz autocrítica. Nós
precisamos também rever. Se você perde uma eleição, pode perder por mil razões. Pode ser que tenha feito tudo certo. Pode ser que não.
Quem o sr. acha que vai estar na urna eletrônica para presidente em 2014?
Hoje, você tem o Aécio [Neves], a presidente Dilma, eventualmente,
Eduardo Campos [governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB],
e, provavelmente, a Marina [Silva, que foi candidata em 2010]. Olhando
hoje, é isso.
Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal?
Eu acho que ele tem bom senso. Não! [risos] Eu acho que ele tem juízo, não entra nessa, não.
Por quê?
Porque é outro caminho, não é o dele. Aí é erro.
No caso do PSDB, o nome de Aécio Neves, é consensual?
É difícil você ter nomes consensuais. Eu acho que o PSDB tem que se
habituar à prévia. Se não houver combatentes... será [Aécio Neves o
candidato do PSDB a presidente da República em 2014].
José Serra?
O Serra é o quadro político mais preparado. Vou te contar só um caso.
Quando foi a eleição, uma delas aí em que ele [Serra] foi candidato a
presidente da República, ele veio dizer a mim que talvez fosse melhor eu
ser candidato, eu, Fernando Henrique. Aliás, os três me disseram, o
Geraldo [Alckmin], o Serra e o Aécio. Eu brinquei. Com o Serra eu não
brinquei. Com o Serra eu disse: 'Ô, Serra, você está enganado. Hoje o
melhor não sou eu, é você. Porque você está muito preparado, você é
competente e você quer ser. Eu já fui. Já não tenho mais aquele elã, que
o Brasil precisa'. Então essa é a minha opinião sobre o Serra. O Serra é
um tipo preparado, competente. Agora, não sei. Como é que ele vai
manejar a vida? Porque eu tenho para mim a ideia de que, a partir de um
certo momento, você não tem mais essa energia de idade. Eu, por
enquanto, não estou completamente gagá. Mas eu não aceitaria uma posição
de presidente da República, de forma alguma. Nem se fosse um outro
sistema, de primeiro-ministro. Porque eu sei o peso que é aquilo ali. E
eu não tenho mais, digamos assim, energia vital para isso.
O que o sr. vislumbra que poderia ser uma contribuição de Serra em 2014?
Primeiro, ele pode, realmente, de repente, ser candidato. Ninguém pode dizer que não.
A presidente?
A presidente. Ele pode. Neste momento, eu diria que não é a tendência no
PSDB. Em matéria de idade, ele ainda tem tempo. Ele é forte
fisicamente. Se isso não for. Eu acho que ele tem... Bom, cada um faz o
que quer da sua vida. Eu acho que o Brasil precisa de gente que tem capacidade crítica,
capacidade de pensar, de falar, de escrever, de pregadores. O Serra é
bom, ele é competente, ele é firme intelectualmente, ele sabe fazer
crítica. Ele é estudioso, ele é minucioso. Ele tem uma poderosa mente
analítica. Ele poderia preencher um papel grande, político e social.
Como?
Escrevendo, pregando, fazendo conferência.
Não concorrendo a nenhum cargo?
Para quê? Eu nunca quis concorrer a cargo nenhum.
Aécio deveria, talvez, acelerar a busca do discurso ideal para, eventualmente, ser candidato?Acha que já está na hora?
Acho, acho.
O que Aécio deveria fazer objetivamente?
Assumir mais publicamente posições.
Por exemplo?
Por exemplo, agora mesmo, comentar o que está acontecendo no dia a dia.
Esse escândalo atual de tráfico de influência?
Escândalo não é o campo favorável. Mas pega uma coisa concreta. Pega
saúde e vai lá em cima. Ou veja a questão da energia. O que aconteceu
com a Petrobras. Tomar posição.
Ele tem falado às vezes no Congresso...
Tem falado, tem falado.
É o suficiente?
Não, porque o Congresso hoje, a tribuna nossa é fraca.
Ele deveria fazer o quê? Viajar?
Eu acho que sim. Falar, fazer conferência, viajar. Eu acho que nossos
políticos precisam, cada vez mais, voltar a tomar partido, em bola
dividida. A busca das coisas consensuais mata a política. É bola
dividida, entrar na bola dividida, e discutir. E mesmo se for o caso de
ser candidato, que diga que é.
Podia dizer agora, não tem problema?
Eu acho que a ideia de que você precisa esperar, porque vai ser
desgastado, não adianta. O que tiver que ser desgastado, vai ser. Acho
que ele deve assumir. Está bom, o Serra também quer ser? Vai ser.
Briguem. Pode ser que eu esteja insistindo num tema que não precisaria
insistir tanto. Mas acho que o povo cansou da mesmice. As pessoas têm
muito cuidado, até mesmo de criticar. Não sei porque tanto cuidado.
Quando eu estava no governo ninguém tinha cuidado de me criticar, diziam
o diabo, não é? Quase todo mundo tem cuidado de tudo. Por que ter
cuidado? Errou, fala. Pode ser que não tenha razão ao criticar. Mas
assuma uma posição. Eu acho que o PSDB tem que assumir uma posição. Você
vê os discursos parlamentares, dá até pena. Porque alguns são muito
bons, está lá dito, mas não ecoou. Então tem que buscar um caminho de
ecoar isso. Política é gesto. Política é um pouco de teatro. Não é só.
Mas é um pouco. Vou reiterar o que eu digo sempre: não haveria mensalão
se não houvesse Roberto Jefferson [presidente nacional do PTB, que
delatou o esquema]. Não haveria. Ele teatralizou. Então, eu acho que
precisamos de atores nesse sentido. Não na falsidade.
Faltou isso ao PSDB?
A todos. Não falta ao Lula, que sabe se expressar. E inventa uma
história. Pode não ser verdadeira. Muitas vezes não é. Mas ele faz
algumas coisas para convencer. Precisa disso. Precisa de entusiasmo.
Você não pode ser água morna. Tem que ter entusiasmo. Você tem que ter
indignação, irritação.
O marqueteiro do PT disse que o ex-presidente Lula pode ser um bom candidato a governador de São Paulo. O que o sr. acha?
Eu acho que o presidente Lula nunca vai ser o número dois em nada. Ele não aceita. Não é o estilo dele. Ele quer mandar em tudo.
Está em risco a hegemonia do PSDB em São Paulo?
Em risco sempre está. Tem que abrir os olhos. Mas temos condições. Nesta
eleição [municipal de 2012], com tudo que foi feito sobre o Serra ele
teve 40 e poucos por cento dos votos. Na capital.
Presidente, o sr. está com 81 anos?
É. Isso é chato.
Como está a saúde?
Está boa.
Tem feito check-up?
Sistematicamente. A cada quatro ou cinco meses eu faço aquele negócio de sangue.
Tem alguma recomendação especial?
Gostar da vida. E gostar das pessoas. E não se privar de nada, quando puder, né? E não exagerar. Eu faço um pouco de exercício.
Qual exercício o sr. faz?
Faço musculação. É vai lá [em casa] gente, duas, três vezes por semana eu faço lá. Rigorosamente.
Anda na esteira?
Eu não gosto de andar, mas me obrigam. Mas eu gosto mais de fazer
musculação. Máquinas e aquela coisa toda. Eu faço. Eu como bem e não
muito. Eu bebo vinho. Não muito. E, às vezes, whisky, mas raramente.
Nunca nada muito. E durmo bem. Eu gosto da vida, gosto das pessoas.
O sr. fumou alguma vez na vida?
Nunca. Eu sou careta [risos].
E como está a vida pessoal?
Está boa. Muito bem.
Está namorando?
Isso é o que dizem por aí. Mas dizem tanto, que eu acabo acreditando [risos].
Mas está ou não está?
Eu estou. Mas não estou dizendo que acabo acreditando?
Então tá.
Mas não é meio ridículo? Namorar com 81 anos, não pode.
Por quê?
Mas, no meu caso, eu não penso que eu tenho 81 anos. Então vai [risos]. Eu tenho uma vida boa, afetiva. Meus filhos estão aqui sempre comigo.
Quase toda semana tenho filhos aqui. E tenho muitos amigos. Muitos.
Tenho uma vida, digamos, social, não no sentido de society, mas no
sentido de ter com quem almoçar, intensíssima, o tempo todo. Viajo
muito, o tempo todo. Semana que vem eu vou aos Estados Unidos e para a
Espanha. Eu vou aos Estados Unidos na quarta-feira [5 de dezembro de
2012] porque na quinta, ou por aí, na quinta-feira eu vou lançar esse
filme sobre drogas numa versão global que fizemos com o Richard Branson e
que vai ser lançado no Google. Eu vou estar lá presente.
Que dia que é?
6 ou 7 de dezembro, agora. Depois eu vou à Espanha, eu tenho uma reunião
em Salamanca. E a Fapesp, de São Paulo, com o Celso Lafer, que é o
presidente. Tenho uma reunião lá com reitores. Eu tenho doutorado
honoris causa em Salamanca, pediram que eu fosse. Eu vou e volto para
cá. Isso eu faço com frequência. Faço com prazer. Semana passada eu fui a
Alagoas. Aí voltei. Fui a Lindóia fazer uma conferência para uma amiga
minha, a Elza Berquó. Sobre demografia. Fui a Campinas, almoçar com um
comandante do Exército que foi meu ajudante de ordens. Vou e volto. Hoje
eu já fiz uma palestra de manhã. Vou fazer outra daqui a pouco. Então,
tenho energia. Tem que ter modéstia também. Não é como era no passado.
Isso é conversa. Ninguém com 81 anos é igual era 10 anos atrás. Não é.
Leiam aqui o post de Reinaldo Azevedo sobre a entrevista de FHC. Cai o último bastião de apoio aos tucanos na mídia. Este aqui, vocês sabem, já caiu faz tempos. É um blog modesto, mas sincero.
Leiam aqui o post de Reinaldo Azevedo sobre a entrevista de FHC. Cai o último bastião de apoio aos tucanos na mídia. Este aqui, vocês sabem, já caiu faz tempos. É um blog modesto, mas sincero.
47 comentários
Lutei comigo mesmo para não comentar os últimos posts do Coronel sobre FHC. A prudência venceu, nada escrevi. Reinaldo Azevedo detonaria indiretamente, claro, tudo o que eu houvesse escrito. Sim, ele dá razão ao Coronel. Leiam, amigos, copiem e guardem. O Coronel e o colunista da VEJA nos ensinam. Procuremos pelo que pode dar certo. No momento, não parece ser o PSDB.
ReplyCoronel,
ReplyVamos fazer uma "vaquinha" e mandar o Maconha para a uma "Casa Geriatrica do Pensamento".
Defendendo mensaleiro?? Certamente, elle ajudou o Lulla&PT em 2002, 2005, 2006, 2010, 2012.....
JulioK
Sr Coronel:
ReplyO sr sabe o que penso,esse velho covarde quando fala parece que queimou um matinho estranho.
FALTA PROJETO,FEITO POR HOMENS DE CORAGEM.
Não vou perder mais tempo com um DECRÉPITO.
Saudações
Ps Sr Coronel,mostre seus textos cobrando projetos em 2010
Esse FHC, a despeito de suas realizações, não passa, enquanto oposicionista, de um paspalhão. O cara não faz outra coisa senão dar milho pra bode. Aliás, só temos um tosco como Lula da Silva no governo (agora, no terceiro mandato) porque temos FHC coamndando a “opopsicinha”, que é a “oposição a favor”. O episódio mais emblemático disso foi o conluio dele com os gatos (não seria melhor dizer ratos?) do PT pata barrar o pedido de impeachment do Lula da Silva. Mas há outros, como o puxa-saquismno em relação à Dilma que, em contrapartida, já o “esbofeteou” em público.
ReplySinto muito, mas esse cara já anda me dando nojo!
A verdade é que o FHC entregou o Brasil para um PT que ele idealizava. O que de fato chegou ao poder não é o mesmo, é um entreguista para o grande capital mundial. Assim, o Brasil vai parando devargarzinho, em todos os setores, enquanto a petralhada cuida mesmo é de recrudescer a censura e de se eternizarem no poder, à semelhança de Cuba. A grande pergunta hoje é se queremos ser de fato uma Cuba amanhã.
ReplyEsse sujeito é um traste.
ReplyFHC defende a tolerância, pois bem, veja como Nova York fez com a tal "tolerância" defendida pelo ex-presidente, abaixo trecho de uma reportagem sobre a diminuição da criminalidade em NY, EUA:
Reply"A cidade de Nova York viveu no último dia 26 de Novembro, um dia histórico. Pela primeira vez em sua memória – considerando o surgimento das estatísticas sobre segurança pública –, a metrópole americana passou um dia sem crimes violentos e serviu para a polícia ressaltar que a cidade caminha para registrar sua taxa de homicídio anual mais baixa desde 1960. Desde a década de 1920, quando começaram as estatísticas
sobre o crime em NY, a cidade viveu seu pior momento em 1990, quando registrou 2.245 assassinatos.
Em poucos anos, no entanto, políticas adotadas pela prefeitura, como a de "tolerância zero" e reforma da polícia,
resultaram em redução brusca na criminalidade ao ponto de transformar Nova York, atualmente, na mais segura das grandes cidades americanas" (Folha de S.Paulo).
OU SEJA, EM NY OS AMERICANOS ADOTARAM A POLÍTICA DE TOLERÂNCIA ZERO E CONSEGUIRAM DIMINUIR A CRIMINALIDADE !
Agora, perguntem ao FHC pra ele indicar um país no qual há mais tolerância, por exempo, comsumo de drogas, e o criminalidade diminuiu ?
Com certeza, ele não saberá responder.
Pois não existe !
Em todos os países que aumentaram a tolerância, a criminalidade aumentou ou permaneceu igual.
FHC precisa de uma dose cavalar daquele chá chamado Simancol. Dizer que Zé Dirceu e Genoíno ajudaram muito o Brasil no passado é passar um atestato de gagá.
ReplyCom certeza, as derrotas para o PT foram falta de discurso, e idéias, com isso, alta popularidade do Governo e da Presidente,
ReplyBasta. Chega. Dá vontade de vomitar. O espírito dele é de lesma ou de salamandra. Gente assim é que faz do Brasil a neo-colônia internacional.
ReplySenador tucano do Paraná criticou seu partido, recentemente. Disse temer reação da sociedade em, face do que acontece. Ele está errado. Somente via um partido, comandado por homens intransigentes, essa bagunça vai ter solução final.
Cada dia fica mais claro que, na verdade, o FHC adora o PT e o Lulla, essa coisa de sociólogo da USP assistindo um ex-operário no poder, etc...
ReplyO Brasil necessita uma oposição que seja conservadora, que pregue claramente seus valores, sem rodeio, caso contrário, petezada muitos anos ainda no poder.
Ajudaram muito no passado?!!!!
ReplyEsse FHC pirou o capacete!!!
Só podia ser sociologo mesmo...
Duas figuras que precisam sumir do mapa político - URGENTEMENTE - e para o bem do Brasil - FH e Luiz Inácio - elles condicionam e impedem o verdadeiro debate das coisas da política.
ReplyO velhinho sem-vergonha insiste em dar palpite infeliz e Luiz Ignorácio esfarinha pouco a pouco. Acho que até 2.014 nos livraremos destes dois encostos.
Quanto à oposição eu pergunto - e a senadora por Tocantins não vai falar nada? O capítulo do Código Rural já se esgotou. Se FH diz bobagem quando fala, os mais novos nos ensurdecem com o seu silêncio covarde.
Sds
Coronel,
Replynão dá mais para aguentar esse babaca. Sendo o grande responsável por essa corja está no poder, defender o José Genoíno e José Dirceu no passado, quando esses bandidos queriam implantar o comunismo no Brasil, mostra quem realmente é o FHC. O Lula de gravata.
Prá apanhar do PT, como ele apanha, e ainda assim ficar cheio de dedinhos para chamar os petistas pelos nomes que merecem ser chamados, só mesmo sendo uma pessoa muito desonrada. Esta sr. é o líder das 'Genis' tucanas, que parecem sentir um certo prazer sádico em levar porrada do PT. Não dá prá contar com ele se quisermos transformar o Brasil em algo mais decente no futuro.
ReplySem comentários...estamos num mato sem cachorro...
ReplySem oposição, sem opção, sem esperança alguma...
Do jeito que vai a toada, o PT e associados vão ficar 50 anos no poder. Está feia a coisa!
Aécio candidato em 2014?! Fala sério! Será o boi de piranha da Dilma. O PSDB está perdido mesmo!
Cansei do PSDB e de suas cabeças coroadas, baluartes do pensamento nacional, supra-sumos da política.
É muita trapalhada para um partido só, é muito cacique e pouco índio.
A última vez que votei no PSDB foi no Serra em 2010: agora só anulo ou voto em gente de fibra e raça.
Os paulistas não esquecem 2010, aguardem que a vingaça vem fria!
AÉCIO: NEVER!
KATIA ABREU PRESIDENTE EM 2014.
É inegável o legado de FHC pra o Brasil, mas politicamente perderam o foco, após a entrada do PT em cena. Os métodos de fazer política mudaram, pra pior, claro, e os tucanos não assimilaram, ignoram a natureza do adversário ou se fazem de moucos. Ultimamente os tucanos vivem de migalhas e não se envergonham, se acovardam diante da bandeira de oposição, com raros exemplos, como Alvaro Dias! Acho que FHC deveria ficar calado, se não vai ajudar a desbancar essa quadrilha que tomou conta do país!
ReplyFHC é coisa do passado que insiste em permanecer vivo!
ReplyVá lá curtir o seu baseado e para de falar besteiras seu capacho de esquerdistas quadrilheiros e ladrões!
FHC, infelizmente, foi o grande responsável pela subida ao poder da organização criminosa chamada PT! Nunca apoiou o Serra, pelo contrário. E pensar que ele estabilizou e deu um certo rumo ao país! Acho que sempre foi meio louco... cria alguma coisa para depois destruir. A cada dia que passa está cada vez mais maluquinho. Não sei se é a erva ou sempre foi um comunista enrustido!
ReplyCel
ReplyOs vacas sagradas do PSDB só vivem do passado! Devido a seus erros o PSDB esta desde 2002 em franca queda. Até em São Paulo.
Partido que começa a ocupar o espaço deixado pela Oposição é o PSB.
Agora Inês é morta.
Átila
Coronel, o senhor deveria comentar a iniciativa de jovens que vão recriar o ARENA - Aliança Renovadora Nacional, como um partido conservador e de direita.
ReplyEste "senhor"que chamou os aposentados de vagabundos,criou o Fator Previdenciário,defende drogas e drogados,deveria estar internado a muito tempo.Prá nossa sorte já está com 81 anos e em breve estará nos braços do Capeta ,pelo mal que nos causou...
ReplyFHC:cebolório!/Bebe e baba salgalhada/ à semelhança do Lula./É fagácea ruderal,/diz tudo de si na frase:/"Porque essa gente ajudou/muito o Brasil no Passado"./Deplora a condenação/de Dirceu seu Genoino.../Isto equivale a dizer:/"Viva a grande guerrilheira,/morram as Forças Armadas!"/Tornar-se-à muito em breve/um risível farfalhão/ que enludra a biografia./
Replyde uns tempos para cá, a cada entrevista FHC é mais decepcionante! Sua referência à dupla criminosa José Genoino + José Dirceu, considerando-a ter prestado serviços ao país, extrapolou. Sem considerar as atividades terroristas. Quando presidente, foi seguido e vaiado por oito anos, por uma claque organizada quiçá pela dupla acima. Esqueceu-se? Ou perdoou?
ReplyComo diria o Romário sobre Pelé: "FHC calado é um poeta."
ReplyMaldito, ajudou o PT a criar sua ditadura vermelha, e agora vem defendendo bandidos.
ReplyÉ mais uma prova de que a esquerda não presta.
ReplyDemência senil.Esquerdopata.Porque não te calas?
Coronel, tá doido que eu vou ler toda essa porcaria deste que era velho antes de ser sequelado.
Replyporra, essa merda de entrevista tomou metade do blog...
Replyeh um boca de fossa mesmo...
só falou merda e de quebra ainda deu certeza aos eleitores que ainda estavam em duvida se o PSDB era mesmo um PT do B, como dizem por ai...
duvidas esclarecidas...
Blá blá blá blá...
ReplyBlá blá blá blá... blá.
Blá, blá.
Blá blá blá blá...
Huhhhhh... (tomando fôlego)
Blá blá blá blá...
Blá blá blá blá, blá blá blá blá blá blá, blá...
blá, blá, blu, biiii, bibobu, bibobutaca, piiiii, zigugaga, gagá.
Nhanha, nhonha, nhonho, nhonho. Ah....
Nhonhô gagá, nhonhô gagá, gagá gagá.
FUI MUUUUUUITO SUTIL????????
Quero um partido de direita, que me represente.
ReplyQUERO UM PARTIDO DE DIREITA, QUE NÃO TENHA MÊDO DE SE DIZER DE DIREITA.
BASTA DE SER CONDUZIDO PELO POLITICAMENTE CORRETO, QUE É PAUTADO PELA ESQUERDA, QUE É FAJUTA E PELO ÚLTIMO PARTIDO ÉTICO DO BRASIL: o pt.
Ser de direita e conservador e reacionário é ter princípios morais democráticos, cristãos e republicanos.
A direita é a única salvação do Brasil.
A esquerda só tem vagabundo, incompetente, bandido e corrupto.
CALA A BOCA, FHC!!!!!! PETRALHA ENRUSTIDO!
Com respeito ao blog,mas quero que FHC vá à merda,este velhote não perde a oportunidade de ficar calado.
ReplyO ESCROQUE não merece tanto espaço. Foi tão danoso ao país como seus amigos petistas.
ReplyEste ex eh um retardado, sera o efeito da cannabis? Acredito que ele eh um petista infiltrado, ou como sociologo virou FHC do B?
ReplyAs palavras que poderiam definir o meu pensamento sao impublicaveis........
Sei não pelo que o FHC FALA o PT tem algum dossiê contra ele , nunca vi um cara tão apático diante dos acontecimentos ninguém se mexe tá todo mundo na mão do PT todos da oposição tem um podre e o PT descobriu só pode , o país coberto de lama e ninguém faz nada e o FHC que colocar o Traecio na jogada é brincadeira na primeira ele vai ladeira abaixo Traecio não voto nunca e se oPSDB continuar assim é o fim do partido,uma dica pro Serra pelo amor de Deus saia do PSDB funde um partido lança gente nova saia desse ninho de cobras que só olha para o proprio umbigo você é muito mais que o PSDB na eleição para presidente e deixou ser massacrado depois paRA ACABAR DE VEZ COM O Serra lançou para prefeito sabendo que não era a hora , mas trabalhar a imagem do SERRA PARA A PRÓXIMA ELEIÇÃO .Queimou o Serra só para dar o lugar ao Traecio.
ReplyVergonha FHC .
Mais do que um sintoma, esta lamentável entrevista é a prova definitiva de que FHC é o adversário mais desleal que José Serra já teve.
ReplySeu comentário está aguardando moderaçãoDesculpe FHC, mas o PSDB jamais conseguirá ser um partido de oposição aos petistas, O PSDB é muito lerdo , e se formos analizar o tanto de oportunidades que o PSDB teve para varrer os petistas do governo e não soube aproveitar, e não aproveita até hoje. Um partido para tirar os petistas do governo TEM que SER UM PARTIDO DE DIREITA, DIREITA MESMO!!! Nos moldes da extinta ARENA. Não pode ter um discurso dubio , fraco , tendencioso ,não pode ficar com panos quentes para não melindrar esse ou aquele… TEM QUE POR A CARA A TAPA DE VERDADE. Tem que chutar o pau da barraca e mostrar ao povo o que esta acontecendo.
ReplyDe boa, como dizem os jovens, meu sonho é que a senadora Kátia Abreu se habilitasse à presidência da república. Em outras palavras, ela passasse a considerar seriamente a ampliação de sua agenda, hoje restrita à agricultura e ao meio ambiente. Infelizmente, encontra-se ela emparedada num partido de aluguel. Mas a coragem a que FHC se refere, só a senadora pelo Tocantins tem.
ReplyPara quem não sabe a maior qualidade do FHC é o cinismo.
ReplyFHC está ajudando a enterrar o PSDB, se somos oposição, temos que ser a favor da família, contra drogas, contra aborto, contra a má administração que está aí, contra a corrupção, queremos bandidos, traficantes e consumidores presos (talvez até em hospitais para tratamentos), mas, não foram obrigados a se viciarem, liberdade de expressão. Quanto a Genoíno e Dirceu,que bem fizeram ao Brasil? Nunca lutaram pela democracia e sim pelo comunismo, como terrorista "pegaram em armas", lí outro dia sobre a guerrilha do Araguaia o que fez o grupo do Genuíno, mutilaram pessoas e mataram. Gente pobre do local, que nada tinha a ver com a "causa". Admirava FHC, mas isto é passado.
ReplyEu acredito que o Tio Rei também esteja à frente de um blog sincero, Coronel.
ReplyE nenhum de vcs dois precisa ser modesto, pois ambos são excelentes no que fazem.
FHC não pode ser culpado da derrocada do PSDB.
ReplyPode-se concordar ou discordar dele, porém, o que ele está falando é verdade. E isso vem ocorrendo há tempos.
Se o partido o isolou, pois ficou com medo da propaganda de descrédito que o PT realizou, ai já é outra coisa.
Se o PSDB ficou com medo de defender as ´privatizações e a estabilização da economia com o Plano Real, o que tem FHC a ver com essa covardia?
Onde está algo de errado no que ele diagnostica na entrevista? Ah, não bate Lula e Dilma? Não da forma como talvez devesse. Mas, tem a coragem de dizer que os dois governos foram e estão sendo maus gestores.
Serra em duas campanhas quis mostrar que seria "melhor para continuar a obra de Lula".
Ou não foi isso que ele fez nas campanhas?
FHC aponta caminhos novos e novas interlocuções.
As crítica a FHC só atendem ao PT e afundam ainda mais o PSDB.
Assim, desde há tempos, pode-se considerar mais quatro anos para a atual presidente e mais quatro ao PT ou aliado do PT em 2018.
Se era pelo que lutavam, conseguiram o intento.
FHC não tem nada a ver com isso.
Talvez em 2022, alguém entenda o que FHC quis dizer.
Só fiquei brava com uma coisa que FHC disse, em nenhum momento o PSDB nas campanhas discursou sobre assuntos religiosos e morais, me irrita, quando esses jornalistas e agora até o FHC atribuem ao partido essa idiotice. O resto para mim é apenas a opinião de um Sr. de 81 anos, ele tem todo direito de dizer o que pensa, mesmo que não se concorde.
ReplyO boca de esgoto, o X9 pode ter ajudado quando entregou a corja comunista para tirar o dele da reta, o outro ajudou não fazendo borra nenhuma.
ReplyFhc já fosse marromenos, hoje vives defendendo a corja que esta no poder, quando é notório que os petralhas não estão no poder para trabalhar pelo bem do Brasil e sim pelo bem da corja tão ruim quanto eles.
Depois de ajudar a queimar o Serra vem a besta do FHC apoiar o Traécio. Boa parte da culpa pelo PT ser eleito vem deste ignorante.
ReplyOs partidos que tem trabalhadores e democrata, democrático no nome SÃO PARTIDOS COMUNISTAS DESLAVADOS OU NÃO SAÍRAM DO ARMÁRIO. Os militares não foram de direita mas direitos e foram socialistas no regime econômico, um enorme estatismo, a Arena ( o maior partido do ocidente )que discursava como se direita fosse e Sarney, lobo cleptocrata hoje aliado fiel de Lula e restante da quadrilha foi o último presidente da Arena e também o único do PDS ( hoje PPB ) mantém o número 11 da Arena.
ReplyFazer um partido com o discurso de políticos da Arena seria o melhor mas com regime liberal de economia e capitalismo com estado pequeno, como países desevolvidos. Partidos de direita com economia socialista, o PRI mexicano, Arena (Brasil) não foram de direita e sim DISCURSO ANTICOMUNISTA em país socialista.
*** Na década de 70, o Estado era dono de 70% DO PIB em estatais e a inflação era o principal imposto da economia. O país é viciado em inflação como um cocainômano tem que ficar longe de cocaína. ou um cachaceiro LONGE DA "água que passarinho não bebe", etc...
Fernando Henrique diz que não está gagá, mas quero avisá-lo: Presidente FHC, sinto lhe informar: O senhor está prá lá de gagá, o senhor está com a doença do alemão Al.
ReplyÉ triste, mas é verdade.