O presidente nacional do DEM, o senador potiguar José Agripino, acha que
a oposição só terá chance de vitória em 2014 se ampliar a minguada
coligação de partidos que hoje são contra a administração federal do PT. Mas o líder do Democratas não sabe ainda como fazer para atrair mais legendas além da sua própria, do PSDB e do PPS. Em entrevista ontem à Folha e ao UOL, Agripino afirmou que a presença de Eduardo Campos (PSB) na corrida presidencial é importante para ajudar a oposição.
O recado principal do dirigente do Democratas é que há ainda um caminho
longo para viabilizar um nome competitivo na disputa de 2014, quando a
presidente da República, Dilma Rousseff, deve disputar a reeleição. Ao comentar as chances do principal postulante do PSDB para o Planalto, o
senador e ex-governador Aécio Neves (MG), Agripino faz um comentário
cético: "É um nome da melhor qualidade. Agora, o que é preciso não é ter
candidato. É ter candidato para ganhar a eleição".
Aécio Neves não é para ganhar eleição? "Pode ser. Eu tenho a consciência
de que só as oposições unidas não têm chances na medida certa para
começar uma campanha com perspectiva real de vitória neste momento." A atração de partidos do campo governista dependeria do grau de
insatisfação dessas siglas com o tratamento que recebem do PT. O
presidente do DEM diz manter contatos com PMDB, PSB e PP, todos
pró-Dilma.
Tudo está no campo das conjecturas. "Fixar neste momento, em dezembro de
2012, que a perspectiva de aliança pode ser com A, com B e com C seria
até excesso de pretensão de minha parte." Numa política de boa vizinhança com o PMDB, o DEM vai apoiar os nomes
dessa legenda para presidir as duas Casas do Congresso. A eleição é em
1º de fevereiro e os nomes peemedebistas são Henrique Alves (RN) na
Câmara e Renan Calheiros (AL) no Senado.
O DEM encolheu ao longo da última década. Atualmente, tem apenas 28 deputados e é somente a sétima maior bancada da Câmara. Agripino quer chegar a 40 deputados e a 6 senadores em 2014. Mas não
cita nomes novos como puxadores de votos. Só políticos tradicionais, que
estão sem mandato e voltarão às urnas daqui a dois anos, como Marco
Maciel, Moroni Torgan, José Carlos Aleluia e Paulo Souto.(Folha de São Paulo)
4 comentários
Poderiam começar mudando o nome do partido.
ReplyDesse jeito esse pessoal não vai a lugar algum. Quem perde é o país. Eles têm medo. Vi isso no rosto de um grande senador, outro dia.
ReplyDesse jeito o Brasil não passará, jamais, da posição de grande colônia internacional, posição que discretamente ocupa.
Para que se unir?
ReplyPara não fazer nada?
Os escândalos do Mensalão e do Porto Seguro aí e ninguém, a não ser o Senador Alvaro Dias, diz nada.
Estão a lançar candidato para presidente.
Que hora mais inapropriada. Deveriam estar fazendo o maior barulho em torno destes escândalos.
Mas não estão.
Parece que querem ajudar o governo.
Por que? É um mistério.
Tree
A Dilma está numa sinuca de bico, se manter o Temer como Vice, vai concorrer re-eleição com o Aécio e Eduardo Campos. Se colocar o Eduardo como Vice, vai perder o PMDB que vai apoiar o Aécio.
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