Aliado do ex-governador José Serra e um dos articuladores de sua campanha, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse nesta segunda-feira que o tucano saiu derrotado na disputa pela prefeitura de São Paulo por "negligência política" do PSDB. Ferreira afirmou que o partido não fez articulações com a sua "base", especialmente nos locais onde Serra teve maior derrota na capital paulista. "Por que o resultado adverso? Porque a ação administrativa não foi acompanhada da luta política, da articulação coma base na sociedade, com o distanciamento da população e a burocratização da estrutura partidária", afirmou.
O senador disse que em bairros da capital paulista onde o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fizeram obras e "ações de qualidade", Serra perdeu para Haddad. "Eu faço autocrítica ao meu partido. Não relaxamos um segundo na oposição à prefeita Marta Suplicy, coisa que não fizemos depois." Ferreira disse que a versão de que Serra abandonaria a prefeitura para disputar outros cargos majoritários também prejudicou o tucano. Em 2006, ele deixou a prefeitura para disputar o governo do Estado, mas Ferreira disse que "cuidou da capital durante todo o seu mandato". O senador disse que deixa a eleição "empoeirado e com algumas cicatrizes", numa derrota "dolorida" de Serra.
Numa crítica ao PT, Ferreira disse que o ex-presidente Lula "perdeu a noção dos limites" ao fazer críticas pessois a candidatos da oposição. Mas admitiu que sua opção por Haddad, deixando de lado nomes como os ministros Marta Suplicy (Cultura) e Aloizio Mercadante (Educação) em São Paulo, foi vitoriosa. "O presidente Lula se mostrou profundamente desastrado em outros lugares, como no Recife, mas se revelou clarividente em SP ao afastar duas figuras que haviam tentado a supremacia das eleições sem ter conseguido sucesso."
Na opinião do tucano, o PT sofreu derrotas no Norte e Nordeste que reduzem a sua hegemonia em regiões que eram "zonas exclusivas do PT" - especialmente em capitais como Fortaleza, Salvador e Recife. E também perdeu o apoio de "aliados históricos", como o PSB de Eduardo Campos. Sobre o governo de Fernando Haddad, Ferreira disse que a "principal contribuição" do PSDB à sua gestão será a cobrança constante. "Faremos uma fiscalização rigorosa, cotidiana, intransigente de suas promessas." Mas afirmou que o PSDB não pode "subestimar o valor do adversário", embora questione o poder do "novo" nas eleições deste ano. (Folha Poder)
23 comentários
Pessoal,
ReplyEssa já foi, mais esta já foi, e uma estranha coincidencia, 44% votaram em Serra, outra vez. Será que somos os fieis?
Mas isso não tem nada haver com o mensalão. No julgamento, quem deve tem de pagar e vai pagar. Uma coisa é uma coisa e lá no julgamento é outra coisa. Uma vitoria aqui, não alivia a outra. Se o Marcos Valerio abrir a boca de vez, não vamos perdoar o velhaco, vai ver o sol nascer quadrado.
Serra foi colocado em uma fria danada...
Replytodos sabem disso...
Kassab foi quem o atraiu para disputar o cargo e depois lhe puxou o tapete...
e nem vou falar daquela tucanada menor, como a turminha do Anibal, que deve estar radiante com a derrota...
Serra deveria ter saído do PSDB e, ele sim, comandado a fundação do PSD, com novo discurso de um partido realmente oposicionista...
iriam se dar super bem...
nao sei como Serra ainda atura o PSDB, um partido que ja lhe virou as costas em duas - agora três! - oportunidades diferentes...
OS PUXA-SACOS ESTÃO ERRADOS! NÃO FOI A INFLUÊNCIA DE LULA EM SP QUE ELEGEU HADDAD
Reply(...)
A tarefa número um da imprensa “pogreçista” agora é elevar a rejeição ao governador, tentando destruir a sua gestão, como destruída foi a de Kassab.
Uma diferença positiva, no entanto, é que, até onde se sabe, Alckmin não está empenhado em ser base de apoio do PT…
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/os-puxa-sacos-estao-errados-nao-foi-a-influencia-de-lula-em-sp-que-elegeu-haddad/
Um dos que destruiu o Serra foi o próprio Kassab, que o convenceu a entrar nesta sandice de disputa, porque ele não apoiaria outro candidato do PSDB. Este safado, vira-casaca, já estava de braços dados com o PT, muito antes.
Chris/SP
Esse alquebrado psdb já começa fraco para o futuro, sae da eleição de 2012 perdendo tempo em mastigar as muchibas e pelancas que sobraram da festa alheia, sem prumo nem ideías para 2014.
ReplySó repaginando totalmente tudo, tendo garra e objetividade, esse pobre psdb ainda conseguirá voltar à vida. Por enquanto são apenas cinzas, depois de tanto perder eleições por burrice e trairagens, para uma SOC armada com unhas e dentes, que nem precisava de tanto para abocanhar um passarinho tucano bobalhão, só preocupado em brilhar a plumagem sem nenhum armamento para enfrentar a guerra com essa tal sofisticada organização. Os rançosos tucanões precisam passar o bastão para nomes e idéias novas, os que estão aí (Aécios, Alckimins, Serra, FHC, e caterva) velhos baleados de guerra, viciados com as posturas de perdedores, sem chance nenhuma de continuar. Se essas raposas velhas insistirem com o ranço, perderão sempre.
ReplyComecem mudando o presidente do partido. Já deu, não acham?
Lilyane
Ficar se agarrando ao PSDB para derrotar o PT já ficou mais do que provado que é pura perda de tempo. O PSDB é preparado diuturnamente para apanhar.
ReplyNunca imaginei na minha vida que teria saudades do ACM !
ReplyCoronel,
Replyquem perdeu foi o Serra. Perdeu para um poste pela segunda vez. Perdeu por ser medroso. Perdeu por ter sido humilhado e traído pelos seus e continuou no partido de traíras. Perdeu por manter, até não sei o motivo, um marqueteiro sem noção igual a ele. Sim, o FHC entregou o Brasil para essa corja e agora o Serra entrega São Paulo. É o PSDB do PT.
Quem derrotou o Serra foi o Kassab, atraindo-o para a armadilha que era a sua candidatura. Fez exatamente o que o PT queria. E vai se unir a eles para tirar o Alckmin em 2014. É uma ratazana.
ReplyO Serra podia ser presidente do partido e aecio e eduardo campos p presidente e ministro da casa civil katia abreu,pronto está formado o time de vencedores
ReplyQuanto cinismo deste Aloysio! Perderam porque este foi o combinado. Confira, Coronel, com esta postagem do Manoel Santos do Gente Decente:
Reply"Um tucanaço de enorme bico e alta plumagem, acaba de me dizer o seguinte:
"-Gonzalez se comprometeu somente em levar Serra para o segundo turno."
Ué, perguntei eu, e ganhar?
"Isso ele disse que era muito difícil."
Então tá.
Depois vem o lenga-lenga de que meto o pau nos sujeitos.
Como diz meu afilhado de seis aninhos:
"-Quero gumitar.!""
Há muito eu acho que o grande sonho do PSDB é integrar o governo PT. Esta eleição de SP só serviu para aumentar minha desconfiança disto.
ReplySerra foi o maior benfeitor que o PT ja teve.
ReplyElle não perdeu a noção dos limites - elle sabe muito bem o que está fazendo!
ReplyElle não perdeu a noção dos limites - elle sabe muito bem o que está fazendo!
ReplyAloysio Nunes está coberto de razão. Quem tem amigos como os correligionários do PSDB (FHC, Aécio Neves) não precisa de inimigos. Serra sempre foi abandonado - ou melhor, traído - por essa gente e não aprendeu. Deveria ter mudado de partido, SIM. Passei a ter nojo do PSDB, espero que Álvaro Dias se descole desse encosto.
ReplyMariana
Aloysio Nunes tem toda razão. O PSDB está acabado como partido. Tirando Aloysio, Serra, Álvaro Dias,e Alckmin, o resto é resto. Serra ficou praticamente sózinho, sem o apoio de seu partido. Ainda assim, fez muito. O outro candidato pode até contar com a estrutura da presidência da república.
ReplyCoronel,
ReplyDepois reclamam quando criticamos o PSDB!!!
Demorrooooouuu!!!!
JulioK
O PSDB é o partido que o PT elegeu para derrotar. Vai apanhar sempre.
ReplySão 3 eleições presidenciais seguidas e em 2014, novamente, o PSDB será derrotado pelo PT. Só uma hecatombe econômica pode abater Dilma em 2014, o arco de alianças dela já se configurou: o PMDB está afinadíssimo, o PSD do Kassab já pulou para o colo do governo, o PSB do Campos já realinhou com o PT, o PDT está fechadíssimo, o PC do B é sucursal petista e os outros nanicos vendidos todos estão com Dilma em 2014.
E a oposição?! Tem Aécio?! Mais o minguado PPS do decadente Freire e o desidratado DEM que se reduziu mais nesta eleição. Vamos falar sério, bem sério, estamos num matagal sem cachorro para 2014.
Quem pensou que Eduardo Campos estaria com a oposição em 2014 não conhece nada de política e seu jogo de bastidores.
Campos é liderança regional, é bem votado em Pernambuco, sair de Pernambuco é que são elas.
Ele só sairá candidato a presidente em 2018 ou depois, há uma fila e ele sabe disto.
E sairá com a benção do Lulismo, ele quer a benção do poderoso chefão, hoje, quem comanda a banda governista é este movimento chamado Lulismo. O PT pede benção ao Lulismo, o governo também.
Campos nem cogita estar fora deste arraial. O que ele fez com Aécio foi jogo de cena, cacifou-se para ganhar mais do governo Dilma, jogou confete no senador do PSDB para ver o que ganha da patroa Dilma. Já está no colo da Dilma de novo, basta ver as manchetes de jornais hoje.
Mas voltando, a questão é simples: não há renovação no PSDB, nem de quadros ou ideias e programas.
Se a oposição quiser ganhar alguma coisa que seja nos próximos 20 anos, deverá se renovar.
Não me venham com a conversa de Aécio e Alckmim e que estes são os "novos" do PSDB. Papo furado.
Alckmim está aí desde a morte do Covas, Aécio já está muito rodado também, desde 2002 se apresenta com o "novo" mas já envelheceu e caiu de maduro. Há mais de 10 anos estes dois estão com este discurso.
A oposição tem que olhar para a geração que está aí com seus 40 anos, aquele rapaz do PSDB lá do Recife que deu uma canseira no candidato do Campos e tirou o candidato do PT do segundo lugar na eleição.
Então, este Daniel Coelho deveria ser olhado com carinho como outros tantos novos de verdade.
Esta conversa do "novo" não é modismo, é certeza. O PT captou isto de forma mais rápida e a oposição ainda não entendeu e vai continuar apanhando muito do PT.
Têm que se ampliar o leque, temos a vigorosa senadora Katia Abreu, temos novos políticos por aí.
Agora, enquanto insistirem em Sergio Guerra, Aécio Neves, Alckmim e outros não chegaremos a nenhum lugar, será derrota após derrota.
Se o PSDB insistir com Aécio em 2014 será um fiasco. Se o Alckmim sair em 2018 será outro fiasco e assim o PT e associados ficarão no poder até 2030.
KATIA ABREU PRESIDENTE 2014
Cobrança e fiscalização tucana rigorosa parece até piada. Tucanada, perdeu, fique quieto e vai em busca de suas origens e de seus defeitos, a fim de honrar mais de 40 milhões de orfãos à espera de uma oposição de verdade, não maquiada e arrogante! Muda o discurso, pra começar, já cansou!
ReplyPara ganhar a eleição o Serra devera ter prometido dar muitos "presentes" para a população. É isto que o povo quer. O povo sofre. A condução é pessima, cara, o trânsito horrível.
ReplyEsperimentem tomar onibus na periferia atravessar a cidade em pé num ônibus cheio, com calor. Ou metro lotadíssimo.
O IPTU é caríssimo, o IPVA nem se fala a luz, a água (eu sei que é estadual, mais pesa) Tudo isto sobrecarrega demais a população que trabalha e só paga impostos, tachas e quando quer comprar alguma coisa, tem que pagar juros. Quem prometer desonerar a população destes ônus, ganha a eleição. E eu imagino que, depois, com o movimento do comercio deve recuperar a receita. E se não desviar verba, o dinheiro vai dar.
Nos outros paises é assim, a economia que sustenta a receita do pais.
Tree
Acho q o Serra foi vítima de um complô de "amigos". Primeiro ele afirmou q não concorreria e acho q essa era sua vontade. Com essa afirmação, o "amigo" Kassab bandeou para apoiar o Haddad, e só voltou atrás qdo o Serra foi convencido a concorrer. Para ele concorrer, teve q se indispor com os pré-candidatos. Coisa do Aécio traíra. O Alckmin e FHC, apesar de fazerem "campanha" a favor, continuaram a divulgar dados negativos para o PSDB. Kassab se escondeu. E, finalmente, conseguiram derrubar o Serra definitivamente. O Kassab vai virar ministro da Dilma. Agora vamos ver se o PSDB sobrevive com Alckmin e Aécio. Tomara, mas esse já não é mais meu partido de coração.
ReplyO Grande rsponsável pela derrota do Serra em São Paulo é GILBERTO KASSAB.
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