O STJ (Superior Tribunal de Justiça) rejeitou pedido de prisão
preventiva contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT),
apresentado pela deputada distrital Celina Leão (PSD). A parlamentar pediu a prisão de Agnelo por suposta intervenção nas
investigações criminais contra ele, por meio do uso da máquina
administrativa e do levantamento de informações para chantagear
testemunhas. O ministro Cesar Asfor Rocha, relator do inquérito que apura fraudes no
Ministério dos Esportes, do qual Agnelo Queiroz foi titular, acolheu
parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e negou o
pedido.
"Os indícios de autoria e materialidade colhidos ainda não são
suficientes para fundamentar o decreto de prisão preventiva,
considerando a fase atual das investigações", afirmou o ministro em seu
voto. Os ministros Gilson Dipp, Arnaldo Esteves Lima e Maria Thereza de Assis
Moura também rejeitaram a prisão, mas com fundamento diverso: a deputada
não teria legitimidade para apresentar esse tipo de pedido.(Folha Poder)
5 comentários
Abuso total – A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito significa que há algo de putrefato nos bastidores do poder. No caso do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o escândalo de corrupção poder maior do que muitos imaginam. O alcance dos tentáculos de Cachoeira no mundo político e empresarial é tamanho, que não deve ser descartada a possibilidade de a República implodir caso os acusados revelem parte do que sabem.
ReplyPor conta dessa possibilidade não tão remota é que os governistas, em especial petistas e peemedebistas, estão empenhados em limitar as investigações. A CPI foi instalada por pressão do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que tinha como objetivo maior alcançar o governador de Goiás, Marconi Perillo, cujo partido, o PSDB, não se importa em entregar sua cabeça para ter livre o caminho para investigar. O próprio Lula pode ser atingido pela CPI, uma vez que a Delta Construções, do empresário Fernando Cavendish, envolvida no esquema criminoso comandado por Cachoeira, foi a empreiteira nacional que mais cresceu na última década.
A situação mais degradante do primeiro capítulo dessa ópera bufa em que pode se transformar a CPI do Cachoeira ficou por conta do senador Fernando Collor de Mello, que agora jogando do lado do PT tentou dar lição de moral durante seu pronunciamento. Disse Collor, ao se referir aos acusados na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, “esses senhores notáveis que foram aqui citados”.
Ora, Fernando Collor, primeiro presidente brasileiro a sofrer um processo de impeachment, teve o seu calvário político iniciado dentro de um Fiat Elba. O tombo só não foi maior porque Paulo César Farias, seu tesoureiro, era mais cuidadoso que Carlinhos Cachoeira quando fazia uso do telefone. O que não significa que sobre sua cabeça não gravitava a sensação da impunidade. Quem acompanhou o desdobramento do caso Collor depois do impeachment sabe a extensão do primeiro grande escândalo de corrupção da era pós-ditadura.
Mas é bom lembrar que referido relator foi o candidato 'in pectori' do Lulla para o Supremo...
ReplyUm petralha na linha de tiro e no corredor da cela já é alguma coisa. Um progresso. Mas que diferença espantosa de tratamento.
ReplyFosse com um político da oposição, não teria essa conversa mole de "ainda", não. Alegaria-se "ameaça à ordem pública e social", "desmanche/obstrução de provas", "clamor social", "moralidade pública" e xilindró.
Aliás, como fizeram no próprio DF com com o defenestrado Arruda.
Justiça no Brasil é assim: dois pesos, duas medidas e viseira quando interessa.
Coronel, o se for feito o pedido de prisão preventiva dirão que têm residência fixa, como toda a cúpula do PCC que tem moradia fixa na prisão aqui no estado de São Paulo. O Trabalho no escritório do crime organizado e planejamento de crimes e lavagem de dinheiro. A prisão em banânia não tira a liberdade de nenhum criminoso em cometer crime, eles passam da ação para o planejamento e lavagem de dinheiro.
ReplyO pedido de prisão por parte da Deputada, me parece esquisito. Ela não ganhou agora, mas logo logo o governador do partido da bandidagem sera pego pela cpmi. Ela ira gritar para todos: eu sabia, eu tinha razão, etc.
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