Hoje, novamente estarão reunidos os capitães da indústria brasileira, para receberem incentivos e benesses do governo federal. A velha e boa indústria que fala mal da China e abre unidades lá, como a maioria dos grandes grupos empresáriais do país. A velha e boa indústria que exporta a preços subfaturados, realiza o lucro em filiais lá fora e manda o dinheiro de volta para especular no mercado financeiro. Enquanto isso, o governo reluta em aprovar o Código Florestal que protege a agropecuária, responsável pelo superavit, lucrativa, rentável, sadia e abandonada. Enquanto menos de 5% da produção do campo tem seguro agrícola bancado pelo governo, contra mais de 80% nos Estados Unidos e na Europa, a produção de qualquer ventilador barulhento, de qualquer panela, de qualquer rebinbela da parafuseta tem bilhões do BNDES, a fundo perdido, além de isenções fiscais. Veja o que a índustria vai receber hoje:
Oito meses após o anúncio do programa Brasil Maior, o governo se viu
obrigado a turbinar sua política industrial para impulsionar o setor. O lançamento das novas medidas ocorrerá hoje no Planalto com o mesmo
enfoque do programa: aumentar a competitividade dos setores industriais
que disputam mercado externo e concorrem com produtos importados. Assim como no Brasil Maior no ano passado, a equipe econômica ainda
fechava na noite de ontem parte das medidas, em reunião da presidente
Dilma com sua equipe no Palácio do Planalto.
Para reforçar o pacote, a União vai incluir mais dois setores na lista
dos beneficiados com a desoneração da folha de pagamento: hoteleiro e
circuitos integrados. A presidente autorizou ainda a inclusão de incentivos para o setor
automotivo entre as medidas que serão anunciadas hoje. Eles entrarão em
vigor no próximo ano e beneficiarão tanto montadoras já instaladas no
país quanto as que decidirem investir aqui. Dentre os incentivos, pode haver redução de impostos às empresas, desde
que elas cumpram metas de investimento em inovação e na implantação de
projetos.
A nova edição do plano se dá quando nem todas as medidas do plano
anterior foram totalmente executadas, como o estímulo à participação de
produtos nacionais nas compras governamentais. A iniciativa foi
anunciada em agosto de 2011, mas só agora serão definidos quais produtos
o governo poderá adquirir a preços mais altos. O comitê para monitorar o resultado da desoneração da folha também não
foi criado. A redução das alíquotas interestaduais do ICMS segue em
discussão no Congresso.
Em 2011, o Brasil Maior foi editado de olho na concorrência chinesa.
Neste, somou-se mais um fator: em janeiro, a atividade industrial recuou
2,1% sobre dezembro. Além das desonerações na folha, o governo aumentará em R$ 18 bilhões os
recursos das linhas de financiamento do BNDES vinculadas ao Programa de
Sustentação do Investimento e reduzirá juros. Apesar disso, o governo ainda não definiu pontos estratégicos para
reduzir o custo de produção no país, como a energia. Dilma não decidiu
se renovará automaticamente as atuais concessões de energia elétrica ou
se fará nova licitação.(Folha de São Paulo)
7 comentários
Coronel,
ReplyA Dilma é burra e mal assessorada. Se ella aprova o Cod. Florestal, ella retoma a maioria no Congresso e aprova qualquer coisa!!
Anta Gorda: cidade do interior do RS!! nada a ver com a Dilma, que é mineira de nascença!!rsrsrsrs
JulioK
Caraca, mais dinheiro para o BNDES! De onde é que vão tirar tanto crédito se ao mesmo tempo vão isentar algumas empresas de impostos? Por que não fazem uma porcaria de um corte no imposto de renda então?
ReplySão medidas mambembes como o próprio governo. Existe uma preocupação com as "grandes" indústrias, mas não são estas as que mais sofrem. Embora sejam estas que tenho acesso ao capital subsidiado via BNDES. E também não são elas as maiores geradoras de emprego no país. Portanto estas medidas do governo são paliativas e não vão resolver os problemas gerados por um política equivocada há pelo menos 9 anos. As pequenas e médias empresas não suportam mais a carga tributária imposta pelo governo. Sendo objetivo, ninguém está conseguindo bancar 46% do bruto para o estado e ser competitivo. Isto talvez colasse se efetivamente o lucro da indústria estivesse na casa dos 100%, mas hoje, ninguém está conseguindo imputar mais do que 8 a 10%. Exceto as grandes empresas. Já tivemos uma redução real de 26% de pequenas e médias empresas que fecharam suas portas, ou seja 1/4 delas deixou de existir, gerar riquezas e principalmente gerar empregos. O que está levando o governo a "tomar medidas" é o fato do dinheiro estar começando a faltar nos cofres públicos para tantas obrigações.
ReplyCoronel,
Replypor mais que tentamos ensinar essa Anta, ela menos aprende. Está no DNA petralha.
Acabei de ver notícia : 8. das 12 arenas da copa de 2014 estão com menos de 50 por cento das obras concluídas.
ReplyQue tal 2 por cento realizadas ?
Atenção para as notícias que você lê , tá tudo dominado.
Coronel:
ReplyInfelizmente os agricultores do nosso Brasil não são unidos e trabalham de cabeça baixa. Sou filho de agricultor e também fui criado assim. Temos que trazer alguns agricultores europeus para nos ensinar a defender os nossos interesses. Esperar alguma consideração dos governantes é pura ilusão.
Só a título de curiosidade, por estar ligada a área, a indústria automotiva "exportou" 5,6 bi em 2011, ano com uma suposta crise e ameaça dos importados.
ReplySabe quanto foi exportado em 2010, com IPI zero e os mesmos exportados no mercado? "Meros" 4 bi.
A Ford BR disse que não tem dinheiro para atualizar seu menor veículo, que inclusive recentemente foi mostrado que andar neste com cinto e sem cinto tem o mesmo efeito - cara quebrada na certa - exportou uma bela grana para a matriz americana que agora vai usar esse "lucro" para investir no México, gerando emprego lá para produzir o novo Fusion.
Dinheiro para investir aqui não tem né?!