Isolado e sem apoio da cúpula do DEM, o senador Demóstenes Torres (GO),
investigado por suas relações com o empresário do jogo Carlinhos
Cachoeira, decidiu ontem deixar o partido. Em carta encaminhada ao comando da sigla, o senador disse que sofreu um
"prejulgamento público" pelo DEM, o que o levou a pedir para se afastar
dos seus quadros. Demóstenes negou que tenha cometido "reiterado desvio do programa
partidário", argumento usado para abrir anteontem seu processo de
expulsão. Com o pedido de desfiliação espontânea, o rito de expulsão
fica automaticamente suspenso.
Demóstenes é investigado pela Procuradoria-Geral da República por
favores a Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob acusação de chefiar
esquema de jogos ilegais. A defesa do senador anunciou que vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal
Federal) para pedir a anulação das provas, porque Demóstenes, que tem
foro privilegiado, foi investigado sem autorização. Inicialmente, Demóstenes não cogitava a saída voluntária do partido, com
medo de perder o mandato na Justiça Eleitoral por infidelidade
partidária. Mudou de ideia para evitar desgastar-se ainda mais com a
expulsão.
Como o senador mantém a disposição de não renunciar ao mandato, a
discussão sobre a sua permanência poderia continuar a expô-lo por pelo
menos mais uma semana. Ao mesmo tempo, para impedir a perda de mandato por infidelidade,
Demóstenes subiu o tom na carta de saída para ter como argumento na
Justiça que sofreu "perseguição política" no partido -logo, foi forçado a
sair. Apesar da manobra, o DEM não está disposto a brigar pela vaga de
Demóstenes. "Não há razão para isso, não existe evidência de
infidelidade", disse o presidente da sigla, José Agripino (DEM-RN). O líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA), disse que o caso Demóstenes é um "assunto superado" dentro do partido.
O PT ofereceu ontem o senador Wellington Dias (PI) para presidir o
Conselho de Ética do Senado, numa tentativa de acelerar o processo
contra Demóstenes. O cargo de presidente está vago desde o ano passado, quando o senador
João Alberto (PMDB-MA) se licenciou do Senado. Caberá ao novo presidente
do conselho, a ser eleito no dia 10, decidir se aceita a representação
do PSOL contra Demóstenes por quebra de decoro.(Folha de São Paulo)
12 comentários
Voçê viu a Ideli por aí?
Reply"Não existe evidência de infidelidade"
ReplyO careca é um petralha infiltrado no DEM e o chefão dos demos diz que o sócio do Cachoeira não é infiel? Isso só pode ser cascata!
Esse Agripino não me engana. Aí tem.
Cel
ReplyTodos estão com o rabo preso!
Se gritar pega ladrão são tão cara de pau que nenhum corre e ainda diz que o grito foi ilegal!
É pra isso que se serve Foro Privilegiado!
CADA POVO TEM O GOVERNO E A JUSTIÇA QUE MERECE!
TODOS NÓS SOMOS OS CULPADOS!
Átila
Anonimo das 4 de abril de 2012 07:13
ReplyCompanheiro, a Ideli foi dar um passeio de lancha, e quem sabe, pescar uns peixinhos.
O Crivela será chamado para dar explicações. (sobre o que, eu não sei).
Mas Demostenes terá "clima" para continuar atuando no Senado?
ReplyTenho minhas dúvidas.
Deóstenes Torres é um modelo de brasileiro.
ReplyDeveria marcar posição desfiliando o senador.
ReplyTer um ritual democrático, tudo bem. Porém, precisa dar ideia de cumprir com o que é justo.
E o senador deveria ter desfiliado-se e renunciado.
Digo, um dos modelos de brasileiro, da maioria dos brasileiros: do brasileiro corrupto. Hehe
ReplyEsse Demóstenes é muito burro mesmo! Será que ele não sabe que a KGB do governo petista está gravando até o ronco da oposição?
ReplyE o Aécio Never em brancas nuvens, desde segunda-feira, dia 2, sorvendo uma taça de champagne em plena Paris. Ô vidão! O resto que pegue fogo!
ReplyQuer infidelidade maior do que ir contra o que prega o partido?????
Reply"Anônimo 4 de abril de 2012 20:32 disse...
ReplyEsse Demóstenes é muito burro mesmo! Será que ele não sabe que a KGB do governo petista está gravando até o ronco da oposição?"
Perfeito! A essência da coisa é essa: nova modalidade de fazer dossiês...