MPF monta circo para "brilhar" na Comissão da Verdade. Já está nas manchetes.

Os procuradores da República designados para investigar os crimes do regime militar (1964-1985) discutem estratégias para evitar que o trabalho seja suspenso por medidas judiciais. Uma delas é a abertura de procedimentos investigatórios criminais, em vez de inquéritos, para apurar os casos. Como o procedimento é uma etapa inicial, conduzida internamente pelo Ministério Público Federal (MPF), sem a participação da autoridade policial, os procuradores entendem que a investigação fica menos exposta a um eventual pedido de trancamento feito por advogados dos investigados com base na Lei da Anistia.

O MPF criou um grupo de trabalho denominado Justiça de Transição, que mobiliza procuradores da República do Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, e Pará, para os casos de violação de direitos humanos durante o regime. Embora os militares tenham ficado 21 anos no poder, o trabalho será concentrado nos "anos de chumbo", entre 1969 e 1976, quando ocorreu a maior parte dos casos de tortura, morte e desaparecimento de presos políticos. A primeira reunião conjunta será no início da próxima semana, em Brasília, quando os procuradores selecionarão os casos prioritários e definirão as estratégias. Outra hipótese estudada, caso a Justiça entenda que os torturadores do passado ainda são passíveis de punição, é oferecer a delação premiada a quem estiver disposto a colaborar, como é feito para crimes comuns.

A formação do Justiça e Trabalho foi uma indicação da 2 Câmara de Coordenação e Revisão do MPF. A atuação do grupo atende à sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que condenou o Brasil, por violações de direitos humanos em casos ocorridos na Guerrilha do Araguaia, a investigar o desaparecimento das vítimas. A preocupação dos procuradores é que o trancamento de um único caso jogue por terra todo o trabalho. O procedimento investigatório que será usado é reconhecido pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal como "instrumento de coleta de dados destinado a apurar a ocorrência de infrações penais de natureza pública, servindo como preparação e embasamento para o juízo de propositura, ou não, de ação penal".

Outra possibilidade, mais remota, é a instauração de inquérito civil público, geralmente destinado a apurar os casos de improbidade administrativa. Mas isso significa optar por uma abordagem cível, e não criminal.No Rio, o MP já abriu procedimento para investigar o desaparecimento, em 1971, de Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, na época um dos comandantes da organização armada VAR-Palmares (a mesma que abrigou a hoje presidente Dilma Rousseff). - Não será um trabalho isolado, vamos atuar em conjunto com outros estados. É uma área muito delicada. Vamos resgatar a memória dos casos num trabalho quase que arqueológico. Muitas provas foram destruídas, muitas pessoas já morreram - diz o procurador da República Luiz Fernando Lessa. Lessa divide o comando do Justiça e Trabalho com os procuradores Fábio Seghese, Antonio do Passo Cabral e Ana Cláudia Alencar. Segundo o grupo, o MPF poderá investigar agentes públicos mesmo que o Ministério Público Militar tenha arquivado ou venha, eventualmente, a arquivar investigações. ( O Globo)

13 comentários

Coronel,

O "baile" vai começar!!
A orquesta esta afinando os "instrumentos"!!
Elles não descansam!!

JulioK

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Bem eles já receberam o "recado".Sentido.

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Podem começar investigando o passado obscuro da presidenta...

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É a neo cumpanherada querendo ser nomeada para algum alto cargo, todos a serviço do partido.

Isso aqui está cada vez mais parecido com a extinta União Soviética.

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MPF burlando a lei?

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CORONEL, só em pensar no comentário que iria fazer sobre este post, já provocou todo tipo de náuseas e outros acometimentos, por enquanto fico no resumo, este é o Brasil descoberto em 2003 que estes facínoras e Ratazanas Vermelhas insistem em mostrar sem o menor pudor e vergonha na cara, tentando amestrar e alienar cada vez mais o Povo desinformado sobre tudo e sobre todos, principalmente com a verdadeira História deste País.

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Civis assinam apoio aos militares:

Abaixo-assinado Liberdade de Expressão e Respeito às Leis
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N21651

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Cel
Isso é que é gostar de desenterrar defunto, como se o Brasil não tivesse mais nenhum problema a resolver.
A saúde, educação, segurança e infra estrutura estão um espetáculo. Assim, como não temos mais nada a resolver vamos exumar todos os defuntos do passado.
O governo parece caranguejo. Só anda para trás.
Esther

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Prezado coronel
Sinceramente, acho essa tal comissão algo fantástico. Já imaginou a gente poder em pouco tempo ter a possibilidade de uma releitura da história humana e feita por preclaros brasileiros? Tenho certeza que todos os livros de historiadores mundiais farão parte dos anexos dessa grande obra ou pelo menos constarão das referências bibliográficas. Dessa forma, sugiro aos insígnes membros CV que leiam "A revolução impossível" de Luiz Mir, "Stalin, a corte do Czar Vermelho" de Simon S. Montefiore e aquela obra que sumiu das livrarias " O livro negro do comunismo" e várias outras que tratam, no fundo, da mesma coisa, de comunismo(socialismo)facismo, nazismo e capitalismo. A prática da tortura, por exemplo, não vai isentar ninguém. A morte de milhares de pessoas de fome ou em execuções sumárias em massa sempre foi comum e necessária, segundo alguns, inclusive se justificava em nome do grandioso futuro da União soviética e do socialismo.Dessa forma, a CV(comissão da Verdade ou Comando Vermelho?),a sigla é pertinente,haverá de compor um acervo para a humanidade saber a grande merda que foi o século XX nas suas aberrações ideológicas.O problema é que essa merda continua a feder em alguns países atrasados.É claro que não estou falando do nosso querido Brasil, onde essas temáticas, enfim, são coisas do passado.

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deu no Claudio Humberto:

09/03/2012 | 13:41
Cachoeira diz que tratou com Protógenes temas 'nada republicanos'
AE

IDALBERTO, COM PROTÓGENES À SUA FRENTE O empresário de jogatina Carlinhos Cachoeira, que se encontra recolhido a um presídio federal em Natal (RN), ficou intrigado com a proposta de CPI para investigar suas atividades em Goiás, e utilizou seus contatos pessoais, que o visitaram, para mandar um recado ao deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), autor da proposta: "Estou ansioso para relembrar as reuniões que tive com Protógenes em Goiânia, sempre na companhia do agente Dadá, até para tratar de assuntos nada republicanos". O agente citado seria o sargento da reserva da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, um dos presos pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que investigou atividades ilegais de Cachoeira e de policiais a seu serviço.

@fitzca

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Não há muito que comentar a respeito. Cabe aos eventuais prejudicados procurar um advogado e verificar se neste caso é possível entrar com pedido de habeas corpus preventivo.

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E O Fidel Castro, Chaves e O Indio Cocalero quando deverao ser Julgados pela Coorte I de Dir Humanos.
Eles mataram quantos inocentes...
Sumiram com quantos.....
Trucidaram quantos.....

Gaggo De Ctba

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Eu quero saber se a Comissão de Caça as Bruxas vai investigar... e punir... também A Envolvida na morte do soldado Mário Kozel Filho, além de punir os torturadores... militares é claro?

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