O governo quer contratar jornalistas em todos os continentes para abastecer com informações oficiais seus veículos de comunicação. A meta está prevista no plano de trabalho da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) apresentado pela nova direção da estatal que assumiu em dezembro e controla uma TV, uma agência de notícias e uma rádio. O primeiro passo foi dado na última semana quando a empresa reativou a cobertura na África, enviando um correspondente para Maputo, capital de Moçambique. O custo de manter um repórter para abastecer a TV, que tem audiência próxima a zero, e os demais veículos é de R$ 543,21 mil anuais.
Com 192 jornalistas concursados e quatro anos de existência, a EBC informou que optou por contratar um profissional porque "não possui jornalista com a qualificação necessária para desenvolver o trabalho". A EBC só conta com repórteres próprios no Brasil em três Estados (RJ, SP e MA) e no DF, onde é a sua sede. O contrato com o repórter de Moçambique foi assinado sem licitação, na semana passada, com empresa que tem cinco meses de existência. Emerson Penha, dono da empresa, foi escolhido, de acordo com a EBC, "por ter realizado inúmeras coberturas internacionais", entre as citadas, nenhuma na África.
Até janeiro, Moçambique foi o destino de apenas 0,96% das exportações brasileiras para a África. A EBC diz que Moçambique é o maior país de língua portuguesa na África e abriga empresas brasileiras importantes como a Vale. Segundo a EBC, o plano de trabalho é para 2012, mas o envio de pessoal para os demais continentes irá ocorrer "assim que o orçamento permitir essa expansão". A empresa mantém também posto em Buenos Aires, "onde os serviços das agências de notícias não costumam ter eficiente qualidade". O orçamento da empresa pública para este ano é de R$ 416,5 milhões. No Brasil, atinge 1.700 dos 5.565 municípios. Ainda na cobertura internacional, a nova direção da EBC abriu licitação de R$ 800 mil para contratar uma empresa que ofereça serviços de produção de TV e transmissão de sinal via satélite em viagens de autoridades. Justifica que a agenda da presidente Dilma no exterior é fechada de última hora, o que torna a negociação com as emissoras locais "sempre problemáticas".(Folha de São Paulo)
3 comentários
uau!
Replyagora vamos ficar informados sobre o que rola em Moçambique...
esperava por isso ha anos!
e quando vamos começar a importar todos os produtos de alta tecnologia que são feitos por la?
vamos logo, PT, não nos deixem aqui no atraso...
Coronel,
Replya mala preta vai voar com mais facilidade.
Dessa forma o governo tem muita concessão a ser feita.E com certeza não faltará quem queira!.
Reply