O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que delimitará o poder do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi suspenso ontem antes que os ministros decidissem a questão central da ação. Os ministros não decidiram se o CNJ pode abrir processos contra magistrados suspeitos de irregularidades, mesmo que não tenham sido investigados pelas corregedorias dos tribunais locais. A sessão será retomada hoje. Os ministros julgam ponto a ponto os artigos da resolução do CNJ que padronizou o trâmite dos processos administrativos no Judiciário, cuja constitucionalidade foi contestada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Ontem, os ministros julgaram só três pontos da liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello em dezembro.
Na parte mais polêmica abordada, a AMB questionava um ponto que, segundo ela, permitiria que magistrados condenados em processos administrativos fossem aposentados compulsoriamente sem receber salário proporcional ao tempo trabalhado. Na liminar do fim do ano passado, Marco Aurélio afirmou que a resolução não previa a possibilidade de alterar o que é definido na Lei Orgânica da Magistratura: o magistrado aposentado compulsoriamente recebe subsídio proporcional. O entendimento foi referendado por unanimidade - ou seja, magistrados condenados vão continuar recebendo proporcionalmente ao tempo de serviço.
No mesmo sentido, a AMB questionava um ponto da resolução do CNJ que ampliava a lista de penas para os magistrados condenados e permitia que eles fossem demitidos, sem que recebessem salário, o que está previsto na Lei de Abuso de Autoridade. Somente os ministros Cármen Lúcia e Joaquim Barbosa votaram por manter o texto do CNJ. Os demais entenderam que o conselho usurpou sua competência ao criar novas penas - o que só poderia ser feito por uma nova Lei Orgânica da Magistratura. 'A resolução (nesse ponto) ultrapassou o poder constitucional do CNJ', disse o ministro Carlos Ayres Britto.
Hoje, os ministros decidirão a questão principal: se o CNJ pode abrir processos contra magistrados suspeitos de corrupção. Pelo prognóstico dos ministros, o STF deve garantir ao conselho o poder de investigar e processar magistrados suspeitos, mesmo sem terem sido processados pelas corregedorias locais.
Parte dos ministros, porém, entende que só corregedorias locais podem abrir processos contra magistrados. O CNJ atuaria de forma subsidiária e em casos específicos.
Mais ações. Mesmo que o STF garanta que o Conselho pode abrir investigação contra os magistrados, o CNJ enfrentará mais dois processos que podem limitar seus poderes. No primeiro, o STF decidirá se o CNJ poderia investigar magistrados tendo como base folhas de pagamentos, declarações de bens e rendas e movimentações bancárias atípicas identificadas pelo Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf).Na segunda ação, o STF decidirá se o CNJ pode pedir dados sigilosos do Banco Central e da Receita Federal para instruir processos contra magistrados.(Do Estadão)
Na parte mais polêmica abordada, a AMB questionava um ponto que, segundo ela, permitiria que magistrados condenados em processos administrativos fossem aposentados compulsoriamente sem receber salário proporcional ao tempo trabalhado. Na liminar do fim do ano passado, Marco Aurélio afirmou que a resolução não previa a possibilidade de alterar o que é definido na Lei Orgânica da Magistratura: o magistrado aposentado compulsoriamente recebe subsídio proporcional. O entendimento foi referendado por unanimidade - ou seja, magistrados condenados vão continuar recebendo proporcionalmente ao tempo de serviço.
No mesmo sentido, a AMB questionava um ponto da resolução do CNJ que ampliava a lista de penas para os magistrados condenados e permitia que eles fossem demitidos, sem que recebessem salário, o que está previsto na Lei de Abuso de Autoridade. Somente os ministros Cármen Lúcia e Joaquim Barbosa votaram por manter o texto do CNJ. Os demais entenderam que o conselho usurpou sua competência ao criar novas penas - o que só poderia ser feito por uma nova Lei Orgânica da Magistratura. 'A resolução (nesse ponto) ultrapassou o poder constitucional do CNJ', disse o ministro Carlos Ayres Britto.
Hoje, os ministros decidirão a questão principal: se o CNJ pode abrir processos contra magistrados suspeitos de corrupção. Pelo prognóstico dos ministros, o STF deve garantir ao conselho o poder de investigar e processar magistrados suspeitos, mesmo sem terem sido processados pelas corregedorias locais.
Parte dos ministros, porém, entende que só corregedorias locais podem abrir processos contra magistrados. O CNJ atuaria de forma subsidiária e em casos específicos.
Mais ações. Mesmo que o STF garanta que o Conselho pode abrir investigação contra os magistrados, o CNJ enfrentará mais dois processos que podem limitar seus poderes. No primeiro, o STF decidirá se o CNJ poderia investigar magistrados tendo como base folhas de pagamentos, declarações de bens e rendas e movimentações bancárias atípicas identificadas pelo Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf).Na segunda ação, o STF decidirá se o CNJ pode pedir dados sigilosos do Banco Central e da Receita Federal para instruir processos contra magistrados.(Do Estadão)
6 comentários
Incompreensível a atitude dos magistrados para com o CNJ. Quem não deve não teme. Cagliostro
ReplyImaginar que por ser corrupto e magistrado mereça tratamento privilegiado é indecente. O CNJ deve abrir processo é contra qualquer corrupto.
ReplyAté mesmo o delegado mais humilde pode iniciar o processo contra corruptos e qualquer cidadão pode
registrar denuncia e iniciar, assim, processo.
Para corruptos, forca, cadeira eletrica, fusilamento. É o que merecem.
Quando começa com esse negócio de "procrastinar" decisões EVIDENTES E MORALIZADORAS botando a culpa na "pressão popular" é por que elles estão combinando o resultado e distribuindo as responsabilidades de "quem vai ser contra ou a favor".
ReplyBOTEM UMA COISA NA CABEÇA BRAZUCAS!!!
JAMAIS! eu disse JAMAIS o nosso judiciário "aparelhado e infame" vai votar qualquer coisa contra si mesmo, principalmente se for para MORALIZAR o que está convenientemente IMORAL.
- Você já perceberam "a pinta" dos representantes da "Associação dos Magistrados Barrigudos", digo Brasileiros (AMB)...
... aquela que diz estar acima das LEIS E quem sabe até de Deus...
...Autofagia definitivamente não é o seu forte.
Vocês acham que essa corja de "BANDIDOS TOGADOS" vai perder a boquinha da venda de sentenças???
- ???????
Vocês têm idéia de quanto está custando o MENSALÃO?
... E acobertar os MANDANTES do assassinato de Celso Daniel?
Voces acham mesmo que foi "o acaso" que determinou o resultado do sorteio do processo para o "juiz" João Carlos da Rocha Mattos, condenado à prisão em outubro de 2005 por VENDA DE SENTENÇAS!!!!!!!!!!!!!
- Só se forem anjinhos com asinhas cor de rosa...
Em 2003 esse BANDIDO TOGADO, alegou que as gravações telefônicas feitas pela PF que implicavam TODA A CÚPILA DO GOVERNO DE LUIS INÁCIO E SEUS "ADEVOGADOS" haviam sido feitas sem autorização judicial e PASMEM!!!!
...ordenou que fossem destruídas... TUDO SE PERDEU!!!!!...
E qual a principal condicionante para que tudo isso tivesse ocorrido continue a ocorrer as olhos de toda a população ???
- A CERTEZA DA IMPUNIDADE TOGADA!!!
Que aliás, devido aos "entendimentos" de ontem "DOS MANU DO STF" continuará a campear por aqui...
Então meus amigos, alguém acredita no julgamento isento desse STF APARELHADO e VENAL???
...Alguém acredita na justiça do Brasil???
conte-me outra novidade que não seja o adiamento de um julgamento importante pelo Supremis...
ReplyAnônimo das 09:55 vc disse tudo!! São bandidos togados, venais, protegidos por leis que, no fundo, eles "fazem" para garantir seu eterno reinado. Jamais se darão mal por aqui, não importa o crime praticado. São reizinhos e rainhazinhas, trabalham nas 'Cortes", etc. Aí em Brasília a região dos palácios de justiça não é conhecida como 'Vale dos Faraós'? Reforma séria no judiciário só lembro da tentativa do Geisel. Coitado...
ReplyA sessão deveria começar as 14 horas, mais acabou atrazando, e começando as 14.45.
ReplyAs 15.30, é interrompida, para o lanchinho dos ministros, que só retornarão as 17.30.(duas horas para um lanchinho, imaginem para o jantar)
Portando dificilmente, terminará hoje.
É dura a vida de ministro, né não??
Izabel/SP