PSDB afunda também em São Paulo.

Mesmo que não prospere, o aceno de Gilberto Kassab ao PT serviu para elevar a beligerância entre os grupos de Geraldo Alckmin e José Serra no PSDB, tendo como pano de fundo a eleição paulistana. Serristas como Alberto Goldman e Aloysio Nunes deploram a preferência do governador por neoaliados, sobretudo Paulo Maluf (PP) e Paulinho (PDT), em detrimento do alinhamento "natural" com o prefeito. Sustentam que Alckmin, em resposta ao boicote sofrido em 2008, age para isolar o PSD em sua estreia nas urnas. De quebra, pressiona Serra a entrar em campo para juntar os cacos da aliança e perseguir a polarização com o PT.

In pectore Um dos gatilhos que fizeram Kassab oferecer a Lula um vice do PSD para Fernando Haddad foi a convicção de que o Palácio dos Bandeirantes avalizou as negociações do DEM para uma aliança com Gabriel Chalita (PMDB), amigo e ex-secretário de Alckmin. 

(publicado no Painel da Folha)

Comentário: os objetivos do governador Alckmin começam a ficar claros: a) forçar Serra a ser candidato, dinamitando uma futura candidatura presidencial; b) impedir o crescimento de Kassab e do PSD, para evitar um embate em 2014; c) antecipar o apoio à Chalita no segundo turno das eleições paulistanas, reforçando a sua candidatura com o apoio do tempo de TV do DEM; d) e, por último, mas não menos importante, manter o seu projeto de vingança em função da sua fragorosa derrota à prefeitura de São Paulo em 2008. 

Comentário 2: o PSDB e o PSD fazem o prefeito juntos ou o PT vai vencer as eleições. Divididos, os tucanos fizeram 22% dos votos em 2008 e Geraldo Alckmin, ex-governador e ex-candidato presidencial não foi para o segundo turno. Qual dos candidatos tucanos que disputam as prévias que teria mais votos do que Alckmin? Kassab, mesmo em baixa, tem quantos porcento dos 33% que o colocaram no segundo turno em 2008? Se o atual prefeito, pressionado e encurralado por Alckmin, somar o seu potencial de votos com os 45% que a Dilma fez no primeiro e no segundo turnos na cidade de São Paulo, o PT, matematicamente, ganha a eleição. 

Comentário 3: estamos assistindo uma queda de braço entre Geraldo Alckmin e José Serra. O primeiro prega guerra total contra Kassab. O segundo prega fidelidade a um aliado que jamais traiu o PSDB. Kassab "flertando" com o PT é somente um aviso de quem não tem nada a ganhar com a briga dos outros. De "prefeitinho emprestado" a presidente de um partido que nasceu grande, Kassab não está mais aceitando o papel de coadjuvante. Tem R$ 14 bilhões para gastar no ano eleitoral. Se não chover, chega nas eleições com 50% de aprovação. Quem tem dinheiro e quem tem a máquina, tem voto.

12 comentários

O problema é que Kassab quer o PSDB como vice-prefeito, daí Alckmin não aceitar a idéia, pois se o PSD fizer um prefeito em SP, os tucanos não terão um sucessor natural em 2018, seria a inversão dos papéis quando Serra era prefeito e Kassab vice.
Alckmin acredita que o PT jamais ganhará no primeiro turno, arriscando um acordo com o PSD ou PMDB no segundo turno, caso seu candidato não passe para a segunda fase.
Burrice é o PT jogar o PSD n colo dos tucanos atacando Kassab.

Reply

Aécio e Kassab, é o resultado incestuso da união da traíragem com a crocodilagem.

Não voto e nem apoio o voto em qualquer um desses dois idiotas e oportunistas.

Reply

Continuo achando que tudo não passa de inteligente jogada política do prefeito Gilberto Kassab. E que por trás do jogo de cena bem articulado estaria a mão competente do ex-governador José Serra. Tomara que seja isto mesmo, até porque não conigo enegolir nem a pau que, por exemplo, o honorável kaiser Jorge Bornhausen, seu filho Paulinho, e o governador Raimundo Colombo, grande alma e correto administrador, poderiam no futuro estar envolvidos na Capital paulista com uma chapa eleitoral associada aos garraios vermelhos da "çeita" maldita. Como diria aquele velho e conhecido padre "parassicólogo": isto "nón ecssiste!"

Reply

E por aí coronel!!!
Como disse antes, nem tudo que reluz é ouro...

Reply

"Um dos gatilhos que fizeram Kassab oferecer a Lula um vice do PSD "

Discordo, Coronel. Acho que aintenção foi tirar a PTralhada do pé dele, do tipo: "se eu quero beijinho, porque vocês estão me chutando?"

E assim, o PT dá um tempo na artilharia (principalmente na imprensa cooPTada) contra a gestão dele em Sampa.

Kassab é inteligente, mas não é nenhum gênio.

Reply

Cel,

PSD nao tem tempo de tv, por isso nao serve pra nada.

Reply

Essa questão dos 33% do Kassab não tem nada haver... Ele não transfere isto pro Haddad de jeito nenhum! E nem a Dilma os 45%...

Reply

Alkimim e Serra deviam estar juntos.
Quando dois brigam, o terceiro ganha, todos sabem.

Reply

Pqp! kassab deveria abraçar logo o guguu hadada e os dois morrerem afogados no tietê... essa briguinha de fifis tá enchendo os bagos. falei.

Reply

Esse assunto já deu flor, a flor murchou. Agora, só o próximo assunto igual.

Agora, já há justificativas ao PSD. A de que a conversa com o ex-presidente de 2003/2010, teria ocorrido pelo fato do PSDB estar avalizando negociações entre o DEM e o PMDB em São Paulo. E ai, todo mundo acredita, o errado é o PSDB e o PSD teria feito o correto.

Piada. Essa é uma manobra diversionista. A culpa, para variar, é sempre dos outros.

Contudo, no início do PSD, sempre as análises, notícias, notas etc. davam conta de que o PSD seria criado para dar apoio ao governo federal em São Paulo e onde mais fosse coincidente com o programa do partido, "pelo bem do Brasil". O PSD definia-se como não sendo "nem de esquerda, nem de direita, nem de centro".
Antes, ninguém tinha certeza de que teria havido a conversa entre o presidente do PSD e o ex-presidente de 2003/2010, que favoreceria o PT.
Agora, todos tem certeza e culpados e justificativa.
Oras, desde quando o PSD precisou de desculpas para apoiar o governo federal?

Reply

Procuro ser um homem de boa vontade. Por isso mesmo, esforçar-me-ei para crer que o único defeito de certos opositores tucanos seja o de possuírem um Q.I. na zona limítrofe, que beira a idiotia.

Reply

O bala de prata seria Serra no PSD.

Reply