Alckmin, o "excepcional parceiro".

Em agosto, ao lado da presidente Dilma Rousseff, Geraldo Alckmin afirmou: “Ultrapassamos um período de disputas”. Era o anúncio da parceria do governo federal com o Estado de São Paulo para o lançamento do programa de combate à pobreza extrema Brasil Sem Miséria — tema que foi a principal bandeira eleitoral de Dilma em 2010 e que Alckmin adotou como prioridade depois de eleito. Como resposta, menos de um mês depois, ao retornar ao Palácio dos Bandeirantes — reduto do PSDB há 16 anos –, a presidente não hesitou ao definir sua relação com o governador tucano: “(Ele) tem sido um excepcional parceiro nesses oito meses de governo”.

Em 2011, os projetos que envolvem parcerias entre os governos estadual e federal foram anunciados com galhardia por ambos os lados, em contraste à relação, por vezes perfurada por farpas, entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador José Serra. Só no primeiro ano de mandato, Dilma e Alckmin articularam acordos nas áreas de infraestrutura, habitação, educação e combate à pobreza. A explicação, acreditam tucanos e petistas, é política: sem planos para disputar a presidência em 2014, o governador paulista conseguiu aproximar-se da presidente, que não o enxerga como um potencial rival em sua reeleição.

A União deve enviar ao Estado ao menos R$ 3 bilhões para projetos de infraestrutura no setor — R$ 1.75 bilhão só para a construção do trecho norte do Rodoanel. Cerca de R$ 900 milhões já foram liberados pelo governo federal para obras na Hidrovia Tietê Paraná e mais R$ 1 bilhão deve ser investido na criação do Ferroanel. As parcerias estendem-se, ainda, ao programa Minha Casa Minha Vida. A presidente deve, em 2012, firmar um acordo em que o governo paulista liberará cerca de R$ 1.5 bilhão para complementar a construção de 97 mil casas do programa.

“A sinalização da presidente (de que quer parcerias) é muito positiva, porque transmite o mesmo sentimento para o resto da equipe”, afirma o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo. “São projetos que ultrapassam linhas partidárias e beneficiam a população”, acrescenta Edson Aparecido, que comanda a pasta do Desenvolvimento Metropolitano. Internamente, contudo, tanto petistas quanto tucanos demonstram insatisfação com o clima de cordialidade. Para líderes nacionais do PSDB, as parcerias com Dilma podem esvaziar o discurso da oposição nas próximas eleições presidenciais. Já no PT — que escolheu São Paulo como sua prioridade eleitoral em 2014 –, a aproximação com Alckmin pode atrapalhar os planos de eleger, pela primeira vez, um governador petista.

Como em Brasília, as maiores dificuldades do governo Alckmin tiveram origem no Legislativo. O escândalo das emendas secretas — iniciado quando o deputado Roque Barbiere (PTB) acusou colegas de vender emendas parlamentares para prefeituras do interior — esbarrou no Palácio dos Bandeirantes, quando os secretários Bruno Covas (Meio Ambiente), Sidney Beraldo (Casa Civil), Edson Aparecido (Desenvolvimento Metropolitano) e Julio Semeghini (Planejamento) tiveram seus nomes citados no episódio. O governo também foi acusado de falta de transparência na divulgação das emendas parlamentares.

Ainda assim, o governador não enfrentou resistência na Assembleia e conseguiu aprovar todos os projetos que encaminhou à Casa. Sua principal agenda legislativa foi o afago ao funcionalismo público. Ele bancou a aprovação de mais de 15 projetos com benefícios salariais para os trabalhadores do Estado; mais de 90% dos funcionários receberam aumentos salariais. “Esta foi a grande conquista deste primeiro ano”, defende Beraldo.(Do Estadão)

4 comentários

Cel

PSDB e PT sempre foram irmãos siameses!

Nunca tivemos Oposição

Palavras de FHC, José Serra e Alckmim comprovam isto!

O povo é que é OTÁRIO!

Átila

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tô na área
Extrema pobreza no estado de São Paulo????
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
O cara catando latinha de cerveja ganha mais de MIL REAIS MENSAIS!!!

fui....

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Melhor o Alkimin se passar por petralha e amigo da bruxa que brigar e não conseguir dinheiro para o estado, é uma simples civilidade do governador com a presidente e estão em trabalho e não disputando cargos.
O governador é invencível em S.Paulo e apenas o terceiro mandato seguido é impossível, salvo se Dilma derrogar a constituição ou retirar o limite de dois mandatos consecutivos, Alkimin ficaria até o fim da vida como governador mas a Dilma não será reeleita, o Lula, REI LUIZ 51 TATUZINHO ETANOL DA SILVA , não terá fígado para disputar em 2018 e praticamente impossível em 2022, já velho caquético pior que FC de Cuba e sem um herdeiro familiar, o lulinha não está na política e será difícil o transformar em líder petista.
Mais fácil o lulinha entrar no jogo em outro partido ( PP malufista ) e deixar o PT para o clã Rousseff ou até o incorporar ao PMDB, do qual o pau d'água já foi deputado federal.

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Acho o Alkimin uma pessoa correta e competente.

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