O TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitou as justificativas do Exército para irregularidades encontradas em um trecho da BR-101, no Rio Grande do Norte, o que pode resultar em multa e cobrança de ressarcimento. O tribunal havia demandado ao Exército, em setembro, informações sobre o desaparecimento de 233 mil metros cúbicos de areia e brita na rodovia, em um trecho no Rio Grande do Norte. Segundo o TCU, o material foi pago e não usado, com prejuízo de R$ 7,6 milhões. Como a Folha mostrou em outubro, a obra era comandada pelo general Jorge Fraxe, escolhido posteriormente pelo governo para sanear o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes).
Auditoria do TCU havia apontado diversas irregularidades nas obras. O órgão de controle pediu explicações ao Exército e ao Dnit sobre problemas como pagamento antecipado, duplicidade de despesas e serviços executados fora das especificações. No caso do pagamento de brita e areia à empresa Pedreira Potiguar, o TCU apontou que de 456 mil metros cúbicos de brita pagas, apenas 223 mil foram usadas. O restante não estava em estoque e nem na obra. Os militares e a empresa apresentaram como justificativa a aplicação do material ter em locais não registrados e a ocorrência de perdas por causa do reprocessamento da brita. O ministro do TCU Raimundo Carreiro, responsável pelo processo, entendeu que para parte do material as explicações eram inaceitáveis.
O Exército não comentou o entendimento do TCU. Disse não ter sido notificado. O órgão de controle fará em 15 dias uma diligência no 1º Batalhão de Engenharia de Construção para obter documentos e identificar responsáveis, que poderão ser multados e obrigados a pagar o prejuízo apurado. Além do caso das britas, dezenas de outros continuam em apuração no TCU. Em outro trecho da BR-101, em Alagoas, o tribunal apontou irregularidades graves, com potencial prejuízo de R$ 216 milhões no projeto, cujo orçamento total é de R$ 1,3 bilhão.
9 comentários
Coronel,
Replye essa gente, leia-se Dilma e PT, querem alguém sério e honesto em alguma diretoria ou ministério? E ainda tem gente que acredita.
Sanear um órgão público?
ReplyPara a comunalha, sanear é eliminiar qualquer vestígio que possa fazer uma ligação entre o fato e o crime, e onde a contabilidade, desde 2003, passou a ser "frescura de administração burguesa"...
"233 mil metros cúbicos de areia e brita"?.
ReplyE não levaram cimento?
Fazer o que com brita e areia sem cimento?
Militares nomeados pelo Governo Petralha,para mim não são confiaveis.São escolhidos pelo critério "melancia".
ReplyAh, que saudades do governo militar!!! Naquela época ninguém investigava a corrupção e os militares podiam roubar tranquilos... Bons tempos!!!
ReplyMilitar se misturar com petralhas e comunistas dá nisso. A honestidade dos militares vai pro ralo. É tudo planejado, colocar militar em alguns postos da administração pública. E como em todo lugar tem safado...
ReplyEsse general tem um apto. em Natal que vale mais de meio milhão.
ReplyBARALHO MEU, NEM MILITAR PRESTA
ReplyNESTA BOSTA DE PAÍS ?????
Em relação a matéria da revista VEJA "A ONG do GENERAL" 05 de outubro de 2011.
ReplyCARTA AO EXÉRCITO BRASILEIRO
Sou engenheiro florestal, moro em brasília a 38 anos, desde que nasci e sempre vi o exército brasileiro com bons olhos, apesar de não ter servido. Não estou aqui falando como profissional, embora tenha sido prejudicado pelas atitudes do Sr. General Jorge Fraxe, quando ele era Diretor da DOC. Venho aqui como cidadão brasileiro falar que acredito no EB, já estive em 2003 apresentando produto inovador para seção técnica de engenharia, já prestei consultoria gratuita para a DOC sobre licenciamento ambiental a pedido do próprio General Fraxe, tudo na maior proatividade. Gosto do Brasil, acredito no país que nasci e vou acreditar até o fim de minha vida, ou seja, até quando Deus quiser.
Estou aqui como cidadão brasileiro e venho falar da conduta do Sr. General Jorge Fraxe.
Nunca imaginei que poderia me deparar com um general tão despreparado sob os princípios éticos e morais, o que ele fez comigo é um absurdo. Me chamou na sua sala, pediu que viesse prestar serviço ao EB/DOC, um serviço sério e profissional e eu acreditei. Como seu intermediário, existia a pessoa do Sr. Joarez Moreira que desde o início tomou a frente do Instituto Nacional de Desenvolvimento Ambiental, mesmo não tendo vínculo formal. A coisa foi ficando cada vez mais distante do ideal proposto pelo próprio General. Então decidi procurá-lo e alertá-lo, foi quando o procurei e entreguei em mãos um relato “dossiê” que ele leu. A partir daí, ele mudou da água para o vinho, tirou o corpo fora pois viu que eu não estava disposto a trabalhar de maneira irregular, pagando propina e etc...
Agora ele foi indicado para assumir o DNIT, órgão que eu tb trabalhei e conheço bem.
Já prestei depoimento sob pena de falso testemunho à Procuradoria Geral da Justiça Militar, agora venho por meio deste pedir aos verdadeiros Generais que tomem providência junto a este militar, a fim de evitar maiores prejuízos à instituição na qual eu ainda acredito.
Hoje estou desempregado, mas quando voltar a trabalhar não gostaria de ver o dinheiro dos meus impostos na mão de gente como ele. É o que tenho a dizer, sou um cidadão sério e honesto e acredito que tem pessoas como eu no EB. Conto com essas pessoas. Obrigado.