Barbearia cenográfica e marqueteira ajuda os cancerosos, reclamar do SUS não.

A imprensa ainda não havia achado um jeito de elogiar o ato dos marqueteiros de Lula de botar Dona Marisa a  fazer a barba do Lula em público para gerar repercussão internacional para o seu câncer. Hoje o Estadão publica matéria em que especialistas médicos elogiam o gesto, dizendo que é positivo que o paciente assuma a doença. Não, não são médicos do SUS. Um é do Albert Einsten e outro do Instituto Oncoguia. Para eles, o gesto tem um reflexo positivo, conscientizando as pessoas. Quando milhares e milhares de pessoas foram para a internet e para as áreas de comentários de jornais e revistas pedir para Lula se tratar no SUS nenhum especialista médico e nem de outras áreas achou que isto seria positivo, pois motivaria o governo a melhorar a pouca vergonha que é a saúde pública no Brasil. Nem quando, dias depois, a presidente Dilma tomou várias ações na área, pressionada pela opinião pública. Foi muito mais fácil para os Gilbertos Dimensteins, Cristianas Lobos e outras baba-ovos chamarem estes cidadãos de preconceituosos e de outros adjetivos ainda mais pesados. A parcialidade de certa imprensa a favor de Lula é evidente, beirando a vassalagem.  Para eles, Lula ajuda os cancerosos quando monta um espetáculo midiático para tirar a barba.  Mas o povo não ajuda o SUS quando usa a doença do ex-presidente para protestar contra mau atendimento, que pode ser resumido pela média nacional de mais de 70 dias para iniciar um tratamento quimioterápico e de mais de 120 dias para conseguir uma vaguinha em tratamentos radioterápicos.