Relatório de 40 páginas da Polícia Federal descreve o modus operandi do ex-ministro Wagner Rossi (Agricultura), apontado como "líder da organização criminosa" que teria arquitetado fraude no Programa Anual de Educação Continuada (Paec) - capacitação de servidores - para desvio de R$ 2,72 milhões. A PF vai indiciá-lo criminalmente nesta semana, imputando a ele formação de quadrilha, peculato e fraude à Lei de Licitações.
Segundo o relatório, a investigação descobriu "verdadeira organização criminosa enraizada no seio do Ministério da Agricultura". A PF sustenta que "os investigados, muitos travestidos de servidores públicos, atuavam no âmbito de uma estrutura complexa e bem definida, agindo com o firme propósito de desviar recursos da União". Rossi foi o quarto ministro do governo Dilma Rousseff a perder o cargo. Ele caiu em agosto, após denúncias de tráfico de influência, falsificação de documento público, falsidade ideológica, corrupção ativa e distribuição de propinas a funcionários que teriam participado do procedimento administrativo que ensejou a contratação da Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da PUC-SP.
O relatório é subscrito pelo delegado Leo Garrido de Salles Meira. Além do ex-ministro, ele decidiu indiciar outros oito investigados, inclusive o ex-chefe de gabinete Milton Elias Ortolan. A PF confirmou denúncia da revista Veja, que revelou que o lobista Júlio César Fróes Fialho detinha poderes excepcionais na pasta, embora não tivesse vínculo formal com a pasta. "Toda a trama inicia-se com a associação do lobista com a cúpula do Ministério da Agricultura", assinala a PF. "O plano consistiria em direcionar a execução do programa de capacitação de servidores para determinada instituição de ensino, da qual seria exigida vultosa quantia." A PF destaca que Rossi, Ortolan e Fróes "dando prosseguimento à trama delituosa, associaram-se a dois professores da PUC".
O lobista teria exigido contrapartida de 28% do valor bruto do contrato. Segundo a PF, "a organização criminosa, quando se viu compelida pela consultoria jurídica a efetivar uma pesquisa de preço para dar respaldo à contratação da PUC-SP por dispensa de licitação, passou a forjar diversos documentos".Para a PF, os gestores da Fundasp "foram ludibriados". O plano falhou quando a servidora Joana Luiza Gonçalves da Silva exigiu apresentação de notas fiscais, o que teria provocado intervenção direta de Rossi. (Do Estadão)
5 comentários
Este Agnelo Queiroz é mais um dos afortunados pela Corrupção Ptista e aliados.
ReplyAlgemas! Xadrez!
Penhora de bens!
Tem de ser afastado do cargo!
Que indecencia!
Brasilia, socorro!
Coronel,
Replycomo temos líderes importantes no governo!
ops...de organizações criminosas...
Flor Lilás/PR
CORONEL,
ReplySe investigarem todos os Ministérios que firmaram convênios com ONG's para capacitar operadores de programas criados pelo Governo Federal,encontrarão as mesmas mutretas armadas para roubar dinheiro público.As mesmas ONG's que forneceram notas fiscais de serviços e/ou de fornecimentos frias para o Min do Turismo, podem ter contribuído com o mesmo tipo de documentos para fraudar prestações de contas para o Ministério do Trabalho, e, de outros Ministérios que conveniaram serviços com essas " sociedade civil organizada para roubar o pais", a maioria criada e comandada pela "cumpanhêrada".
Nunca antes na história deste país tivemos tantos "chefes de organizações criminosas", tantos "capos", ocupando altos cargos da República, e ao mesmo tempo. Realmente o pt veio para "mudar" o jeito de fazer política. E o pior: ninguém é preso...
ReplySó uma pergunta, ELE VAI DEVOLVER NOSSO DINHEIRO??? só sair do cargo, não é O suficiente.
ReplyQuando é, que começaremos a ver
a justiça funcionar nesse PAIS??
Tenho até mdo da RESPOSTA!!!
Izabel/SP