Quadrilha do Segundo Tempo: situação do ministro é insustentável.

Clique na imagem para ampliar e ler o editorial do Estadão. E leia abaixo o Editorial da Folha de São Paulo:

Escândalo no Ministério do Esporte revela, de novo, o descontrole de convênios com ONGs, que precisam diminuir e receber fiscalização de fato

Não vêm de ontem as suspeitas de desvio de dinheiro do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, voltado a incentivar alunos a praticar atividades esportivas fora do horário de aula. Em 2008 surgiram acusações de que ONGs ligadas ao PC do B recebiam recursos mediante convênios com o ministério, comandado pelo partido desde 2003. O Tribunal de Contas da União havia detectado, em 2009, a falta de "capacidade operacional" do ministério para fiscalizar as parcerias com organizações não governamentais.

A nova acusação, feita à revista "Veja" por duas pessoas que circularam no universo dos convênios da pasta e das ONGs ligadas ao PC do B, implica diretamente o ministro. Elas acusam Orlando Silva de ter recebido dinheiro na garagem do ministério. O ministro nega, dizendo-se vítima de uma farsa. Os argumentos de Orlando Silva serão postos à prova nos próximos dias. Mas a vulnerabilidade política do ministro, à frente de uma pasta carregada de convênios suspeitos, é evidente.

O fato é que os contratos do poder público com ONGs fugiram ao controle. Difíceis de fiscalizar, essas parcerias favorecem a canalização de recursos para o financiamento ilegal de partidos. Tal associação parasitária já havia derrubado o ministro do Turismo, Pedro Novais, depois que operação da Polícia Federal prendeu mais de 30. Em viagem à África do Sul, a presidente Dilma Rousseff reconheceu certa "fragilidade" nos convênios. O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou, ainda em agosto, que era preciso "manter a fiscalização para evitar a picaretagem que infelizmente também grassa e cresce nessa área".
Decreto da presidente, de um mês atrás, procurou endurecer algumas regras para selar parcerias com ONGs. Se não é o caso de acabar de vez com esse tipo de convênio, pois há entidades filantrópicas sérias que prestam serviço relevante e desinteressado, uma medida salutar seria sua redução drástica.

O princípio geral deveria ser o de afastar pessoas e entidades com vinculações ou interesses político-partidários desses convênios. O dinheiro, que hoje alimenta grupos paraestatais, precisa ser transferido apenas a organizações de fato não governamentais. A esta altura, a eclosão de um novo escândalo ministerial -numa série que já derrubou quatro em menos de um ano- pode parecer um filme velho. Mas este caso em especial vem lembrar que, se o Brasil faz jus a ser sede da Copa e da Olimpíada, não merece nem os cartolas nem as autoridades que, sob tal pretexto, estão tomando decisões bilionárias com o dinheiro do cidadão.

6 comentários

"Quadrilha do Segundo Tempo"

Coronel, pelo marasmo da inútil Madame Satã, o ministro Orlando Silva só será substituído no finalzinho da prorrogação!

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Está na cara que não foi só o Orlando Tapioca o beneficiado, ele é outro tremendo laranja, cadê os outros? Agnelo Queiroz e o principal, o cabeça de toda essa sujeira, "O Chefe" o inútil e beberão velhaco.

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A estrategia do PT esta dando certo. Esta conseguindo queimar, junto a opiniao publica, com a ajuda da imprensa comprada, os partidos aliados. Esta na cara, que Agnelo ja estava neste esquema, esperto, pulou do PC do B para o PT, sabe sabendo que um dia, isso tudo iria pelos ares.

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Muitos desses vagabundos travestidos de políticos, não tem um mínimo pudor em roubar dinheiro destinados a crianças; merenda; hospitais; creches e afins, são ratos de esgotos. O governo precisa dar um fim nisso antes que seja tarde demais!

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tô na área
E AS QUADRILHAS DOS SINDICALISTAS???
Quando começam a vassourar?
fui...

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Já passou da hora de alguém criar uma lei p/ impedir que ONGs recebam dinheiro público.

Se ONG é uma organização não governamental, que não receba dinheiro do governo oras.

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