O Tribunal de Contas da União (TCU) atendeu pedido do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e liberou acréscimos contratuais em 101 obras que, conforme sua própria interpretação, estão em desacordo com a Lei de Licitações. A decisão contempla vários empreendimentos suspeitos de irregularidades, cujos aumentos de custos foram a fonte da crise que desalojou quase toda a cúpula do órgão em junho e julho. Na prática, o Dnit não terá de cumprir, para essas obras, entendimento mais rigoroso do tribunal sobre como calcular os limites dos chamados aditivos contratuais.
Antes de a decisão ser levada a plenário e aprovada por unanimidade, na última terça-feira, o relator do caso no TCU, ministro Walton Alencar, recebeu em seu gabinete o novo diretor-geral do Dnit, general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, que usou como argumento o suposto risco de paralisação das obras. Segundo ele, seguir o modelo de cálculo imposto pelo TCU o obrigaria a rescindir contratos, readequar projetos e lançar novas licitações.
Na lista, levada pelo Dnit ao ministro, constam obras suspeitas de superfaturamento, pagamentos e contratações irregulares, como as da BR-101 no Nordeste e no Sul, além do Contorno Rodoviário de Vitória, cujos problemas estão relatados em auditorias do TCU e da Controladoria Geral da União (CGU).
A Lei de Licitações (8.666/93) permite que itens e serviços de uma obra pública sejam alterados, desde que o impacto financeiro não supere 25% do valor original do contrato. Em outras palavras, as mudanças não podem aumentar nem diminuir o preço do empreendimento para além desse percentual. O TCU e o Dnit tinham entendimentos distintos sobre a regra.
O Dnit fazia o cálculo levando em consideração as alterações em conjunto. Assim, tinha liberdade para mexer num item ou serviço, impactando o valor em mais de 25%, desde que, por exemplo, suprimisse um outro item ou serviço para compensar. O TCU determinou que o Dnit aplicasse o limite isoladamente, item por item ou serviço por serviço. O argumento é que, quando disputam licitações para as obras, as empresas fixam valores sobre os projetos apresentados. Se alterações vultosas nas quantidades são feitas depois, esses projetos são desfigurados. Em tese, as concorrentes que perderam poderiam, com base nas novas características, ter oferecido preços mais vantajosos.
Na duplicação da BR-101 em Santa Catarina, por exemplo, as empresas são acusadas de "mergulhar" preços na hora da licitação e, mais tarde, se beneficiar de aumentos nos valores contratuais com base em mudanças nas quantidades. A decisão de terça-feira altera o texto de acórdão anterior, de março, fazendo valer o entendimento do tribunal apenas para obras futuras, a serem contratadas, e não as já em execução. Em seu voto, Walton Alencar alegou que o corte de contas não poderia se contrapor ao interesse público. O ministro ponderou, contudo, que a proposta não é "salvo conduto" para o Dnit promover alterações que venham a "solapar" os princípios da licitação pública. Procurado pelo GLOBO, Walton Alencar deu entrevista e desautorizou a área técnica do TCU a prestar esclarecimentos. Em nota, o Dnit informou que a deliberação evita "prejuízos maiores ao erário e ao cidadão em função da paralisação dos 101 contratos em andamento". (Do Valor Econômico)
10 comentários
mas esse sempre foi o lema do velhaco durante os 8 anos em que tentou bagunçar a republica...
Replytoda as vezes que ele atacava o TCU era com esse mote, de que eh mais prejudicial ao Estado parar uma obra durante sua execução do que toca-la adiante com flagrantes episódios de corrupcao...
alias, esse conceito eh cara do velhaco...
Coronel, vamos deixarde ser ingênuos...
ReplyDesde que os PTralhas assumiram o poder, os 25% dos aditamentos são utilizados para O PAGAMENTO DAS PROPINAS...
... isso pelo menos no mínimo.
Os valores das cartas-convite são préviamente combinados entre as empreiteiras que se alternam em vencerem as concorrências, para "não dar na pinta".
O restante do lucro é obtido com terceirizações de empreiteiras menores, utilização materiais de quinta categoria (ex: As estradas licitadas pelo DNIT que não resistem um ano e já ficam esburacadas) e obras MUITO MAL EXECUTADAS cujos fiscais, INCLUSIVE OS DO TCU, já tiveram a mão devidamente "molhada" para fazerem vista grossa a essas e outras inúmeras irregularidades.
Esse pobre desse "general apijamado" só está aí para dar alguma credibilidade ao processo de acobertamento das falcatruas e desvio de dinheiro que, pelo visto continua.
Esse argumento falacioso de "paralização das obras" largamente utilizado pela PTralhada para aumentar o preço final da obra, cairia facilmente por terra se os responsáveis pela CAGADA fossem presos e obrigados a ressarcir os prejuísos aos cofres públicos...
... mas para isso precisaríamos de Juízes e não um bando de "BANDIDOS TOGADOS" coniventes com a PTralhada e beneficiários diretos das falcatruas.
ESCRITO POR EMMANUEL GOLDSTEIN
ReplyEm resposta às múltiplas crises de corrupção, o governo da companheira Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira que pretende enviar ao Congresso Nacional uma nova proposta revolucionária para melhorar a posição do Brasil no ranking do Índice de Percepção de Corrupção.
O plano do governo prevê a extinção do Tribunal de Contas da União (TCU) e a criação do Tribunal de Faz de Contas da União (TFCU). Segundo o Ministro da Injustiça, responsável pela elaboração do projeto, o TCU, em seu formato atual, não atende mais às necessidades dos companheiros do ParTido da sociedade, atrapalha a governabilidade do País e dificulta o trabalho em prol do “Bem Comum”.
“O Novo Tribunal de Faz de Contas da União terá a difícil tarefa de mascarar questões a respeito da utilização indevida do dinheiro e do poder público, como por exemplo: suborno de funcionários públicos, propina nos contratos, desvio de verbas por meio de ONGs de fachada e fraude nas licitações”, disse o Ministro.
A divulgação do projeto do governo brasileiro surpreendeu a todos, pois estabelecem um método inédito para a redução da Percepção da Corrupção. Com a medida, o Governo espera melhorar a posição do Brasil no ranking internacional e, ao mesmo tempo, reduzir o número de escândalos de corrupção.
Maiores informações no http://www.vanguardapopular.com.br/portal/
Eles roubam de qualquer jeito, tudo e motivo para ROUBAR nesse desgoverno PeTista...
ReplySão 84 Bilhões por ano! (R$ 84.000.000.000,00).
É caso para as oposições parlamentares e para o MP. É preciso acionar quem possa colocar as coisas às claras.
ReplyCoronel e Amigos,
ReplyVamos fazer uma campanha para conseguir a doação de milhares de toalhas de mão, a serem enviadas ao TCU aparelhado! Ouvi dizer que, naquele órgão, estão molhando a mão de muita gente.
Taí! Na próxima manifestação contra a corrupção, dia 15/11, em vez de vassouras, vamos distribuir toalhinhas pros nossos corruptos de estimação.
A verdade é que a ralé, a escória da sociedade brasileira chegou ao poder e quase nove anos!
ReplySão ex- assaltantes de bancos, ex-terroristas, ex-guerrilheiros, são despreparados, jamais trabalharam, dedicaram a vida clandestina e agora são politicos.
Ralé imoral.
Roubar em qualguer condição.
Coronel,
Replydepois do que a Ana Arraes, mãe do governador de Pernambuco, falou como seria sua postura no TCU, a turma entendeu ao pé da letra. Podem enviar o pé na lama ops, o pé na jaca.
Poha...Nem bem Ana Arraes sentou na cadeira e já fez valer seu discurso de "campanha: tornar o TCU mais político e menos técnico.
ReplyCORONEL,
ReplyA tática da CGU e do TCU, para mostrar serviço era, com vasta exposição na mídia, degolar prefeitinhos do interior desde brasilsão por merreca se comparada aos bilhões que consta a cada ano somem na cloaca da corrupção da administração governo federal.E o que se vê agora,sob o argumento do fato consumado, é pura leniência criminosa de ambos esses órgãos de controle dos gastos públicos.CARPIAM O QUINTAL E DEIXAVAM A SUJEIRA A VONTADE NAS DEPENDÊNCIAS DA MANSÃO.