A queridinha do Brasil.

Primeiro de tudo, assistam ao vídeo, clicando aqui.  Sem assistir, nem prossigam na leitura.

Se hoje existe um nome que simboliza a boa política no Brasil, é uma mulher e não se chama Dilma, Gleisi,  Mirian Belchior ou Ideli: o nome dela é Kátia Abreu, senadora pelo Tocantins, vice-presidente do novo PSD e presidente da Confederação Nacional da Agricultura. A sua atuação dos últimos meses a colocou acima da velha política de terra arrasada do DEM e a da "nova política" de terra selvagem e improdutiva da Marina Silva. Querem fatos que comprovam a afirmação?

Código Florestal. Kátia Abreu, uma ruralista, está liderando de forma vencedora a aprovação do novo Código Florestal,  prestando todo o apoio ao relator Aldo Rebelo, um comunista. O que aproxima dois seres políticos tão distantes? O trabalho sério, honrado, transparente e a favor do melhor para o país. Kátia Abreu poderia atacar Aldo por ele proteger os pequenos agricultores, por exemplo. Ao contrário, a senadora vem demonstrando o maior apreço pela agricultura familiar, para que ela se transforme em agronegócio familiar. Os dois seres políticos tão opostos correram o Brasil de mãos dadas, explicando cada detalhe da nova legislação para grandes proprietários e pequenos agricultores. Nenhum dos dois colocou ideologia acima do país, que é feito de pessoas e não de massa de manobra. Aldo foi cooptado pelo capital? Kátia Abreu virou socialista? E mais: é lúcido que tendo ampla maioria para aprovar o Código, a líder deste setor suba à tribuna para humilhar o governo? Cabe aqui uma frase antológica de Bento Gonçalves, o líder da Revolução Farroupilha: "Usai moderação depois do triunfo. O menor insulto às pessoas e bens de vossos inimigos será uma mancha em vossa glória". O Código Florestal foi aprovado na Câmara, contra orientação do governo, com 410 votos. Cabe à Kátia Abreu dividir a vitória com o governo, sim, pois este tema, como bem demonstra a votação obtida, é suprartidário e não há porque ser sectário como o PT.

Nova agricultura.Uma política agrícola onde 5% produzem 70% e 70% produzem 5% pode atender aos interesses do Brasil? Uma política agrícola que gera R$ 30 bilhões de dívidas impagáveis para pequenos agricultores está correta? É ético separar um assentado do MST de um pequeno agricultor? Uma política agrícola que não protege o pequeno produtor, como em qualquer lugar do mundo, é eficiente? Um país que produz 70% dos grãos em uma região e que bota esta produção a atravessar o país em busca de um porto para exportar é aceitável? A agricultura brasileira só é um fenômeno em função de ilhas de excelência como a Embrapa e do trabalho duro e pioneiro do seu povo. O governo pouco faz e, ao contrário, atrapalha. Adianta bater no governo, quando este governo tem maioria absoluta no Legislativo? Quando ele tem a chave do cofre? Neste contexto, não é lógico e racional que uma senadora eleita pelo voto da agropecuária e sendo presidente de uma entidade que reúne 2.300 sindicatos, 1, 5 milhão de filiado e que atende com programas a mais de 6 milhões de pessoas por ano, procure o governo para compor, negociar e buscar o melhor para o país? Qual o resultado da agricultura nos últimos três anos, com Kátia Abreu à frente da CNA? Melhorou ou piorou? Se o governo ajudar, vai ser pior ou melhor?

Articulação política.Sabem por que Kátia Abreu está em crescente articulação com o governo? Porque o governo acordou. Porque o governo entendeu que precisa do empresário. O governo quer capacitar as pessoas no campo e não sabe como fazer. O governo não conhece nada do meio rural e os seus programas são um fracasso para este imenso pedaço do país. Quem vai implementar estes programas? O SENAR, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, que forma produtores e agricultores em mais de 150 programas. São mais de 6 milhões de pessoas por ano. Para certa oposição burra, imbecil e tacanha,  seria melhor para o Brasil que fossem ONGS "companheiras" a fazer este trabalho, ensinando a invadir terra em vez de cultivá-la. O que acontece quando a CNA entra na agricultura familiar com todo o suporte técnico? Enfraquece o MST, porque torna propriedades produtivas, porque gera trabalho e lucro, em vez de escravizar o agricultor com ideologias, botando-os a apodrecer em barracos de lona ou na cadeia, após cometerem crimes em invasões, por exemplo. Mais: qual o problema da CNA colaborar com o Ministério do Trabalho para implantar a NR 16, norma que estabelece controle sobre atividades perigosas? Seria melhor que o agronegócio brasileiro continuasse a ser ligado com trabalho escravo e uso indiscriminado de agrotóxicos? E qual o "governismo" que existe em fazer com que dinheiro público, vindo de impostos, seja melhor aplicado no campo, nos programas sociais como o Brasil sem Miséria, quando a maior parte da pobreza está justamente na área rural? Seria melhor que o Brasil, lá fora, continuasse conhecido como o país do agronegócio riquíssimo e do pequeno agricultor miserável?

A reportagem não corresponde ao vídeo.A matéria publicada hoje, em O Globo, não combina com o vídeo produzido pelo mesmo jornal e pelo mesmo repórter. Tanto é que as declarações que estão escritas e que foram tomadas não saem da boca da senadora. Algumas imprecisões. A primeira delas é que a chapa de reeleição da CNA é única e jamais houve qualquer movimento contra a recondução de Kátia Abreu, conduzido pelo governo. O governo não tem bala na agulha para tanto. Kátia Abreu já está reeleita por mais três anos, pois é uma unanimidade dentro do setor. A segunda é sobre até a Contag estar participando de programas em articulação com o governo. O SENAR, o S da CNA, possui um conselho formado por seis empresários, seis indicados pelo governo e seis indicados pelos empregados, justamente pela Contag.Por fim, a reportagem de O Globo não corresponde com o artigo publicado pela senadora, ontem, na Folha de São Paulo. O artigo é assinado, a reportagem não. Clique aqui para ler.

Recalque do DEM. Por ter essa coragem, franqueza e assertividade é que Kátia Abreu não é só a "queridinha do governo", como tenta cunhar o repórter que fez um vídeo e escreveu uma matéria que nada tem a ver com as palavras da senadora.  Ela é a queridinha do Brasil. Não é à toa que Marina Silva jamais a enfrentou em um debate. Não é à toa que Dilma Rousseff a chamou para conversar. Na matéria abaixo, apenas um oposicionista foi ouvido, justamente um que não sabe diferenciar uma alface de uma chicória: Rodrigo Maia, o ex-presidente do DEM que rasgou a ata, vendeu a legenda para Aécio Neves, enche as burras do pai com o fundo partidário e chorou feito um bebê quando levou um pé no traseiro, tendo que entregar o cargo. Como pano de fundo está o nascimento do PSD. É duro para o DEM perder uma política como Kátia Abreu. Quem vão botar no seu lugar? O garotinho do César? 

Assistiram ao vídeo acima? Agora leiam a matéria. Cliquem para ampliar.