Menos de dois meses após ter sido obrigado a limitar os salários de seus servidores ao teto do funcionalismo público, o Senado voltará a pagar supersalários. Com aval de seu presidente, José Sarney (PMDB-AP), a Casa recorreu ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília, e conseguiu reverter decisão de 1ª instância que proibia o pagamento de salários acima do teto, ou seja, acima de R$26.723,13, equivalente aos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O descumprimento da regra teria custado aos cofres públicos, só em 2009, R$157 milhões em toda a administração pública, ultrapassando os R$11 milhões só no Senado.
A notícia surpreendeu o relator da reforma administrativa do Senado, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que criticou duramente a postura da instituição de recorrer da decisão que cortava os supersalários dos servidores. Ferraço também lamentou a decisão judicial anulando a aplicação do teto do funcionalismo público federal. Ele crê que cerca de 700 pessoas, dos três mil servidores do Senado, estejam nessa situação. Ele toma como base dados do Tribunal de Contas da União, porque, até hoje, a Mesa do Senado não liberou nem mesmo para ele os dados sobre a folha da Casa.
- É um absurdo dobrado. Absurdo a Mesa do Senado recorrer. E o segundo absurdo, a decisão do TRF, sobretudo com a justificativa de que isso iria inviabilizar os trabalhos no Senado. É como diz a música do Caetano: é o avesso do avesso do avesso. É inacreditável que o teto tenha que valer para um ministro do Supremo, mesmo para deputado e senadores, e não vale para essa casta (de servidores). O teto está na Constituição - disparou Ferraço. Segundo o senador, esses supersalários ocorrem devido ao acúmulo dos chamados "penduricalhos", vantagens que vão sendo incorporadas pelo servidor ao seu salário básico. Os cargos mais altos têm a incorporação da chamada função de confiança FC5, que é R$5.600. A diretora-geral do Senado, Dóris Marize, recebe essa FC5 e teria um salário acima do teto, mas, segundo informações extraoficiais, não havia sido afetada porque a decisão judicial deixava de fora os valores devidos de hora-extra, fonte da sua maior parcela no vencimento.
A secretária-geral da Mesa, Claudia Lyra, é outra que deverá ser beneficiada pela decisão da Justiça. Mas o Senado, oficialmente, não comentou o fato. Na última sexta-feira, o presidente do TRF-1, desembargador federal Olindo Menezes, cassou liminar do juiz substituto Alaôr Piacini, da 9ª Vara da Justiça Federal, que havia suspendido os pagamentos acima do teto a servidores do Senado. (De O Globo)
14 comentários
"É um absurdo dobrado. Absurdo a Mesa do Senado recorrer. E o segundo absurdo, a decisão do TRF,..."
Replymeu caro, so a existência do Brasil, nesse modelo que o "sustenta", ja eh o maior dos absurdos...
sinceramente, não ha nada na logica da construção das sociedades que consiga explicar a existência dessa esbornia...
BANDIDO julgando pedido de BANDIDO...
Reply... da nisso.
O que dizer de um canalha que e useiro e vezeiro de um Helicoptero comprado com dinheiro publico, para levar empresarios a sua ilha particular (ampliada artificialmente e sem licenca com as dragas do porto de Itaqui) para se encontrar e tratar de negociatas escusas com sua filha que e governadora de "sua" Captania Hereditaria do Maranhao?
Reply... e justifica dizendo que "ESTA NOS SEUS DIREITOS"...
... a contrapartida de DEVERES...
... JAMAIS!!!
Amigos
ReplyLembram dos "Atos SECRETOS" publicados por esse crapula...
Continuam na mesma!
NADA MUDOU!!!!
RASGUE-SE A CONSTITUICAO DESEMBAGADOR CANALHA!!!!
ReplyE O PODER JUDICIARIO DANDO RESPALDO LEGAL AO CRIME!!!
81 senadores, uma estrutura burocrática descomunal, muito tingimento e implante de cabelo e um festival de patifarias toda a semana. A opinião pública que pensa pergunta: qual a razão da existência do Senado, afinal? Qual seria o eventual prejuízo de não mais existir essa entidade? Se algum dia aparecesse lá no prédio do Congresso uma camioneta carregada de assinaturas exigindo a destituição do Senado, será que aprovariam com igual rapidez como foi a implantação da lei do ficha limpa? Pensem nisso!
ReplyO quizar foi eleito por outro estado para deixar a porteira aberta do seu Sarneiquistão para os seus filhos lotearem o território onde quase tudo leva o seu injustificável nome já que é um dos estados mais atrasado da federação, enquanto isso sua ILHA PARTICULAR tem tudo que é necessário para uma vida nababesca.
ReplyEssa é a nossa "justiça". Se o Senado recorreu ao TRF para reverter decisão de 1ª instância, por que o MPF (se foi ele que entrou com a ação) não recorre ao STF como instância superior ao TRF? Algum advogado pode me dizer se estou enganada?
ReplySó teremos alívio desta figura nefasta e nauseante quando acontecer aquilo que é inevitável, até para os corruptos e canalhas: A Morte.
ReplyEles acham que são eternos, mas, acreditem, não são.
Também morrem e viram merda ao invés de pó.
Carlos
Só uma pergunta: TODOS os 700 que recebem acima do teto pagam dízimo pro Sarney?
ReplyLembremos a censura ao Estadão: mais uma vez se vê que é o desprezível Sarney quem manda no Judiciário.
ReplyEnquanto isto , se for verdade :
ReplyO deputado federal José Antonio Reguffe (PDT-DF), que foi proporcionalmente o mais bem votado do país com 266.465 votos, com 18,95% dos votos válidos do DF, estreou na Câmara dos Deputados fazendo barulho. De uma tacada só, protocolou vários ofícios na Diretoria-Geral da Casa.
Abriu mão dos salários extras que os parlamentares recebem (14° e 15° salários), reduziu sua verba de gabinete e o número de assessores a que teria direito, de 25 para apenas 9. E tudo em caráter irrevogável, nem se ele quiser poderá voltar atrás. Além disso, reduziu em mais de 80% a cota interna do gabinete, o chamado “cotão”. Dos R$ 23.030 a que teria direito por mês, reduziu para apenas R$ 4.600.
Segundo os ofícios, abriu mão também de toda verba indenizatória, de toda cota de passagens aéreas e do auxílio-moradia, tudo também em caráter irrevogável. Sozinho, vai economizar aos cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões (isso mesmo R$ 2.300,000) nos quatro anos de mandato. Se os outros 512 deputados seguissem o seu exemplo, a economia aos cofres públicos seria superior a R$ 1,2 bilhão.
“A tese que defendo e que pratico é a de que um mandato parlamentar pode ser de qualidade custando bem menos para o contribuinte do que custa hoje. Esses gastos excessivos são um desrespeito ao contribuinte. Estou fazendo a minha parte e honrando o compromisso que assumi com meus eleitores”, afirmou Reguffe em discurso no plenário.
Quantos Tiriricas, Popós, Romarios, e os outros muitos "parasitas" poderiam seguir este exemplo????
E o veto ao aumento dos salarios dos otarios aposentados pelo INSS, como é que fica hein Presidente ? A proposito eu sei falar a nossa lingua, o correto é PRESIDENTE !
ReplyVamos continuar na miseria e o idoso de ouro fazendo o que quer?
Que tal uma campanha pelo fim do Senado?
ReplyBastaria uma PEC...