Corrupção no Governo Dilma: um, dois, três, o contribuinte é o freguês.

"É pro governo, tudo vezes três", diz empresário suspeito de fraude no Turismo. Escuta flagra Humberto Silva Gomes orientando interlocutor a inflar artificialmente o valor de contratos públicos.

Conversas telefônicas interceptadas na Operação Voucher da Polícia Federal mostram investigados falando sobre como superfaturar e até falsificar documentos em licitações com o governo. Nas conversas, os suspeitos de integrar o esquema chegam a afirmar que "quando o dinheiro é público não pesa no bolso" e apontam Brasília como um paraíso para obtenção de facilidades: "Mandou para Brasília, ficou fácil", diz uma investigada. Na terça, a PF prendeu 36 suspeitos de desviar recursos do Ministério do Turismo em convênios com ONGs -entre servidores e empresários que faziam negócios com a pasta.

Em conversa gravada com autorização judicial, em 21 de junho de 2011, o empresário Humberto Silva Gomes diz que no Brasil "o governo paga e quer que você apenas gaste direitinho, ele não quer um retorno". Ele é sócio da Barbalho Reis, uma das empresas suspeitas de integrar o esquema, e está foragido. "Quando é dinheiro público, não pesa no seu bolso. Aí você joga pro alto mesmo, até porque se você não jogar você vai perder logo de cara, porque todo mundo vai jogar. Criou essa ideia aqui: "Ah, é pro governo, joga o valor pra três, tudo vezes três'", diz Humberto: "Superfaturamento sempre existe". Em outro diálogo, de 26 de maio, Sandro Saad, diretor financeiro da ONG Ibrasi, conversa com um empresário sobre um edital da Prefeitura de São Vicente (SP) que nem sequer tinha sido lançado. No áudio, Sandro pergunta se eles vão "falsificar os outros [concorrentes] ou tentar compor o jogo" e diz que "o pessoal lá de dentro" quer que ele pegue a licitação.

Em outra escuta, os diretores do Ibrasi, Maria Helena Necchi e Luiz Gustavo Machado, falam sobre como vão adulterar papéis do convênio no Amapá para simular comprovação de despesas que não teriam sido realizadas. Esta era uma exigência para que a ONG recebesse recursos de um segundo convênio com o governo federal. "São aqueles pontos lá, e eles vão fazer uma carta, uma, não sei o termo como é que chamam, mas é um termo jurídico, não vou lembrar o nome agora", afirma Luiz Gustavo. Em seguida, Maria Helena apoia o colega. E ele conclui que "se eles não concordarem [em liberar o segundo convênio] vão mandar pra Brasília, mandou pra Brasília ficou fácil".

Ainda segundo as escutas, o secretário-executivo do Ministério, Frederico Costa, pergunta ao assessor Antonio dos Santos Júnior se é possível acelerar prazos. Em resposta, Júnior afirma que pode "fazer de tudo pra atropelar algumas coisas". A Folha revelou ontem que os acusados de desvio de verbas no Turismo tinham livre acesso ao ministério. Eles chegaram a usar a sala do assessor do secretário-executivo da pasta, Frederico da Silva Costa, chamado-o de "bambambã" e "reverendo". (Da Folha de São Paulo)

6 comentários

Eu tinha um amigo que era fornecedor do governo e me dizia isso ha 20 anos atrás. Para aprovar um orçamento multiplique por tres.
A pergunta é: Como nós continuamos a suportar isso depois de tanto tempo?

Ninguém faz a conta na hora de votar e não adianta. Boicotar funciona.

Mago

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Eis um bom roteiro para todos os investigadores e julgadores.
Realmente é tudo vezes três.
Não há povo que aguente pagar essa conta, até porque para alguém ganhar o triplo é necessário que alguém perca ...o mesmo triplo, ora. E com matemática não se discute.

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Coronel

Faça uma campanha colocando uma alguema como simbolo:

Ladrão de dinheiro publico deve ser algemado!
Algema neles!!!!
a proposito por onde anda aquela denuncio de um promotor gaucho sobre o desencarnado q enviou carta aos aposentados para fazer emprestimos consignado do BGM aquele do mensalao q nunca existiu??? ja esqueceram disso?

APA

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Coronel,
Me permita postar estas palavras:

Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa:

“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.

----oooo----

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Porisso pagamos tantos impostos...


Lucia

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fico aqui pensando, coronel querido,ser'a que o Suplicio, os filhos, ainutil Marisa,nao ficam com vergonha dos pai,esposas, que roubam roubam e nada aqcontece?

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